Bolsonaro diz que não tem pressa para indicar PGR

O mandato da atual procuradora Raquel Dodge encerra no dia 17 de setembro

sex, 16/08/2019 - 10:37
Flickr do Palácio do Planalto Flickr do Palácio do Planalto

Apesar da expectativa inicial de que o nome que chefiará a Procuradoria Geral da República (PGR) seria conhecido nesta sexta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não tem pressa anunciar a indicação e deu sinais de que o órgão pode vir a ter um comando interino após o fim do mandato da atual procuradora Raquel Dodge, no dia 17 de setembro. 

"Não tem prazo [para a indicação], porque senão vão dizer que estou recuando o tempo todo. Não tem prazo, eu até estou muito feliz com o que vem acontecendo na PGR. Não temos nenhum problema se, porventura, até a data prevista não tiver uma pessoa exercendo efetivamente essa função", afirmou o presidente nessa quinta (15).

Caso o cenário de interinidade se confirme, quem deve assumir a PGR é o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins.

Até agora há incertezas sobre favoritos diante da eminente indicação de Bolsonaro. O presidente também não tem dado sinais que deve seguir a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Dos dez procuradores que concorreram à indicação da categoria, o mais votado foi Mário Bonsaglia, com quem Bolsonaro se reuniu nesta semana. 

A escolha a partir da lista virou apenas tradição é desde 2003, mas não existe uma legislação que obrigue o presidente a seguir. Constitucionalmente, cabe ao presidente nomear um procurador-geral desde que seja funcionário de carreira, com mais de 35 anos e que passe por aprovação de maioria absoluta do Senado.

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