Irmã do dr. Jairinho deve depor após ser citada por babá
O vereador e sua esposa estão presos acusados pela morte do pequeno Henry
A irmã do vereador Dr. Jairinho, Thalita Santos, foi intimada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e deve comparecer à 16ª Delegacia de Polícia às 15h30 desta quarta-feira (14). A intimação acontece após Thayná Ferreira, babá do Henry Borel, mencionar Thalita em depoimento.
Thayná afirmou em depoimento que foi orientada pela irmã do Dr. Jairinho a não contar tudo o que sabia. Além disso, segundo o UOL, a babá apontou que soube da morte da criança após receber uma ligação da Thalita.
Thayna Ferreira afirmou aos policiais que dias depois recebeu uma ligação da Thalita, perguntando se poderia ir no escritório de um advogado. A babá disse ainda que foi até a casa da irmã do vereador, onde sua mãe trabalha, e de lá foi para o escritório do advogado, que atua na defesa de Jairinho.
Ainda conforme publicado pelo UOL, a babá foi orientada pela mãe de Henry a não falar nada sobre as agressões sofridas pela criança e a apagar as conversas que elas tinham sobre os espancamentos no celular.
Em primeiro depoimento à polícia, Thayná mentiu sobre as agressões de Jairinho contra Henry. A babá garantiu que queria falar a verdade, mas foi coagida e estava com medo após escutou da irmã do vereador que "menos é mais", dando a entender que não era para falar tudo o que sabia.
Entenda o caso
O enteado do vereador Jairinho, Henry Borel, morreu no dia 8 de março, com sinais de tortura. A Polícia do Rio de Janeiro acredita que o acusado agrediu periodicamente a criança. Conversas via WhatsApp entre a mãe do menino, Monique Medeiros da Costa Silva, e a babá Thayná de Oliveira Ferreira, provariam essa descoberta.
"Alguns pontos dessa conversa nos chamaram muita atenção. A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma 'banda', uma rasteira, e o chutou. Ficou claro que houve lesão ali; fala que Henry estava mancando, que não deixou dar banho nele porque estava com dor na cabeça", apontou o delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil na capital.
Jairinho foi preso nesta última quinta-feira (8), sob acusação de matar o enteado. Ele será investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e poderá ter o seu registro profissional cassado.
Além disso, a Câmara Municipal do Rio anunciou por nota que o vereador teve o salário suspenso e ficará formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia de afastamento, segundo o Regimento Interno da Casa.
A mãe do garoto, Monique Medeiros, também foi presa. Ambos são acusados de tentar atrapalhar as investigações e influenciar testemunhas.