Ciro Gomes critica teto de gastos: ‘maluquice consolidada’

Ex-governador do Ceará fez ponderações por conta da redução de R$ 9 bilhões nos investimentos na área da saúde no país

qui, 27/02/2020 - 10:20
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Ex-candidato a presidente e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) usou o Twitter, nesta quinta-feira (27), para questionar o teto de gastos em vigência no país, aprovado em 2016 durante o governo de Michel Temer (MDB). Os questionamentos foram expostos pelo pedetista ao compartilhar uma reportagem mostrando que a área da saúde deixou de receber R$ 9,05 bilhões em 2019 devido à regra válida desde 2017.

Na avaliação de Ciro, o teto fiscal é uma “maluquice consolidada”. “Sob aplauso da elite brasileira, este teto de gastos impacta diretamente na vida do povo mais pobre. Assim será também com educação, segurança, etc. De fora apenas o setor financeiro, para poucas pessoas ficarem ainda mais ricas”, observou Ciro Gomes.

Segundo reportagem do G1, dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária da Secretaria do Tesouro Nacional, do ano passado, comprovam a redução dos empenhos com os gastos na área da saúde. 

De acordo com os números do Tesouro, foram destinados para a saúde R$ 122,269 bilhões. Caso o regime do teto fiscal não tivesse sido aprovado em 2016, o valor aplicado deveria ser de 14,5% da receita corrente líquida de 2019. O percentual é equivalente a R$ 131,32 bilhões. O que contabiliza uma diferença de R$ 9,05 bilhões.

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