“O governo Bolsonaro é desastroso”, dispara Carlos Veras
O deputado federal eleito também criticou o tratamento dado a movimentos do campo como "terroristas"
Um dos maiores defensores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal eleito Carlos Veras (PT) foi responsável por comandar diversos atos em prol do líder petista enquanto esteve à frente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE). Agora, vitorioso na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, Veras prometer fazer uma forte oposição ao governo Bolsonaro e trabalhar sempre pensando nos trabalhadores brasileiros.
Em entrevista concedida ao LeiaJá, Veras falou que tem a missa de poder ajudar nessa luta travada. “Como agricultor familiar, a gente tem essa missão. O presidente eleito trata os movimentos do campo como terroristas, ataca diretamente a agricultura familiar, o agronegócio assume vários setores do governo, vários órgãos importantes de controle, que coloca em risco inclusive muitas conquistas. Os agricultores possuem uma responsabilidade muito grande com o desenvolvimento desse país”.
Veras criticou as medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em menos de um mês de mandato. “O governo Bolsonaro, até agora, é um governo desastroso. É o governo que leva o tempo todo para voltar atrás nas suas próprias decisões. Ele volta atrás até do que voltou atrás. Ele anunciou que acabaria com o Ministério do Trabalho, anuncia depois que não acabaria com o Ministério, depois volta atrás e acaba com a pasta. Então, o início do governo Bolsonaro é um governo do volta atrás do desenvolvimento do país. Também volta atrás do processo das políticas públicas, que é um retrocesso muito grande, volta atrás nas suas decisões, então não passa segurança alguma”, alfinetou.
O deputado eleito, que estará ao lado da também deputada eleita Marília Arraes (PT) na Câmara, também comentou os escândalos envolvendo não somente Bolsonaro como também os seus filhos. “Denúncias graves. Mourão disse que o problema era Flávio ter o sobrenome Bolsonaro. E se o sobrenome dele fosse Silva? Eu respondo: se o sobrenome dele fosse Silva, ele [Flávio] estava encarcerado, ele estava preso, ele já estava condenado por Sergio Moro, sem nenhuma prova concreta. Bastava ter o sobrenome silva e as informações que tem até hoje.
Carlos Veras já avisou que não está preocupado com as críticas porque já as enfrenta há muito tempo. “Eu tenho certeza que os trabalhadores que acordam todos os dias cedo, que lutam para trabalhar, não vão estar nos criticando. Aqui em Pernambuco fui escolhido pelo conjunto dos dirigentes sindicais do campo e da cidade e dos movimentos sociais para representá-los nesse projeto”, ressaltou.