Collins faz fala homofóbica ao criticar fim de Secretaria

A vereadora do Recife criticou o fim da Secretaria Nacional de Combate e Prevenção às Drogas

qua, 04/01/2023 - 17:06
Reprodução/Instagram A vereadora Michele Collins (PP) Reprodução/Instagram

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) fez uma fala homofóbica e transfóbica nesta quarta-feira (4), ao criticar o fim da Secretaria Nacional de Combate e Prevenção às Drogas, que foi substituída pela Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. A pasta inédita no governo federal foi instituída pelo ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. A política sobre drogas, no entanto, passou a ser de competência dos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Saúde. 

No vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar disse estar indignada com o fim da Secretaria de Combate e Prevenção às Drogas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ironizou a nova pasta do Ministério: “Faz o L”. 

“Há 28 anos eu sou militante da política de drogas. Tive o meu marido nas drogas e trabalho todos os dias com mães que choram porque estão com os filhos perdidos. E você que votou no Lula, faz o L agora. Você que votou no Lula e tem alguém na sua família que estava sendo cuidado e tratado no governo Bolsonaro, foram mais de 80% de aumento de tratamento de dependente químico. E sabe qual é a política que vai entrar agora? A redução de danos. Agora faz o L você que votou nele. Estamos aqui indignados”, relatou.  “O desgoverno Lula acabou com a Secretaria Nacional de Combate e Prevenção às Drogas e substituiu pela Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. Faz o L agora”, complementou, na legenda da publicação.

Ainda com indicações transfóbicas, Michele Collins compartilhou o anúncio de que uma travesti comandará pela primeira vez na história a Secretaria dos Direitos LGBTQIA+. “Olha aí a presepada. Acaba com a Secretaria Nacional de Cuidado e Prevenção às Drogas e cria a LGBTQIA+”. 

Em seguida, para tentar amenizar a fala, Collins publicou um vídeo no story e afirmou que “LGBTQIA+ é gente igual a qualquer outra pessoa. As secretarias, as políticas públicas tem que ser para pessoas, e não para opções sexuais. Isso é um absurdo desse desgoverno e cada vez que eu vejo uma palhaçada dessa eu só me lembro das pessoas que eu conheço e que votaram nessa porcaria desse governo. Pessoas que são crentes, cristãos, que amam a família, que têm filhos e votaram para que tudo isso acontecesse. Tá aí, parabéns para vocês”. 

Antes, a vereadora do Recife questionou: “Será que não tem nenhum LGBT que usa drogas? Será que quem é LGBTQI não é gente que seja contemplada também na secretaria de drogas ou em qualquer outra?”. “LGBTQIA+ é gente igual a qualquer outra pessoa. As secretarias, as políticas públicas tem que ser para pessoas, e não para opções sexuais. Isso é um absurdo desse desgoverno”.

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