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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, cotado como o nome delatado por Ronnie Lessa no Caso Marielle, se disse inocente e desafiou as polícias a encontrarem provas de que ele tenha ligação com os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, mortos em março de 2018. O nome dele está envolvido no caso desde o ano do crime, mas a possibilidade de ele ser investigado como mandante retornou após a possível delação premiada. 

“Não tem nada mais forte que a verdade. Esse golpe foi abaixo da linha de cintura. É algo que desgasta. Fui investigado pela Polícia Civil, pela PF e pelo Ministério Público. Não acharam nada. Por que protegeriam o Domingos Brazão? Que servidor público colocaria em risco sua carreira para me proteger? Eu desafio acharem algo contra mim", disse o conselheiro em entrevista, na tarde da terça-feira (24), em seu gabinete no TCE. O trecho foi divulgado pelo site O Globo. 

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Para preservar as investigações, a Polícia Federal (PF) nega que tenha fechado um acordo com o policial reformado Ronnie Lessa, preso em 2019, por confessadamente ser o autor dos disparos que tiraram a vida da então vereadora psolista Marielle Franco e de seu motorista, Anderson. No entanto, diferentes veículos de imprensa conseguiram adiantar informações sobre o possível acordo da PF com o militar, que já estaria tramitando no STF, dependendo apenas da homologação do ministro Raul Araújo. 

A primeira informação divulgada sobre esse acordo, nesta semana, foi a de que o mandante possui foro privilegiado. Por esta razão, o acordo precisou ser encaminhado ao STJ para homologação. Entre os nomes investigados pela polícia e pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) conhecidos até agora, Brazão é o único com direito ao foro. 

Além disso, o STJ aprecia apenas as investigações envolvendo governadores, desembargadores e pessoas com cargos em tribunais, o que contemplaria Brazão, que é conselheiro de tribunal. Por fim, ele já havia sido citado na primeira e única delação confirmada do caso até agora, a de Élcio Queiroz, condutor do veículo utilizado na emboscada contra Marielle e Anderson.  

Por outro lado, Brazão nega que sequer tenha conhecido Marielle, Anderson, Élcio ou Lessa, e que acredita que o acusado pelo assassinato esteja tentando proteger alguém. “Lessa deve estar querendo proteger alguém. A polícia tem que descobrir quem. Nunca fui apresentado à Marielle, ao Anderson, nem tampouco à Lessa e ao Élcio de Queiroz. Jamais estive com eles. Não tenho meu nome envolvido com milicianos. A PF não irá participar de uma armação dessas, porque tudo que se fala numa delação tem que ser confirmado", continuou Domingos. 

Disputa latifundiária 

A PF também investiga se questões latifundiárias motivaram os assassinatos. Franco, quando atuava na Câmara do Rio, foi autora de um Projeto de Lei que regularizava terras para pessoas de baixa renda, na Zona Oeste da cidade. Já Brazão, buscava a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, também na Zona Oeste, sem respeitar o critério de área de interesse social, neste caso, não se encaixando nos critérios de renda, por ser uma pessoa de classe média alta. 

O intuito era se tornar titular da propriedade e repassá-los posteriormente acima do valor da região. Nascido e criado em Jacarepaguá, Domingos Brazão possui reduto eleitoral na Zona Oeste e tem empreendimentos, junto à família, em toda a região. Ele é empresário do ramo dos postos de gasolina e o sobrenome Brazão passou a se tornar dominante na área, que é cobiçada pelas milícias vizinhas. 

 

Hunter Biden, o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se declarou inocente de evasão fiscal nesta quinta-feira (11) perante um tribunal federal em Los Angeles. Suas complicações legais elevam a pressão para seu pai, que se encaminha para uma amarga briga pela reeleição contra Donald Trump.

O empresário de 53 anos, que está em recuperação de um passado de dependência química, é um alvo constante dos republicanos que usam seu caso para acusar, sem provas, o que chamam de "Família Biden Criminosa".

Um dia antes de sua apresentação ao tribunal em Los Angeles, Hunter apareceu de forma surpresa em uma audiência parlamentar no Capitólio, em Washington, onde uma comissão do Partido Republicano discutia medidas de desacato contra ele por ter-se negado a testemunhar a portas fechadas sobre seus negócios, no mês passado.

O filho do presidente recebeu nove acusações relacionadas a crimes fiscais.

A denúncia, emitida em 7 de dezembro, afirma que o dinheiro que devia ir para os cofres públicos foi desviado para um "estilo de vida extravagante".

Entre 2016 e outubro de 2020, "o acusado gastou este dinheiro em drogas, acompanhantes e namoradas, hotéis de luxo e propriedades para alugar, carros exóticos, roupas e outros itens de natureza pessoal, resumindo, tudo menos seus impostos", afirma o documento de 56 páginas.

"Estamos aqui hoje porque você foi acusado de uma ofensa criminal", disse o juiz do distrito Mark C. Scarsi a Hunter, que estava vestido com um terno e uma gravata azul, e compareceu com seu advogado.

"Não culpado", respondeu diante de um tribunal repleto de jornalistas quando questionado sobre sua declaração em relação às acusações. A audiência durou cerca de meia hora.

Biden responderá ao processo em liberdade, mas Scarsi destacou que ele não pode consumir drogas ou álcool, nem portar uma arma de fogo.

A próxima audiência está marcada para 27 de março, e a expectativa do juiz é que o julgamento comece em 20 de junho.

Caso seja condenado pelas nove acusações — três das quais são consideradas graves —, Hunter pode ficar preso por até 17 anos.

O empresário também é alvo de outra denúncia em Delaware por acusações federais de que havia infringido leis que impedem a posse de armas e o consumo de drogas.

No ano passado, um acordo que buscava negociar sua situação jurídica fracassou em meio a uma série de críticas que afirmavam que uma redução de sua pena evidenciava que o Departamento de Justiça o beneficiava por ser filho do presidente americano.

Seu advogado, Abbe Lowell, disse em dezembro que a situação na verdade era oposta.

"Baseado nos fatos e na lei, se o sobrenome de Hunter não fosse Biden, suas acusações em Delaware, e estas agora na Califórnia, não teriam sido apresentadas", declarou.

Hunter Biden se tornou uma espécie de alvo para os republicanos, que tentam atacar Joe antes das eleições presidenciais de novembro.

Em meio a constantes críticas, sem apresentar provas, iniciaram uma investigação que busca o impeachment do presidente por supostas acusações de que teria se beneficiado dos negócios internacionais de seu filho.

O ator americano Kevin Spacey, acusado de ter agredido sexualmente quatro homens no Reino Unido, foi declarado inocente nesta quarta-feira (26), dia em que completa 64 anos, no fim de um julgamento muito midiático em Londres.

Após um mês de audiências e 12 horas de deliberação, os membros do júri declararam Spacey inocente das nove acusações que enfrentava. Quando o veredicto foi anunciado, o ator enxugou as lágrimas e fez gestos de agradecimento.

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Desde o início do julgamento, sob forte expectativa da mídia, no final de junho, Spacey, que havia se declarado inocente de todas as acusações, foi apresentado pela Promotoria como um assediador sexual que usava sua influência para abusar de homens jovens.

O ator, vencedor de dois Oscar por seus papéis em "Beleza Americana" e "Os Suspeitos", afirmou que todas as relações foram consentidas e que alguns fatos eram pura invenção dos denunciantes.

Quatro homens o acusaram de agressão sexual entre 2001 e 2013, especialmente a partir de 2004, quando era diretor do renomado teatro Old Vic, em Londres.

A acusação mais séria contra o protagonista da série "House of Cards" diz respeito a um homem que o acusou de "drogá-lo" e fazer sexo com ele enquanto dormia.

- "Grande paquerador" -

As primeiras acusações contra Spacey surgiram em 2017, no início do movimento #MeToo, em um momento em que estava no auge de sua fama como protagonista da série de sucesso da Netflix.

Como consequência, ele foi afastado de "House of Cards" e de outros projetos em que iria participar.

Nos interrogatórios da polícia, divulgados durante o julgamento, os quatro homens disseram não ter ousado denunciar antes por medo de não serem acreditados, ao enfrentarem uma figura muito famosa e influente.

Diante do júri, o ator se descreveu como um "grande paquerador", mas negou qualquer comportamento "violento", "agressivo" ou "doloroso", afirmando que os argumentos da acusação eram "fracos".

Ele se declarou "destruído" pelas acusações e lamentou uma "reputação perdida". O cantor britânico Elton John prestou depoimento em Mônaco a seu favor.

Também acusado de agressão sexual nos Estados Unidos, Spacey foi declarado inocente por um tribunal civil de Nova York no ano passado. Em 2019, as acusações contra ele foram retiradas em outro caso.

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha garantiu ser inocente com relação aos atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, após a Polícia Federal cumprir, nesta sexta-feira (20), mandado de busca e apreensão nos endereços dele e do ex-secretário de Segurança Pública do DF Fernando de Sousa Oliveira.

A defesa de Ibaneis foi publicada no seu perfil do Instagram no início da noite desta sexta. Ele alegou que “não há nada que possa me ligar aos golpistas que atacaram os Três Poderes”, e que sempre se comportou de modo a “colaborar com as investigações”.

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“Cheguei a fazer um depoimento espontâneo à Polícia Federal, mostrando que não há o que temer. Mantenho a fé em nosso sistema Judiciário e a certeza de que tudo restará esclarecido. Estou afastado do Distrito Federal exatamente para que o trabalho dos policiais e da Justiça transcorra sem qualquer óbice, sempre à disposição para novos esclarecimentos”, disse.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo por 90 dias pela omissão por parte do governador nos atos terroristas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro. 

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O ator americano Kevin Spacey, alvo de quatro acusações de agressões sexuais contra três homens, se declarou inocente à justiça britânica durante uma audiência preparatória nesta quinta-feira em Londres.

O artista de 62 anos, que teve a carreira arruinada por acusações de agressão sexual nos Estados Unidos em 2017, retiradas desde então, compareceu a um tribunal de Londres para responder sobre supostos atos ocorridos entre 2005 e 2013.

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Depois de ser deixado em liberdade ao final de uma primeira audiência, em 16 de junho, Spacey se declarou inocente nesta quinta-feira das supostas agressões cometidas, em sua maioria no bairro londrino de Lambeth, onde fica o famoso teatro Old Vic, do qual foi diretor artístico entre 2004 e 2015.

Duas acusações apresentadas se referem a agressões sexuais cometidas em março de 2005 em Londres contra o mesmo denunciante, que hoje tem mais de 40 anos.

Outra agressão sexual envolveu um segundo denunciante em agosto de 2008 - atualmente a pessoa tem mais de 30 anos - e implica atividades sexuais com penetração sem consentimento.

O ator é acusado por uma quarta agressão sexual, em abril de 2013 em Gloucestershire, sudoeste da Inglaterra, contra um terceiro homem, também na casa dos 30 anos.

"O senhor Spacey nega veementemente qualquer tipo de crime neste caso", afirmou seu advogado, Patrick Gibbs, em 16 de junho.

A onda de acusações que acabou com a carreira de sucesso de Spacey correspondeu ao surgimento do movimento #MeToo, que nasceu em 2017 do caso do poderoso produtor de cinema americano Harvey Weinstein.

E, segundo posicionamento da assessoria de Michel Teló, as informações de que o cantor teria sido acionado pela Justiça ao não pagar uma indenização de mais de 130 mil reais, referente a época que fazia parte do Grupo Tradição, são inverídicas.

O sertanejo foi vocalista da banda por 11 anos e eles cantavam, em seu repertório, a canção Pé de Cedro e em um trecho eles alteraram a letra original, sem autorização - e, por isso, o juiz Cláudio Muller Pareja teria determinado o pagamento da quantia aos herdeiros da música, Hilger Coutinho da Silva e Ilda Alves da Silva.

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Viemos por meio desta, informar que, ao contrário do que saiu ontem em alguns veículos de imprensa sobre o cantor Michel Teló as notícias veiculadas são inverídicas.

Com base na sentença proferida em 23.04.2019, processo 1401348-97.2019.8.12.0000, já transitada em julgado, Michel Teló foi considerado inocente e teve declarada a ausência de obrigação de pagar quaisquer valores aos reclamantes.

Quaisquer informações que não sejam as acima, não são verdadeiras, dizia o comunicado oficial emitido pelo equipe de Michel.

Heinz Christian Strache, ex-vice-chefe de Governo da Áustria e que já foi líder do Partido da Liberdade (FPO, extrema-direita), se declarou inocente nesta terça-feira (6) em um julgamento por corrupção, em um caso derivado de um escândalo que provocou a queda do governo.

Há dois anos, Strache foi filmado com uma câmera escondida quando oferecia contratos públicos a uma mulher que se apresentara como a sobrinha de um oligarca russo, em troca de apoio eleitoral.

As cenas, filmadas na ilha espanhola de Ibiza, chocaram o mundo político, provocaram a convocação de eleições antecipadas e a abertura de investigações.

As declarações feitas no vídeo estão "gravadas na memória coletiva", destacou a procuradora no início das audiências no tribunal regional de Viena.

O acusado, de 52 anos, é suspeito de atuar para que uma clínica particular de cirurgia estética fosse incluída entre os estabelecimentos reembolsados pela Previdência Social.

O proprietário da clínica, Walter Grubmüller - que também está no banco dos réus - foi um doador do FPO e havia convidado Strache para seu iate, assim como para passar férias em uma causa na ilha grega de Corfu.

- Restaurar a imagem do FPO -

De acordo com as mensagens de texto examinadas, Strache perguntou abertamente a seu interlocutor "que alteração na lei" ele desejava para que seu estabelecimento, especializado em cirurgias estéticas, "fosse finalmente tratado de maneira justa". Grubmüller respondeu que enviaria um projeto de lei.

Na ocasião, Strache negociava com os conservadores para formar uma coalizão. Ao chegar ao poder, a extrema-direita assumiu o ministério da Saúde.

A legislação foi modificada pouco depois, o que permitiu à clínica ser assimilada pela Previdência Social. Ddde acordo com cálculos de especialistas, o estabelecimento passou a ter o direito de receber fundos públicos que chegavam a 2,2 milhões de euros (2,6 milhões de dólares) por ano.

O julgamento deve terminar na sexta-feira e, em caso de condenação, a pena pode chegar a cinco anos de prisão.

Além deste processo, outros políticos estão na mira da justiça, entre eles o atual chefe de Governo, o conservador Sebastian Kurz. Os magistrados querem saber se o governante, de 34 anos, mentiu conscientemente em 2020 a uma comissão parlamentar, ao negar qualquer intervenção na nomeação de um parente para o comando de uma empresa pública.

Heinz Christian Strache, que já é acusado de desviar mais de meio milhão de dólares da verba do partido, afirma ser vítima de uma campanha de difamação

O FPO - que caiu de 26% nas urnas em 2017 para 16% em 2019 - acaba de nomear como líder o ex-ministro do Interior Herbert Kickl, responsável por restaurar a imagem do partido fundado por antigos nazistas nos anos 1950 e que atualmente insiste em uma retórica hostil ao islã e aos refugiados.

Recentemente veio à tona uma investigação da Polícia Federal após Núbia Óliiver ser acusada de ter ligação com um esquema de tráfico de mulheres - do qual Mc Mirella teria sido vítima quando era mais nova. Agora, Adélia Soares, advogada da funkeira, revelou ao colunista Leo Dias que Mirella prestou depoimento e foi considerada inocente no caso.

"Aos 16 anos, a Mirella foi contratada para fazer a divulgação de uma marca de maquiagem no Paraguai, e hoje sabemos que o contrato na verdade mascarava uma quadrilha de tráfico de mulheres", contou.

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Considerada chave da investigação, a ex-A Fazenda ajudou nas investigações contra a quadrilha na chamada Operação Harém.

"Essa operação, intitulada como Harém pela PF, tornou público que a minha cliente é inocente e foi de extrema importância para esclarecer, de uma vez por todas, os boatos e acabar com as acusações infundadas contra ela. Mirella nunca foi investigada, acusada ou processada pela Justiça por cometer crime de aliciamento ou qualquer outro. Agora com essa operação ficou notório em todo processo investigatório que a Mc foi tão somente vítima, e isso pode ser facilmente verificado por qualquer pessoa, uma vez que o processo é público", disse a advogada.

Além disso, a advogada informou que providências já foram tomadas contra pessoas que insistem em manchar a imagem de Mirella com mentiras e distorção de fatos. Além de mover ações cíveis e criminais, a equipe da cantora ajudou a apagar perfis online e condenar outras pessoas.

Em seu primeiro pronunciamento após a anulação dos processos julgados pelo ex-juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que foi vítima da maior mentira jurídica do Brasil.

A reviravolta determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, reposicionou o petista na corrida eleitoral de 2022 como concorrente do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Em tom de agradecimento, Lula começou ressaltando a importância do uso da máscara de proteção e dos demais cuidados contra a Covid-19.

Mágoa e empatia com sofrimento do povo na pandemia

Em live transmitida direto do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, ele pediu autorização para retirar o item e começar seu discurso. "Eu sou na política o resultado da consciência política da classe tralhadora brasileira. Na hora que que ela evoluiu, eu evolui", iniciou.

"Eu sei de que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história. Eu sei que a minha mulher, a Marisa, morreu por conta da pressão e o AVC se apressou. Eu fui proibido até de visitar o meu irmão dentro de um caixão [...] se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas magoas sou eu, mas não tenho porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando é infinitamente maior que qualquer crime que cometeram contra mim. Maior do que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal", prosseguiu.

Denuncia de opressão durante a vigília e agradecimento ao movimento sindical

“Quero agradecer de coração ao pessoal da vigília. Aqui teve muita gente que foi na vigília, que ficou muito tempo. Aquelas pessoas enfrentaram loucuras da Polícia Federal. Tinha um delegado, que não sei se é saudável ou não, se ele bebia ou não, mas ele provocava a vigília, chegou a atirar para fazer medo à vigília. Chegavam a chamar a polícia. Tinha vizinhos que ofendia gente da vigília todo dia e esse pessoal ficava lá 580 dias [...] e todo santo dia eu almoçava, acordava e dormia com mulheres e homens do Brasil inteiro gritando meu nome. A cadeia não foi o sofrimento que eu esperava que fosse, porque eu não sei quantos presos na história da humanidade tiveram tanta gente"

Exposição do conluio entre MPF e Sergio Moro, e tratamento diferente para sua Defesa

"Eu acho muito engraçado porque o Moro fala 'não reconheço essa veracidade', os procuradores falam que não reconhecem mesmo tendo uma 'peritagem' e a divulgação sendo autorizada pela Suprema Corte. No meu caso, eles nunca pediram autorização. Era até engraçado por que muitas vezes eu ia o inquérito e a maior preocupação do delegado não era com a pergunta, era com o vazamento"

Agradeceu Fachin e atacou a Lava Jato

"Ele cumpriu uma coisa que a gente reivindicava desde 2016. A decisão que ele tomou tardiamente, cinco anos depois, ela foi colocada por nós desde 2016. A gente cansou de dizer que a inclusão da Petrobras na vida do Lula como criminoso, era a razão pela qual a quadrilha de procuradores da força tarefa da Lava Jato, não o Ministério Público, e o Moro entendeu que a única forma de me pegar era me levar para a Lava Jato. Eu já havia sido liberado em vários outros processos, mas eles tinham como obsessão porque queriam criar um partido político para tentar me criminalizar"

Ataque direto ao presidente Bolsonaro sobre terraplanismo

"Sobre a luta contra a desigualdade, que é o maior mal que paira hoje no planeta terra. Um planeta que é redondo e não é quadrado, e o Bolsonaro não sabe disso. É importante reiterar quem puder: o planeta é redondo. Ele tem um astronauta no governo, o ministro Pontes sobrevoou em um foguete russo quando eu era presidente, se ele não dormiu, ele viu que o planeta era redondo. Então, ele poderia dizer ao presidente dele 'oh presidente, não fala mais essa bobagem não. Não acredita no Olavo de Carvalho, assume que o mundo é redondo'.

Após criticar toda a cobertura da Globo desde o início do seu caso, se disse feliz pela 'verdade' mostrada no JN de ontem e complementou. "A liberdade de imprensa é uma das razões maiores pela manutenção da Democracia em qualquer país do mundo, em qualquer lugar do Planeta Terra"

Lula afirmou que vai continuar trabalhando para Moro virar suspeito

"Ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queria me culpar. Deus de barro não dura muito tempo. Tenho certeza que hoje, ele deve tá sofrendo muito muito mais do que eu sofri. Tenho certeza que o Dallagnol tá sofrendo muito mais do que eu sofri porque eles sabem que cometeram erro, e eu sabia que não tinha cometido"

"Vocês tão lembrando quando eu disse que não trocava a minha dignidade pela minha liberdade, e disse que minha canela não era canela de pombo, eu não ia colocar tornozeleira e que não ia para casa preso porque minha casa não era a cadeia, muita gente achou que eu tava radicalizando. Eu tava apenas dizendo o que eu sentia. Eu tinha certeza que esse dia chegaria"

Um relatório da Polícia Federal emitido na semana passada inocentou a corretora Pioneer das denúncias de lavagem de dinheiro em transações de câmbio apresentadas no âmbito da Operação Lava Jato.

O parecer, assinado pelo delegado André Moreira Branco dos Santos, concluiu que 'não foram trazidos elementos suficientes que reforçassem as supostas condutas ilíticas'.

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A corretora entrou na mira do Ministério Público Federal em desdobramento da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Ele delatou um dos clientes da Pioneer, o laboratório Labogen, por suposto envolvimento na remessa de US$ 500 milhões ao exterior. Na sequência, a Pioneer passou a ser investigada por suspeita de participação do esquema.

Segundo o processo, a corretora contratou irregularmente 2.189 transações cambiais, somando quase US$ 115 milhões, com as empresas Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen, Labogen Química Fina e Biotecnologia e Piroquímica Comercial Ltda - que os investigadores alegam serem empresas de fachada do esquema de lavagem.

A corretora chegou a ser multada em R$ 89,95 milhões pelo Banco Central por prestar 'informações falsas' ao BC sobre os clientes que movimentaram recursos ao exterior.

O sócio da Pioneer, João Medeiros, sempre negou conhecimento sobre irregularidades. Segundo o empresário, foram tomadas todas as cautelas e cumpridas todas as formalidades para verificar a idoneidade do Labogen. Em depoimento, o diretor do laboratório, Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro de Youssef, também afirmou que sempre forneceu documentos para fundamentar e dar aparência de licitude às operações de câmbio contratadas junto à Pionner.

Para os advogados Leandro Sanchez Ramos e Rodrigo de Abreu Sodré Sampaio Gouveia, defensores de João Medeiros, 'a errônea ordem de continuidade das investigações sustentada pelo Juízo Federal Curitibano causou imensurável constrangimento aos seus clientes, sendo a segunda confirmação das conclusões da Polícia Federal, sem sobras de dúvidas, o bastante para que haja expectativa de que o juízo da culpa atue dentro da ordem jurídica justa e sepulte o caso'.

O jovem americano acusado de matar 22 pessoas em agosto em um hipermercado de El Paso, no Texas, se declarou inocente em um tribunal desta cidade do sul dos Estados Unidos, informou a justiça local. Patrick Crusius, um jovem branco de 21 anos, foi acusado em agosto de homicídio e enfrenta a pena de morte ou prisão perpétua.

O acusado "se declarou inocente esta tarde e o promotor Jaime Esparza pedirá a pena de morte", disse à AFP a promotoria de El Paso. O procurador-federal John Bash assinalou que o crime é considerado um ato de "terrorismo".

Em um manifesto publicado na Internet antes do ataque, Crusius denunciou uma "invasão hispânica" no Texas e depois declarou que seu alvo eram os 'mexicanos'. O jovem está detido e isolado, com vigilância especial para evitar que cometa suicídio, segundo a imprensa local.

A atriz americana Lori Loughlin e seu marido, acusados de pagar 500 mil dólares para que suas filhas entrassem em uma universidade da Califórnia, se declararam inocentes nesta segunda-feira (15) da acusação de lavagem de dinheiro.

O casal renunciou ao seu direito de comparecer diante de um juiz para ser formalmente acusado e deu seu depoimento por escrito ao tribunal de Boston encarregado do caso, constatou a AFP.

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Loughlin, o marido - o estilista Mossimo Giannulli - e cerca de outras trinta pessoas, incluindo a protagonista de "Desperate Housewives" Felicity Huffman estão envolvidos no escândalo do pagamento de subornos para colocar seus filhos na universidade.

Huffman se declarou culpada de pagar 15 mil dólares para conseguir que sua filha mais velha obtivesse melhores notas no exame de admissão.

Loughlin, 54 anos e famosa por seu papel de Becky na série "Full House" e seu marido são acusados de pagar meio milhão de dólares para que suas duas filhas fossem aceitas na Universidade do Sul da Califórnia (USC) como integrantes da equipe de remo.

O casal foi acusado de lavagem de dinheiro e fraude bancária, o que é passível de uma pena de até 40 anos de prisão.

O esquema para garantir a entrada dos jovens na universidade em troca de dinheiro foi criado por William Singer, através de uma empresa especializada na preparação de estudantes para o exame de admissão.

O golpe envolvia o pagamento de subornos a determinadas pessoas para que melhorassem os resultados das provas, utilizar outros jovens para realizar os exames, e recorrer a técnicos de esportes e administradores para colocar os estudantes em equipes da universidade.

A empresa de Singer, que se declarou culpada e colabora com a justiça, recebeu 25 milhões de dólares de pais ricos desejosos de colocar seus filhos em universidades de prestígio como Yale, Georgetown, Stanford ou UCLA, segundo a promotoria de Massachusetts.

O ator americano Kevin Spacey, de 59 anos, se declarou inocente de abusar sexualmente de um adolescente em 2016, ao ser acusado formalmente, nesta segunda-feira, perante um juiz da ilha de Nantucket, em Massachusetts.

O escritório do promotor Michael O’Keefe confirmou que uma declaração de inocência foi apresentada em nome de Kevin S. Fowler, o nome verdadeiro do ator.

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O famoso protagonista da série de sucesso da Netflix "House of Cards" ficou em liberdade sob fiança. Não foi solicitado que ele entregasse seu passaporte para evitar uma fuga do país, mas o juiz Thomas Barrett lhe proibiu de contatar a suposta vítima ou sua família, como pedia a acusação.

Uma nova audiência anterior ao julgamento foi marcada para o dia 4 de março, mas Spacey não é obrigado a comparecer, disse o juiz.

Spacey tinha pedido inicialmente que seus advogados o representassem na audiência, e tinha escrito para o juiz uma carta para lhe indicar que se declararia inocente, mas Barrett quis que ele comparecesse pessoalmente no tribunal.

O ator, que vestia um blazer escuro na audiência, camisa branca com pequenas flores estampadas e gravata de bolinhas, parecia cansado, com bolsas nos olhos. Chegou à exclusiva ilha de Massachusetts em um avião privado nesta manhã, mostrou a televisão NBC.

O advogado de Spacey, Alan Jackson, pediu que nem a suposta vítima nem sua namorada da época apaguem nada de seus telefones celulares entre a data do suposto incidente e agora. O juiz atendeu ao pedido, mas apenas por um prazo de seis meses a partir de julho de 2016. Segundo a imprensa local, Little e sua namorada tinham trocado mensagens e inclusive imagens sobre a suposta agressão.

As acusações contra o ator chegam 13 meses depois da apresentação da denúncia do adolescente, e fazem parte do mais recente capítulo do movimento #MeToo, depois da sentença do ator Bill Cosby e da acusação contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

É a primeira vez que Spacey enfrenta acusações penais, apesar de haver dezenas de denúncias de assédio e abuso sexual contra ele.

O ator pode ser condenado a uma pena de até cinco anos de prisão por colocar a mão dentro da calça de William Little, que tinha 18 anos no momento da suposta agressão, ocorrida em julho de 2016 em um restaurante de Nantucket no qual o jovem trabalhou como ajudante de garçom durante o verão.

Little contou que certa noite ficou no restaurante após seu expediente para conhecer Spacey. Depois de se apresentar ao ator e lhe dizer que tinha 23 anos - a idade legal para beber em Massachusetts é 21 anos -, começaram a beber cerveja, e logo passaram ao uísque, a pedido de Spacey.

Algum tempo depois, o ator o convidou a ir com ele e alguns amigos para casa, segundo o jovem. Little rejeitou a oferta porque suspeitava que o ator tentava seduzi-lo. Mas ficou no bar para conseguir uma foto com Spacey.

Foi então que Spacey - vencedor de dois Oscar por seus papéis em "Os Suspeitos", em 1996, e em "Beleza Americana", em 2000 - colocou a mão na calça do jovem, segundo a denúncia.

- 'Sem provas' -

Spacey, que se viu obrigado a abandonar a vida pública por acusações de abuso sexual em 2017, publicou um vídeo na Internet em dezembro em que retomava o papel de Frank Underwood, o personagem que interpretava em "House of Cards", para falar das denúncias.

O vídeo teve muitas interpretações, que evocaram tanto o destino de Underwood, o personagem principal da série, como as ações contra Spacey.

"Você não acreditaria no pior sem provas, acreditaria? Você não se precipitaria em julgamentos sem fatos, se precipitaria? Você fez isso? Não, você não. Você é mais esperto que isso", disse Spacey no vídeo.

"Claro, alguns acreditaram em tudo e ficaram só esperando ansiosamente me ouvir confessar tudo. Estão ansiosos para que eu declare que tudo que foi dito é verdade e que recebi o que merecia".

"Só você e eu sabemos que nunca é tão simples, não na política nem na vida".

Spacey chegou a ser considerado um dos melhores atores de sua geração, mas sua carreira desmoronou depois que uma dúzia de homens nos Estados Unidos e no Reino Unido o acusaram de má conduta sexual.

Além do caso de Nantucket, outras duas investigações estão em curso em Los Angeles e Londres, onde Spacey foi diretor artístico do prestigioso teatro Old Vic de 2004 a 2015.

O ator mexicano Roberto Cavazos, que atuou em várias produções do Old Vic, disse que "parece que bastava ser um homem com menos de 30 anos para que o senhor Spacey se sentisse livre para nos tocar".

O primeiro relato público de uma denúncia de abuso veio do ator Anthony Rapp, que denunciou que Spacey abusou dele quando tinha 14 anos, em 1986.

Spacey não apareceu nas telas nem nos palcos desde a denúncia de Rapp.

O diretor Ridley Scott tirou Spacey de seu filme "Todo o Dinheiro do Mundo" (2017), e regravou todas as cenas em que ele aparecia com outro ator, Christopher Plummer.

Após passar 6 meses preso em Praia Grande, São Paulo, por conta de uma possível participação em um assalto, o marceneiro Nelson Neves Souza Junior, de 29 anos, foi inocentado pela Justiça ao provar que estava trabalhando. Ele era suspeito de roubar R$ 50 de um homem, numa agência bancária.

O fato aconteceu em 2014 e não houve flagrante. Na época, a vítima disse que dois suspeitos tinham roubado dele R$ 1.400, além de um cartão da pessoa. 

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Nelson foi denunciado e a Justiça determinou a prisão preventiva dele. O mandado foi cumprido e o marceneiro, também vítima nessa história, foi preso às vésperas do Natal de 2017. Ele foi encaminhado a Cadeia Pública e depois levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado na mesma cidade onde mora.

Em depoimento ao juiz, o homem roubado se contradisse. Ao G1, o advogado do marceneiro, Erico Lafranchi, confirmou que "primeiro, ela (a vítima) afirmou que tinha sido roubada em mais de R$ 1 mil, mas depois afirmou que R$ 50 tinham sido levados. E depois afirmou que o cartão de crédito não foi levado".

A contradição nos depoimentos e a falta de provas sustentaram a absolvição do marceneiro. "Não há prova segura de autoria de roubo por parte do réu", escreveu o juiz Eduardo Ruivo Nicolau.

Também em depoimento ao G1, Nelson Neves diz que perdeu o nascimento do seu filho mais novo e sofreu muito enquanto dividia a cela da prisão com outros suspeitos. "Meu filho mais velho, de 6 anos, chegou a acreditar que o pai dele era criminoso. Hoje sinto revolta, decepção e tristeza", desabafou.

O advogado de defesa do Nelson vai entrar com processo contra o Estado. Além de ser afastado dos seus filhos e perder vários momentos de suas vidas, o marceneiro ficou sem emprego.

"Só na favela que guarda-chuva é confundido com fuzil". É o que vem afirmando moradores da favela Chapéu Mangueira, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em protesto contra o assassinato do Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, 26 anos. Ele foi alvejado após a polícia confundir o guarda-chuva que tinha em mãos com um fuzil.

O caso aconteceu às 19h30 da última segunda-feira (17), numa noite de chuva no Rio. Segundo informações da ONG Ponte, o homem esperava a mulher e os filhos, um de 4 anos e outro de 10 meses, na frente de um bar da localidade. Moradores relataram à ONG que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela teriam disparado três tiros contra o Alexandre, que estava com o guarda-chuva e um "canguru" que seria usado para carregar o filho mais novo, que foi confundido com um colete à prova de balas.

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A vítima havia acabado de conseguir um novo emprego e estava se preparando junto com a sua esposa para realizar a festa de 1º ano de vida do bebê. Uma pessoa, que não quis se identificar, disse à Ponte que não estava tendo operação no momento e que nem se quer troca de tiros teve. Procurada, a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) deu outra versão à ONG.

"Os agentes foram alertados por populares que havia criminosos na localidade do bar do David. Chegando ao local, houve troca de tiros e um breve confronto", assegura a PMERJ. A esposa do Alexandre, Thayssa de Freitas, pede por justiça. Ela relatou que o seu filho de quatro anos já sabe o que é tiroteio, se agachar e ficar escondido por conta do que acontece dentro da comunidade. "Que realidade é essa?", indagou a viúva.

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Na manhã desta última terça-feira (19), alguns moradores da favela estavam com vários guarda-chuvas em punho, protestando contra a ação dos policiais que resultou na morte do trabalhador. A confusão da polícia foi um dos assuntos mais comentados nas redes e internautas se mostraram incrédulos com o fato. "Se um policial, que recebe capacitação pra usar uma arma, confunde um guarda-chuva com um fuzil, imagina o 'cidadão de bem'?", apontou Reila Cinalli. Já Adriana Montania escreveu: "isso porque foi confundido um guarda-chuva e levou três tiros, imagina se ele tivesse armado mesmo".

A polícia do Rio de Janeiro prendeu um homem de 43 anos por ter achado ele parecido com um assaltante. Segundo a corporação, uma das semelhanças é que os dois usavam óculos escuros. Mas o verdadeiro ladrão já estava preso e a delegada não sabia. Na sexta-feira (20) a Justiça autorizou a libertação de Antônio Carlos Rodrigues Júnior, de 43 anos.

O homem inocente foi preso há cerca de uma semana na casa em que morava, no bairro da Glória. Os policiais fizeram a identificação do suposto criminoso por fotos em redes sociais. O real ladrão era procurado por um assalto ao Consulado da Venezuela ocorrido no início de junho. No pedido de prisão, os investigadores da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo disseram que Antônio Carlos tinha semelhanças com o assaltante, como "a cor da pele, no formato do nariz e no formato da cabeça".

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O relatório dizia, ainda, que "ambos são carecas, têm orelhas grandes , pontudas e voltadas para fora". Também foi apontado que os dois tinham uma "forte semelhança" quando usavam óculos escuros. A família, revoltada com a situação, resolveu investigar o caso por conta própria e descobriu que o real ladrão já estava preso em Bangu.

"Têm duas pessoas presas pelo mesmo crime e pelo mesmo processo. Trouxemos essas informações à delegacia, a delegada apurou o fato que os trouxemos e ai foi feito um novo reconhecimento em Bangu, da vítima , com o verdadeiro autor do fato e ela reconheceu ser ele o verdadeiro autor do crime que está sendo discutido", disse a advogada Mitsi Rocha em entrevista ao portal G1. Antônio Carlos trabalha como motorista do aplicativo uber e tem um filho e um neto. Ele foi solto na noite da sexta-feira (20).

Harvey Weinstein se declarou, nesta terça-feira (5), inocente das acusações de estupro e agressão sexual em um tribunal de Manhattan, no início de uma batalha judicial emblemática para o movimento #MeToo, que sonha em vê-lo atrás das grades.

"Inocente", sussurrou o ex-todo-poderoso produtor de Hollywood ante o juiz que leu a ata de acusação, em uma corte repleta de advogados e jornalistas. Várias vezes repetiu simplesmente "sim" enquanto o juiz recordou os detalhes de sua liberdade condicional.

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Foi o seu advogado Ben Brafman que mais falou na audiência. "Não importa quão repreensível seja o crime, presume-se que Weinstein é inocente. Também é repreensível acusá-lo falsamente de estupro", disse Brafman. "Vamos lutar contra isso na corte".

Weinstein foi acusado em 25 de maio de um crime por supostamente ter obrigado uma jovem a praticar nele sexo oral em 2004, nos escritórios do estúdio Miramax, e de outros dois crimes pelo suposto estupro de outra jovem em 2013. Poderia passar até 25 anos na prisão.

Apesar de apenas duas mulheres serem mencionadas na acusação no âmbito penal, mais de 100 afirmaram, desde outubro passado, terem sido assediadas sexualmente por Weinstein ao largo de várias décadas. Isso converteu o antes produtor cinema e televisão no catalisador do movimento #MeToo e num dos piores predadores sexuais da história recente dos Estados Unidos.

A Promotoria não divulgou a identidade das querelantes.

Segundo Brafman, o processo por estupro envolve uma mulher que durante uma década manteve uma relação consentida com Weinstein, mas esta informação não foi confirmada.

A acusação de sexo oral forçado foi feita por Lucia Evans, uma consultora de marketing que, em 2004, queria ser atriz e em outubro contou sua história à revista The New Yorker.

O seu relato é similar a muitos outros testemunhos de atrizes famosas como Ashley Judd e Gwyneth Paltrow, e principalmente de jovens desconhecidas que esperavam virar estrelas.

Evans relatou que Weinstein prometeu a ela um papel em seu programa de aspirantes a modelo "Project Runway", antes de ser obrigada a fazer sexo oral com ele. Depois o produtor continuou como se nada tivesse acontecido.

Weisntein deverá se apresentar novamente ante o tribunal em 20 de setembro.

- Solução imprevisível -

Já condenado pela opinião pública, será possível evitar que Weinstein, de 66 anos e pai de cinco filhos, vá para a prisão?

"É difícil prever o resultado", afirma Suzanne Goldberg, professora de Direito da Universidade de Columbia, "em parte porque "não houve muitos processos por agressões sexuais contra pessoas conhecidas, o que diz muito sobre o ceticismo que prevalece sobre as mulheres que acusam homens poderosos".

O movimento #MeToo quebrou o status quo favorável aos homens, como mostrou a recente condenação do comediante de televisão Bill Cosby por uma agressão sexual de 2004, em um segundo julgamento.

Mas o promotor deverá "provar 'para além de uma dúvida razoável' que Weinstein cometeu delitos em relação a essas duas mulheres em particular", ressalta.

No entanto, ninguém acredita que as acusações não darão em nada. O promotor de Manhattan, Cyrus Vance, tomou todas as precauções para verificar as provas e a credibilidade das querelantes, disseram vários advogados consultados pela AFP.

Para Michael Weinstein (sem parentesco com Harvey), advogado nova-iorquino e ex-procurador federal, Brafman tentará provar que "as relações foram consentidas" naquele momento, embora depois, com a chegada do #MeToo, as acusadoras "já não tenham essa lembrança".

- Número de mulheres -

Como foi para Cosby, a batalha principal gira em torno de outras potenciais vítimas de Weinstein, que a acusação pode chamar ao banco das testemunhas.

Algumas dessas testemunhas podem ser suficientes para convencer o júri de que o produtor tinha uma tendência sistemática de abusar de mulheres, destacou Michael Weinstein.

Bennett Gershman, professor de Direito da Universidade de Pace, está seguro de que o produtor, "o mais desonrado dos predadores sexuais", terminará nos próximos meses negociando um acordo para declarar-se culpado, evitando assim um julgamento e obtendo um redução de sua pena.

Por melhor que Brafman seja, "até mesmo o melhor advogado não pode fazer mágica", declarou Gershman. "Nenhum júri terá simpatia por Weinstein".

Ironicamente, o diretor americano Brian de Palma disse recentemente ao jornal francês Le Parisien que planeja abordar a história de Weinstein, como um filme de terror e com um protagonista similar.

Segundo informações da imprensa, Weinstein passou meses em tratamento por vício em sexo depois que sua esposa estilista, Georgina Chapman, o abandonou.

Ele está livre após pagar uma fiança de um milhão de dólares em espécie. Também deve usar um dispositivo de monitoramento com GPS e seus deslocamentos estão restritos aos estados de Nova York e Connecticut.

À espera da resolução da batalha judicial, o caso outorgará munições a mais de 10 mulheres que processam Weinstein na justiça civil.

Como ilustrou o caso O.J. Simpson, um veredicto de culpa é mais fácil de ser obtido no âmbito civil do que no penal. Por isso, mesmo que escape de uma pena maior de prisão, Weinstein parece condenado à desgraça.

Depois de uma visita ao ex-presidente Lula, que está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, o deputado federal Silvio Costa (Avante) disse que ficou “impressionado” com a força de um ser humano. “A força de um homem que jamais vai abrir mão das suas convicções, vai abrir mão de sempre estar preocupado com a política de inclusão social com os menos favorecidos deste país", disse se referindo ao líder petista. 

Silvio Costa chegou a falar que Lula poderia ter fugido do Brasil ou pedido refúgio. “Eu saio daqui vendo um homem indignado, mas um homem que poderia ter ido para uma embaixada, um homem que poderia ter fugido do país, mas um homem que preferiu ficar preso para provar que ele é inocente. Aquele diabo daquele apartamento não pertence ao ex-presidente Lula. Não existe um recibo, não existe uma escritura e não há nenhum cartório do Brasil que diga que aquele apartamento é do presidente Lula”, ressaltou. 

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“Você não pode ser condenado sem a chamada materialidade do crime. O presidente Lula está preso sem a chamada materialidade do crime, isso é fato, a Constituição brasileira foi rasgada. E eles vão ter que rasgar a Constituição de novo para o presidente não ser candidato”, continuou a defender. 

O deputado afirmou que o líder petista continua sendo candidato a presidente da República na eleição deste ano. “No Brasil existe a esquerda e existe o lulismo. O lulismo está mais vivo do que nunca. Eu saiu daqui com o coração cheio de esperança, que de novo o Brasil vai ter cheiro do povo, que de novo o povo vai chegar ao poder”.

Silvio ainda detonou os tucanos e o presidente Michel Temer (MDB). “Um presidente da República que teve duas denúncias contra ele. Eu vejo no PSDB figuras com milhões de dólares na Suíça. Esses caras estão soltos e o presidente Lula preso aqui, meu irmão, pelo diabo de um apartamento que não tem um recibo nesse pais que diga que é do presidente”, lamentou. 

Na última quinta-feira (31), a ex-presidente Dilma Rousseff também visitou Lula. Ela garantiu que ele estava com uma “excelente” aparência física e moral elevada. “Mas, muito indignado. Aquela indignação justa, das pessoas inocentes, que percebem a grande injustiça que está sendo cometida contra ele”, disse. 

Aos jornalistas, Dilma lembrou “feitos” importantes realizados no governo do PT, como a exploração do pré-sal e a "ampliação das refinarias". 

 

Preso há 10 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma mensagem para os militantes que estão acampados em Curitiba, próximo à Superintendência da Polícia Federal (PF). O texto foi lido para os militantes pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, na noite desta segunda-feira (16). Na carta, Lula agradeceu a resistência e o apoio dos militantes. Além disso, o ex-presidente também disse que continuava “tranquilo, mas indignado como todo inocente”.

“Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade. Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido”, observou Lula na mensagem. 

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Seguindo o mote do último discurso feito por ele antes da prisão, o ex-presidente disse que continuava “desafiando” a Polícia Federal da Lava Jato, o Ministério Público da Lava Jato, o Moro e a segunda instância a “provarem o crime que alegam” que ele cometeu. “Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado”, declarou.

O acampamento chamado de “Lula Livre” está montado desde o último dia 8, um dia depois da prisão do ex-presidente. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Segundo a sentença, dada pelo juiz Sérgio Moro e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), o ex-presidente recebeu R$ 2,2 milhões da empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras. O valor teria sido repassado a partir da aquisição e reforma de um apartamento triplex do Guarujá (SP). 

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula, nesta quarta-feira (4), o presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, se mostrou bastante positivo. “Lula não tem como ser preso, não há crime para que possa ser preso. Lula não vai ser preso porque a Constituição lhe garante, inocente como ele é, liberdade para que ele prove sua inocência recorrendo em liberdade”, disse. 

Em entrevista ao LeiaJá, Ribeiro falou que o Supremo tem o dever de aplicar a Constituição Federal. “Que assegura a todos os cidadãos a presunção da inocência, no caso de Lula, é muito forte [a presunção] porque não há nenhuma prova que tenha vindo daquele processo de Curitiba que qualquer um de nós possa apontar”, argumentou. 

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“Vamos continuar esperando que o STF assegure a Lula o que é garantido a todo cidadão brasileiro. A Constituição é expressa quando diz que todo cidadão tem direito a recorrer em liberdade até transito final da condenação. Esse é um direito de todos os brasileiros e, portanto, é de Lula também, que é um homem inocente”, ressaltou. 

O petista ainda falou que o Brasil vive uma “profunda” crise política. “Precisamos de mais democracia e não o que está ocorrendo. A última presidente eleita foi destituída por motivo fútil em uma ação combinada entre o Judiciário, parte do Supremo e o Legislativo e agora, perto da próxima eleição, aquele cidadão que é o Lula, que todas as pesquisas indicam que será o vitorioso na eleição também um setor do Judiciário quer prendê-lo querendo violar a democracia. Não há dinheiro em conta bancária de Lula, então a gente não aceita essa partidarização da Justiça”. 

Bruno Ribeiro voltou a dizer que Lula está sofrendo uma perseguição política. “O processo não apresentou uma só prova de qualquer crime de propriedade do apartamento onde ele não passou uma noite, onde não há um recibo, não há uma escritura e não há uma prova que ele favoreceu a empresa proprietária do apartamento, a OAS”, concluiu. 

 

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