Menino acorrentado em barril deve seguir para abrigo
Ele era torturado pela família, que o aprisionou dentro de um barril de metal com pés e mãos amarrados, sem direito a alimentação
Torturado pela própria família, que o prendeu dentro de um barril com pés e mãos acorrentados, o menino de 11 anos resgatado por policiais militares em Campinas, no Interior de São Paulo, deverá ser encaminhado a um abrigo. Desde que foi salvo no sábado (30), ele está internado no Hospital Municipal Ouro Verde.
Após denúncias da vizinhança, os policiais o encontraram nu e com sinais de desnutrição dentro de um tonel de metal de tinta, fechado com o peso de uma pia de mármore. De acordo com a PM, ele estava muito suado e mal conseguia se mexer após passar cinco dias sem comer. O garoto pesa cerca de 25 kg e ficava exposto ao sol por longos períodos.
Ele contou que comia as próprias fezes quando sentia fome e durante o resgate chorou ao implorar para ser adotado. O pai, a madrasta e a irmã mais velha foram presos em flagrante e afirmaram que o menino era muito agressivo e costumava fugir de casa. O pai alega que a tortura foi a opção de educá-lo. Caso condenado, ele pode ficar preso de 2 a 8 anos. Já as envolvidas podem receber penas entre 1 e 4 anos de reclusão.
O Conselho Tutelar informou que já monitorava o caso e chegou a visitar a casa da família, mas verificou apenas 'fatores de média vulnerabilidade'. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher.