Hospital do Recife é investigado por não remover cadáveres

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apura imagens registradas nessa segunda (21) de corpos dentro de sacos plásticos dividindo espaço com os demais pacientes da unidade de saúde

por Victor Gouveia qui, 24/06/2021 - 10:11
Divulgação/SatenPE Internados e vítimas fatais dentro de sacos pretos dividem mesma ala da unidade Divulgação/SatenPE

O Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife, virou alvo de investigação do Ministério Público de Pernambuco (MMPE) nessa quarta-feira (23) por deixar cadáveres ao lado de pacientes. Imagens entregues por denunciantes mostram corpos dentro de sacos plásticos próximos a macas com internados.

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Sem prazo para a conclusão das investigações contra um dos maiores hospitais públicos da região, o MPPE informou que a Promotoria de Saúde da Capital vai apurar as evidências da possível infração.

Até o momento, a principal prova é um vídeo feito na última segunda (21), durante uma inspeção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SatenPE) que foi acionado por profissionais da unidade para verificar a superlotação em determinadas áreas - uma delas seria o setor de traumas - e a falta de condições de atendimento.

Sobre a remoção dos corpos, o representante da categoria Francis Herbert disse que os demais pacientes estão ‘apavorados’ e indicou que a justificativa seria a sobrecarga de doentes atendidos por enfermeiros e técnicos. Ao G1, ele apontou que ficou por mais de meia hora na Unidade de Trauma e os cadáveres permaneceram na ala.  

Em resposta as acusações, o governo informou que “a remoção do corpo é realizada de forma adequada, utilizando material específico (saco de transporte), respeitando todos os critérios de manejo de corpos para que o procedimento seja feito com segurança pelos profissionais de saúde".

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