Luciano Hang sobre operação da PF: 'Fiz nada de errado'
Polícia Federal apreendeu celular e computador pessoal do empresário
A Polícia Federal apreendeu o celular e o computador pessoal do empresário Luciano Hang, proprietário da Havan, na manhã desta quarta-feira (27) em Santa Catarina. Hang é um dos alvos do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a produção de fake news e ameaças à Corte. O empresário se posicionou sobre a operação em transmissão ao vivo nas redes sociais e em nota.
"Eu não fiz nada de errado, não atentei contra os ministros nem a alta Corte. Isso vai ser provado quando abrir meu celular", disse ele durante a transmissão feita do Centro Administrativo Havan, em Brusque-SC.
Na nota, o empresário diz não ter nada a esconder. "Tudo o que falo e penso está nas minhas redes sociais e é de conhecimento público, o que ficará comprovado no decorrer do inquérito."
"O que temos que ter nesse país é liberdade de expressão, liberdade de pensamento, falar aquilo que nós achamos para melhorar o nosso país e a vida de todos brasileiros", comentou Hang na live.
Os mandados foram cumpridos na sede da Havan e em dois endereços residenciais do empresário. A PF cumpre mandados de busca e apreensão desde o início desta manhã.
Além de Hang, são alvos o ex-deputado federal Roberto Jefferson, o blogueiro Allan dos Santos e outros aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Oito parlamentares são investigados, mas sem mandados de busca e apreensão. Alexandre de Moraes determinou que eles sejam ouvidos em dez dias e proibiu que suas postagens em redes sociais sejam apagadas. São os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), e os deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP).
Recentemente, Luciano Hang foi condenado por compartilhar fake news. Ele deverá indenizar o reitor da Unicamp em R$ 20,9 mil.