O Dia do Professor
Diante de tantas reivindicações em busca de melhorias para a categoria, alguns professores acham que a data não é para ser comemorada
Mestre, professor, docente, educador, disseminador de conhecimento. Na frente de um quadro e diante de pessoas com sede de aprender, ele coloca para fora anos e anos de formação para formar os outros. Se você é médico, advogado, jornalista ou qualquer outro tipo de profissional, já mais conseguiria chegar à função sem ter passado por um professor. Esta terça-feira (15) é data em que é comemorado o Dia do Professor. Na realidade brasileira, greves, protestos e movimentos deixam claro que a situação ainda não é das melhores para os profissionais da educação.
Representante da categoria, o coordenador geral do Sindicato dos Professores do Estado de Pernambuco (Sinpro-PE), Jackson Bezerra (foto à esquerda, de crédito "Divulgação/Sinpro-PE), acredita que a data não é para ser comemorada. Refletir, segundo ele, é o que se deve fazer, além de debater a atual situação dos professores e dos patrões e governantes que conduzem os postos de trabalho desses trabalhadores.
“Ser professor é um desafio. Não somos coitados, somos professores com orgulho, mas, ainda tem muito que melhorar. Hoje não temos boas condições de trabalho, plano de carreira para a rede privada não existe, sem contar que outros profissionais de nível superior têm salários bem mais altos. Um professor da rede pública ganha hoje R$ 8,40 a hora aula. Na educação superior o valor é de R$ 20. É muito pouco. Isso é um absurdo”, opina Bezerra.
De acordo com o coordenador do Sinpro, a sociedade como um todo e os políticos que acreditam que a educação é um instrumento essencial para o desenvolvimento social, devem atuar e buscar melhorias para a categoria. “Não existe educação sem professor. Educação é um instrumento transformador”, acrescenta o professor.
O que algumas pessoas não sabem é o motivo do “15 de outubro” ser dedicado aos professores. Trata-se de uma questão histórica, que aconteceu no ano de 1827, quando o imperador Dom Pedro I decretou que toda cidade, vila ou lugarejo do Brasil criassem as primeiras escolas primárias da nação. Elas receberam o nome de Escolas de Primeiras Letras.