A barca do governo está afundada, ironiza Bruno Araújo

Deputado federal faz referência a projeção de novas alianças da oposição com partidos que hoje integram a base do governo Paulo Câmara, como o Solidariedade. Armando e Mendonça também demonstraram otimismo

por Giselly Santos ter, 26/06/2018 - 15:16
Júlio Gomes/LeiaJáImagens Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Presidente estadual do PSDB, o deputado estadual Bruno Araújo espera que a frente 'Pernambuco Vai Mudar' consiga atrair outros partidos que hoje fazem parte do governo Paulo Câmara (PSB) para endossar o palanque do senador Armando Monteiro (PTB). Nesta terça-feira (26), o grupo recebeu oficialmente o apoio do PSC, aliado de Paulo até a semana passada.

De acordo com informações de bastidores, a mira do grupo agora é no Solidariedade, presidido pelo deputado federal Augusto Coutinho, que estaria apresentando insatisfações com a falta de espaço na gestão pessebista.

Questionado sobre as novas adesões, Bruno disse que a "afinidade política nossa com Augusto Coutinho e grau de desprestígio [dado pelo governo], nos fazem apostar que eles vão ter dimensão de fazer este movimento" de aliança com a oposição a Paulo.

"O Solidariedade sofreu, na minha opinião e com todo respeito, um nocaute político e desprestígio na base do governo, o governo dando a demonstração de que os movimentos que fez de cargos desprestigiam o partido", observou, referindo-se a reforma administrativa no primeiro escalão que não contemplou os anseios da legenda. 

Na avaliação do tucano, com o desembarque do PSC da base e a insatisfação do Solidariedade, "o principal é a sinalização para Pernambuco de que a barca do governo está afundada, tem muita gente começando a pular fora". "Começou com a densidade política dos Ferreiras e do PSC, já vimos prefeitos, como o  de Goiana anunciado a adesão, outros movimentos no Sertão, então jogo do vira-vira começou", ironizou.

O discurso de adesão de novos partidos também foi reforçado pelo pré-candidato a governador. Segundo Armando Monteiro, a intenção agora é de "continuar conversando com os partidos da base [governista], sem pressa, nenhum tipo de assodamento e através deste diálogo consolidar ainda mais nossa frente". Questinado sobre com quantos partidos aliados pretende chegar às convenções, marcadas para iniciar em 20 de julho, o petebista observou que "não é algo numérico".

"Apenas acho que até o momento do registro da candidatura vamos ampliar muito o número de partidos", frisou Armando Monteiro. Já sobre o Solidariedade, o petebista admitiu conversas, mas não quis dar detalhes. "Essa especulação existe, temos boas relações com vários quadros do Solidariedade, mas não fechamos nada neste sentido", afirmou. 

O sentimento positivo de ampliação do palanque foi corroborado, ainda, pelo deputado federal Mendonça Filho (DEM), que é pré-candidato a senador pela chapa. " Essa mobilização política é crescente. Aumenta o palanque a cada dia e vai aumentar mais. Outras novidades virão e outras forças de somarão a este palanque aqui", projetou. ao discursar durante o ato que aconteceu no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

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