Último ato de campanha de Fernando Haddad será no Recife

O ex-prefeito de São Paulo comandará uma caminhada na próxima quinta-feira (25), com concentração a partir das 16h, no Parque Treze de Maio

por Giselly Santos qui, 18/10/2018 - 13:42
Giselly Santos/LeiaJáImagens PT e PSOL se reuniram no Recife Giselly Santos/LeiaJáImagens

O último ato oficial de campanha do candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) será no Recife. De acordo com o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, o ex-prefeito de São Paulo comandará uma caminhada na próxima quinta-feira (25), com concentração a partir das 16h, no Parque Treze de Maio e seguirá até a Praça da Independência, no Centro da capital pernambucana. A atividade vai culminar uma série de ações menores que os partidos aliados estão realizando em prol do petista no Estado.

Nesta quinta-feira (18), a cúpula do PT local se reuniu com a direção do PSOL e parlamentares eleitos para alinhar a agenda da reta final da campanha. Uma comissão com três membros de cada legenda será criada e as atividades devem ser fechadas até esta sexta (19). Em coletiva de imprensa, após o encontro que aconteceu na Casa Marielle, no bairro do Derby, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos, uma vez que o adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL), está na frente nas pesquisas de intenções de votos.

“Estamos aprofundando a articulação planejada das forças democráticas para evitar [a eleição de Bolsonaro]. Para a sorte nossa, os 49 milhões de votos em Bolsonaro não são de fascistas. Se fosse de nazistas e fascistas a preocupação nossa era maior. Há um percentual enorme de consciências que estão manipuladas e vamos atrás de reverter esses votos”, salientou o dirigente petista.

O encontro do PT apenas com o PSOL deu a entender que há uma divisão em Pernambuco da frente em defesa de Haddad, já que PSB e PDT, por exemplo, também estão no mesmo palanque no âmbito nacional, além de PCB, PSTU e PCdoB. O presidente do PT, contudo, deixou claro há uma unidade. “É uma frente só que está agindo em diversas regiões através das suas militâncias. Existem visões diferentes [entre os partidos], mas lutamos para que o país continue abrigando essas diferenças”, disse.

O presidente estadual do PSOL, Severino Biu, também reforçou a tese. “Essa unidade se estabelece nas ruas, o PT e o PSOL, apesar das suas divergências, vem pautando as reivindicações da sociedade brasileira. Esse é um momento concreto que estamos expressando nossa unidade. Queremos que este seja um momento de virada política. Acreditamos que o eleitor brasileiro define seu voto na última semana”, argumentou, lembrando que “não podemos misturar as posições estaduais com a disputa federal” e a unidade desses partidos independe do cenário estadual.

Ex-candidata a governadora pelo PSOL, Dani Portela também participou do encontro assim como outros políticos que foram candidatos dos dois partidos - eleitos ou não. Para a psolista, o momento é de “olhar nos olhos” das pessoas para barrar Bolsonaro.

“Entendemos essas eleições como um marco histórico de um divisor de águas, não é simplesmente para escolher entre dois campos, estamos no momento de decidir entra a civilização e a barbárie. Reta final de agendas que já estão acontecendo e a nossa tática daqui para o final é olhar no olhos das pessoas, o crescimento de Bolsonaro mostra o sentimento de crise de representatividade e precisamos sair, voltar para as bases. Muitos que estão nesse projeto estão indo sem compreender o tamanho do abismo”, reforçou.

Além de Dani, do PSOL estavam o deputado estadual Edilson Silva, o vereador do Recife Ivan Moraes e o coletivo eleito para deputada estadual do Juntas. Já do PT, o senador Humberto Costa, os deputados estaduais Odacy Amorim e Teresa Leitão, além da vereadora e deputada federal eleita Marília Arraes.

COMENTÁRIOS dos leitores