Hospital do Recife é investigado por não remover cadáveres
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apura imagens registradas nessa segunda (21) de corpos dentro de sacos plásticos dividindo espaço com os demais pacientes da unidade de saúde
O Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife, virou alvo de investigação do Ministério Público de Pernambuco (MMPE) nessa quarta-feira (23) por deixar cadáveres ao lado de pacientes. Imagens entregues por denunciantes mostram corpos dentro de sacos plásticos próximos a macas com internados.
Sem prazo para a conclusão das investigações contra um dos maiores hospitais públicos da região, o MPPE informou que a Promotoria de Saúde da Capital vai apurar as evidências da possível infração.
Até o momento, a principal prova é um vídeo feito na última segunda (21), durante uma inspeção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SatenPE) que foi acionado por profissionais da unidade para verificar a superlotação em determinadas áreas - uma delas seria o setor de traumas - e a falta de condições de atendimento.
Sobre a remoção dos corpos, o representante da categoria Francis Herbert disse que os demais pacientes estão ‘apavorados’ e indicou que a justificativa seria a sobrecarga de doentes atendidos por enfermeiros e técnicos. Ao G1, ele apontou que ficou por mais de meia hora na Unidade de Trauma e os cadáveres permaneceram na ala.
Em resposta as acusações, o governo informou que “a remoção do corpo é realizada de forma adequada, utilizando material específico (saco de transporte), respeitando todos os critérios de manejo de corpos para que o procedimento seja feito com segurança pelos profissionais de saúde".