Não foi Lula que mandou fazer isso com Marília, diz Silvio

O deputado afirmou que "Gleisi [Hoffman] encheu a paciência" de Lula e, por isso, ele teria dito que a presidente nacional "fizesse o que ela quisesse"

por Giselly Santos sex, 03/08/2018 - 18:09
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Ainda na coletiva, Silvio Costa ponderou que faltavam adjetivos para classificar as articulações entre PSB e PT Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dado o aval para a retirada da candidatura da vereadora Marília Arraes ao Governo de Pernambuco foi rebatida, nesta sexta-feira (3), pelo deputado federal e pré-candidato senador Silvio Costa (Avante). Em entrevista coletiva à imprensa, o parlamentar disse que a presidente nacional da legenda petista, senadora Gleisi Hoffman (PR), estava trabalhando a serviço da "banda podre do PT" e tinha "enchido a paciência" de Lula para que ele desse o aval da aliança com o PSB. 

"Não foi Lula que mandou fazer isso. Isso é mentira. Eu nunca revelei conversas com presidentes e ex-presidentes, mas o presidente Lula quer a candidatura de Marília Arraes, mas a Gleisi Hoffman, a serviço não sei de que, que ficou no vai e vem, para lá e para cá... encheu tanto a paciência de Lula, que está preso sem a materialidade do crime, que chegou um momento que ele disse faça o que vocês quiserem", contou o deputado.

Silvio Costa também reclamou da postura de Gleisi que, segundo ele, não o comunicou da decisão nacional mesmo sabendo da aliança já formada por ele com Marília e da postura que sempre teve em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff. "Ela se quer teve a delicadeza de ligar para mim. Quem fez isso foi o homem sério do PT, Fernando Haddad", detalhou o deputado.

Esperança em Marília Arraes 

Silvio Costa iniciou a coletiva com a máxima de que "a política é um exercício de paciência" e deixou claro que, apesar de já traçar um plano B, tem esperança que a resolução retirando Marília da disputa seja derrubada pelo Diretório Nacional.

"Não existe essa história de que a candidatura de Marilia não mais existe. A instância superior de um partido não é a Executiva, mas o Diretório. [...] Tenho o sentimento que é possível ganhar no Diretório Nacional. Esses que estão vibrando hoje podem amanhã estar chorando decepcionados", projetou. 

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