Apoio psicológico ajuda estudantes nos vestibulares

Psicólogos combatem o "nervosismo" dos "feras" e destacam a necessidade de ser tranquilo

por Nathan Santos dom, 18/08/2013 - 11:44
Nathan Santos/LeiaJáImagens A estudante Vanessa Romão afirma que, após o acompanhamento psicológico, passou a viver melhor emocionalmente Nathan Santos/LeiaJáImagens

Além da grande concorrência e das dificuldades impostas pelas questões das disciplinas, a época de vestibular transmite, por si só, um certo grau de nervosismo para os estudantes. Afinal de contas, quem nunca ouviu um “fera” dizer que, no momento da prova, a tranquilidade sumiu e o famoso “deu um branco” entrou em ação.

Também há a questão da pressão, que pode ser autoimposta tanto pelos próprios estudantes, bem como pela família e amigos. De acordo com a psicóloga Ana Cleide Jucá, esse sentimento possui aspectos diferentes, que podem transmitir benefícios ou prejuízos para os candidatos. “A pressão tem dois lados. Um pode trazer ansiedade e atrapalhar a concentração do aluno. O outro lado, diz respeito a ausência de pressão, quando a gente encontra um estudante muito disperso e sem ser pressionado. Nesse caso, geralmente falta motivação”, explica a profissional, que atua no BJ Colégio e Curso, no Recife.

Para ajudar os estudantes que sofrem com o nervosismo, o apoio psicológico é essencial. A grande maioria das escolas tem esse serviço, que também funcionam como uma ferramenta pedagógica e de organização das metodologias de estudo. “A psicologia também pode ajudar a controlar a ansiedade. A família, muitas vezes, que o resultado. Às vezes é o psicólogo que para um momento e escuta o adolescente. Existe uma carga muito grande cobrança e é importante que o psicólogo faça um acompanhamento com o estudante”, frisa a psicóloga.

A jovem Vanessa Romão, de 16 anos, já sofreu com problemas emocionais. “É muito complicado. Sou muito nervosa e tive que fazer terapia psicológica. Como melhorei um pouquinho, neste ano que vou fazer vestibular, tive também que receber orientação sobre qual profissão eu deveria seguir”, conta a estudante do 3º ano do ensino médio.

Quando o problema é emocional, mas, não diz respeito ao vestibular em si, mas sim à questões pessoais, se torna mais necessário um acompanhamento psicológico. “O adolescente é imediatista, então, se um relacionamento amoroso não dá certo, ele entra em desespero. O psicólogo, a partir da situação, tenta fazer com que ele entenda que existem outras prioridades naquele momento, e, uma delas é o estudo”, explica psicóloga Ana Cleide.

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