Vendas de iPhone desaceleram e Apple reduz expectativas
Apple alertou seus investidores em uma carta nesta quarta-feira (2) para esperarem que as vendas do último trimestre caiam
A Apple alertou seus investidores em uma carta nesta quarta-feira (2) para esperarem que as vendas do último trimestre caiam devido principalmente a uma desaceleração nas vendas do iPhone na China, em meio a uma guerra comercial com os EUA, além de outros fatores, como a substituição de baterias mais baratas do smartphone.
A China é um mercado enorme para a Apple, representando cerca de 15% de suas receitas globalmente. "Embora tenhamos antecipado alguns desafios nos principais mercados emergentes, não previmos a magnitude da desaceleração econômica, particularmente na China", escreveu o CEO da Apple, Tim Cook, na carta.
A Apple espera agora que a receita para os três meses que terminam em dezembro seja de cerca de US$ 84 bilhões, abaixo do intervalo estimado anteriormente entre US$ 89 bilhões e US$ 93 bilhões. Foi a primeira vez desde junho de 2002 que a Apple emitiu uma redução em sua previsão trimestral.
Tim Cook também observou na carta que o número de pessoas que estão migrando para novos iPhones diminuiu. Entre os fatores que influenciaram essa tendência estão os subsídios menores das operadoras para os consumidores, a alta do dólar americano no exterior e a decisão da Apple de oferecer um desconto no serviço de substituição de baterias para o iPhone.
O iPhone tem sido o principal gerador de dinheiro da Apple há anos, respondendo por quase 60% do total de vendas da empresa nos três meses encerrados em setembro. Na carta aos investidores, Cook elogiou o crescimento de serviços complementares, como o iCloud, o Apple Pay e a App Store.