Deputado que quebrou placa de Marielle emprega condenado
Daniel Silveira (PSL) adota um discurso intolerante contra a criminalidade, no entanto, contratou um secretário parlamentar condenado por receptação de carro roubado
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) que quebrou a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018, emprega um condenado por receptação de carro roubado. A informação é da revista Fórum. Somados, os valores pagos ao servidor atingem R$ 3.264 mensais. O deputado foi eleito com discurso de intolerante contra a criminalidade.
James Filgueiras Branco foi contratado para ser secretário parlamentar de Silveira no dia 16 de junho deste ano. Em 2014, um denunciante prestou queixa na Delegacia de Petrópolis, no Rio de Janeiro, informando a suspeita que o veículo adquirido havia sido clonado anteriormente por James. No mesmo ano, ele foi detido por receptação, direção perigosa e desobediência.
As investigações confirmaram que o carro havia sido roubado dois anos antes por um bandido armado, no bairro de Jardim América, e teve a placa adulterada. O secretário do deputado foi condenado a um ano de serviços comunitários, além do pagamento de multa.
Durante a eleição, o deputado Daniel Silveira sustentou o discurso de que "bandido bom é bandido morto", inclusive só neste ano, publicou a expressão nove vezes em suas redes sociais. Questionado pelo blog de Ruben Berta sobre a contratação, ele afirmou que os criminosos têm direito à ressocialização.