Marina detona governo Temer: “Sem competência”
“Não tem competência, não tem credibilidade e não tem legitimidade para dialogar com os segmentos da sociedade”, disparou a pré-candidata a presidente
A pré-candidata a presidente Marina Silva (Rede) não poupou críticas ao governo Temer durante encontro no Recife, na noite dessa quinta-feira (14). A ex-senadora, ao falar sobre a greve dos caminhoneiros, que acarretou em prejuízos em diversos setores, afirmou que o governo não tinha competência, nem credibilidade e tampouco legitimidade.
“O governo deveria ter se antecipado para evitar o prejuízo que aconteceu. Os caminhoneiros entregaram uma pauta de reinvindicação a muito tempo, o governo dispõe de informações que permitiram fazer antecipadamente para não levar o Brasil à situação a qual tivemos que enfrentar e, obviamente, que não foi feito porque não tem competência, não tem credibilidade e não tem legitimidade para dialogar com os segmentos da sociedade”, disparou.
A presidenciável também criticou a proposta do Governo Federal em privatizar a Eletrobras. Segundo ela, foi apresentado um projeto sem nenhum plano com o único intuito de “tapar o rombo” do governo Temer nas contas públicas. “Como diz Eduardo Giannetti, ninguém vende as joias da família para ir almoçar fora. Esses ativos são muito importantes, são patrimônio da sociedade brasileira. Simplesmente o governo gasta perdulariamente, inclusive desvia dinheiro com a corrupção e depois vende o patrimônio da sociedade brasileira”.
Marina não parou com as críticas. Ela também disse não ser de acordo com a PEC do Teto dos Gastos. “Controlar gasto público é fundamental, agora o que eu venho dizendo é que o governo fez é algo completamente fora da curva. Congelar o orçamento público por 20 anos em um País que a saúde está do jeito que está, a segurança está um caos, violência no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Ceará, no Acre, nós vamos congelar tudo por 20 anos? A infraestrutura do portos está totalmente colapsada e vamos congelar? É possível controlar gastos públicos como eles estão dizendo, mas de outra forma”.
“Vamos sim controlar gasto público, mas vamos fazer isso não congelando orçamento público por 20 anos. Somente quem não sabe o que é sofrer a violência, que ceifa 60 mil vidas por anos, somente quem não vive o problema de marcar uma consulta e ficar meses esperando para fazer um exame é que acha que congelar uma situação dessa por 20 anos resolve”, ressaltou.