Paulo Câmara visita fábrica da Sputnik V
Governador negocia a compra da vacina russa para Pernambuco
Nesta terça (2), o governador Paulo Câmara visitou a fábrica da União Química, em Santa Maria, Distrito Federal, onde é produzida a vacina Sputnik V, da Rússia. Câmara esteve acompanhado de outros governadores e participou de reunião com o CEO da União Química, Fernando Marques, e o diretor de Negócios Internacionais da empresa, Rogério Rosso, além do embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov. Pernambuco negocia a compra direta da vacina, diante da possibilidade de o governo federal não distribuir os imunizantes entre os estados.
“A documentação da Sputnik V foi entregue à Anvisa e, havendo autorização, já deveremos ter, a partir do mês de abril, a fabricação desse imunizante no Brasil. Isso vai nos ajudar a acelerar o processo de vacinação da nossa população, juntamente com a produção dos laboratórios Butantan e Fiocruz, para termos mais opções de vacinas. Até porque, a quantidade de vacinas, hoje, ainda está bem aquém do necessário para garantirmos uma cobertura satisfatória para a população brasileira”, afirmou Paulo Câmara.
A Sputnik V apresentou um nível de eficácia acima de 90% contra o novo coronavírus na última etapa de testes no seu país de origem. A vacina foi a primeira contra covid-19 registrada no mundo e já começou a ser utilizada em países como Argentina e México. “A União Química garantiu aos governadores que a Rússia dispõe de 10 milhões de doses da vacina para enviar ao Brasil assim que obtiver a aprovação na Anvisa, que ainda não ofereceu uma previsão de data para a conclusão desse processo. Ainda segundo a empresa, até dezembro, a Rússia teria condições de produzir e enviar ao Brasil outras 150 milhões de doses”, diz a nota oficial do governo do Estado.
MP das Vacinas
Durante a visita à fábrica, o governador expôs ainda sua preocupação com os vetos do presidente Jair Bolsonaro a trechos da Medida Provisória das Vacinas, sobretudo ao que dificulta a compra de imunizantes pelos entes federativos. Câmara criticou ainda o veto ao dispositivo que dava prazo de cinco dias para a Anvisa aprovar o uso emergencial de vacinas.
“Se os organismos internacionais, que têm tanto critério na liberação de vacinas em outros países, estão liberando o uso, por que não haver um procedimento mais célere também no âmbito da Anvisa? Precisamos agilizar o plano de vacinação, com toda a segurança necessária, mas infelizmente o governo federal tem barrado iniciativas legislativas que são fruto de muita discussão no Congresso Nacional”, afirmou Câmara.