Arruda e Ilha podem voltar a ter capacidade máxima
Santa Cruz e Sport assinaram termo de ajuste de conduta junto ao MPPE para providenciarem reformas nos estádios visando segurança e conforto dos torcedores
Arruda lotado com 60 mil pessoas. Ilha do Retiro tomada por 33 mil rubro-negros. Realidades que estão bem próximas de voltarem a acontecer nos estádios de Santa Cruz e Sport. Com capacidades reduzidas desde o final de 2015 – o José do Rêgo Maciel para 50 mil e o Adelmar da Costa Carvalho para 27 mil –, por conta de uma medida do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devido a questões de segurança para as torcidas, os clubes assinaram junto ao órgão, nesta terça-feira (27), o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê ações a curto, médio e longo prazo visando a recuperação dos campos de jogo. O documento conta com orientações técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBM-PE) para auxiliar nas reformas que devem ser feitas.
Se os prazos estabelecidos no TAC forem cumpridos e o estádios passarem por avaliação posterior do CBM-PE e MPPE, ambos retornarão a sua capacidade máxima. A assinatura do documento corresponde a um trabalho de longo prazo desenvolvido juntamente também com a Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor e representantes dos dois clubes. “O objetivo dos TACs, construídos em parceria com o Santa Cruz e o Sport, é dar segurança e acessibilidade aos estádios de futebol. Os clubes estão se comprometendo e, como contrapartida bem-vinda, terão o aumento de capacidade dos estádios com a conclusão das obras”, afirmou a promotora do Juizado do Torcedor, Selma Carneiro, relembrando que os clubes anualmente precisam entregar, por legislação, os laudos de segurança, engenharia, combate a incêndio e de condições sanintárias. Porém, os pareceres técnico de Arruda e Ilha sempre vinham com ressalvas.
O major Erick Aprígio, do CBM-PE, destaca que nos próximos anos ambos os estádios passarão a adotar um novo conceito, sem grades, fossos ou alambrados, dando assim, maior conforto à torcida. “Os clubes vão adotar, no prazo máximo de dois anos, uma nova estrutura, condizente com o que merece o torcedor pernambucano. Não vai ser apenas uma melhoria no quesito segurança, mas também para dar conforto ao público”, ressaltou.
Reformas
Para o Santa Cruz, as medidas correspondentes ao Arruda na TAC visam o investimento nas instalações hidrossanitárias (limpeza de banheiros, troca de tubulações, plano de manejo de lixo) no prazo de seis meses; a adequação às exigências de acessibilidade (rampas e assentos para cadeirantes, mapa tátil para cegos e vagas de estacionamento para idosos e deficientes) no prazo de um ano e seis meses; a construção de uma sala para a central de comando da Polícia Militar no prazo de um ano e oito meses; e a execução de serviços estruturais como impermeabilização da armação em concreto, conserto das juntas de dilatação e das armaduras expostas, no prazo de 24 meses.
Quanto à Ilha do Retiro, o Sport precisará realizar a compra de lixeiras para os boxes de venda de alimentação e sanitários (prazo de 15 dias); a impermeabilização de lajes, retirada de infiltrações, manutenção da infraestrutura elétrica e de armaduras aparentes (prazo de sete meses); providenciar vagas de estacionamento reservadas (15 dias) e criar espaços destinados a pessoas com deficiência nas arquibancadas; refazer a sinalização e alterar a inclinação de rampas de acesso para cadeirantes (um ano e dois meses); e cumprir as exigências do Corpo de Bombeiros quanto ao sistema de combate a incêndio e pânico.
Segundo os termos do ajustamento de conduta, cada um dos itens poderá ser prorrogado, desde que justificado o motivo do adiamento, caberá aos clubes comunicar com antecedência mínima de cinco dias. Caso haja extrapolação de prazos, Santa Cruz e Sport estão sujeitos a pagamento de multa de R$ 2 mil por dia.
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