Visando 3ª via, Marçal ataca Ciro: 'vá caçar o que fazer'

Na busca por espaço na briga à Presidência, Pablo Marçal (Pros) também criticou Lula (PT) e baixou o tom ao citar Jair Bolsonaro (PL)

seg, 01/08/2022 - 09:06
Reprodução/Redes Sociais Marçal conversa com apoiadores Reprodução/Redes Sociais

Confirmado na disputa à Presidência pelo Pros, Pablo Marçal calibrou seu discurso de estreia como candidato em ataques aos principais concorrentes, nesse domingo (31). Alinhado com uma parcela do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL), ele amenizou as críticas ao presidente e foi mais duro com Lula (PT) e, principalmente, Ciro Gomes (PDT). 

Com o desejo de quebrar o cenário polarizado, Marçal defende o slogan “chega desses 2” e se colocou como o candidato da terceira via "que ninguém tem coragem de assumir". De olho na posição de Ciro Gomes, ele lembrou dos insucessos do pedetista nas tentativas de ser Presidente e propôs que o concorrente "vá caçar outra coisa para fazer". 

“Ciro Gomes, se desde 2011 você tenta ser Presidente e o povo não quer saber de você, vá caçar outra coisa pra você fazer. Se o povo não quer, acabou”, afirmou durante a convenção do partido, em São Paulo. 

Ainda em seu discurso, Pablo Marçal destacou que era cristão e estigmatizou o aborto. O candidato do Pros também incentivou a venda de empresas públicas, como a Petrobras, e deixou um recado para Lula (PT): “o Brasil não quer mais o senhor como Presidente”. 

Conhecido na internet por vídeos motivacionais, o "coach messiânico" arriscou a vida de 32 pessoas quando desrespeitou as recomendações da Defesa Civil e subiu a Serra da Mantiqueira, em São Paulo, no início de janeiro. Antes da caminhada, ele fez uma oração para que o clima melhorasse e, mesmo assim, encarou as péssimas condições climáticas. Na madrugada do dia 6, após alguns integrantes desistirem, o grupo pediu socorro aos bombeiros devido ao risco de hipotermia. 

Em tom mais ameno ao citar Bolsonaro, Marçal indicou que não enxerga possibilidade de crescimento com o atual governo. “Bolsonaro deu o melhor que pôde, mas não pode levar o Brasil para o próximo nível. Por isso me coloquei a disposição da nação”, apontou. 

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