Uma campanha com cheiro de morte, lamenta Jean Wyllys

“É isso que você quer para o Brasil”, questionou o deputado federal

por Taciana Carvalho qui, 11/10/2018 - 16:04
Luis Macedo/ Câmara dos Deputados Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), um dos maiores críticos do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), decidiu falar sobre a onda de violência espalhada pelo Brasil citando uma jovem que teve o corpo marcado com uma suástica feita com canivete, em Porto Alegre, e o assassinato do mestre de capoeira Moa do  Katendê por um eleitor de Bolsonaro. O psolista definiu todo o cenário como “uma campanha com cheiro de morte”. 

“A campanha de Jair Bolsonaro utiliza como estratégia de divulgação do candidato um discurso de estímulo franco à violência. Não é à toa que partidários dessa campanha estejam envolvidos em casos de ameaça, agressão e, mais recentemente, em um homicídio com motivo fútil”, lamentou por meio das redes sociais.

  Jean alertou para o fato de novos episódios de violência. “Como estão as coisas, é possível que mais partidários de Bolsonaro voltem a espancar ou matar alguém até o final do segundo turno. Se não houver forte reação das instituições e na sociedade civil, essa gangue que atua com práticas de milícia se tornará o governo do Brasil”, disse.

  O parlamentar ainda falou que o clima nas ruas é hostil à livre manifestação política e que a campanha do candidato do PSL abusa de notícias falsas para gerar um pânico moral. “Homens com transtornos mentais têm ostentado armas e símbolos da campanha de Bolsonaro em sinal de ameaça à população negra, às mulheres feministas e à comunidade LGBT que tem orgulho das suas identidades. A Justiça admite que é incapaz de controlar as notícias falsas e a atuação de robôs e as polícias se limitam a respostas protocolares para cada novo caso que coloca em dúvida a democracia”. 

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