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Diante de inúmeras e recorrentes denúncias sobre problemas no Hospital da Restauração e no Getúlio Vargas, unidades de saúde que são referências em Pernambuco, uma audiência pública será realizada nesta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe). A sessão ocorre às 10h, no auditório Sérgio Guerra.

A proposta partiu do deputado estadual Gilmar Júnior (PV), que é enfermeiro e vinha recebendo inúmeras denúncias de profissionais da categoria e da população: “Acho importante ouvir quem trabalha nesses prédios, quem faz uso frequente das instalações: os profissionais de saúde. Também acho de extrema necessidade estender essa discussão para toda a sociedade, que faz uso do serviço público de saúde”. 

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Além de membro da Comissão de Saúde e Assistência Social, o parlamentar preside a Comissão Especial em Defesa dos Profissionais de Enfermagem. A audiência, que será promovida, de forma conjunta, pelos dois colegiados, contará com a presença dos diretores dos hospitais, lideranças e especialistas da área da saúde, parlamentares, representante da gestão estadual e a população em geral.

*Da assessoria 

O Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife, virou alvo de investigação do Ministério Público de Pernambuco (MMPE) nessa quarta-feira (23) por deixar cadáveres ao lado de pacientes. Imagens entregues por denunciantes mostram corpos dentro de sacos plásticos próximos a macas com internados.

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Sem prazo para a conclusão das investigações contra um dos maiores hospitais públicos da região, o MPPE informou que a Promotoria de Saúde da Capital vai apurar as evidências da possível infração.

Até o momento, a principal prova é um vídeo feito na última segunda (21), durante uma inspeção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SatenPE) que foi acionado por profissionais da unidade para verificar a superlotação em determinadas áreas - uma delas seria o setor de traumas - e a falta de condições de atendimento.

Sobre a remoção dos corpos, o representante da categoria Francis Herbert disse que os demais pacientes estão ‘apavorados’ e indicou que a justificativa seria a sobrecarga de doentes atendidos por enfermeiros e técnicos. Ao G1, ele apontou que ficou por mais de meia hora na Unidade de Trauma e os cadáveres permaneceram na ala.  

Em resposta as acusações, o governo informou que “a remoção do corpo é realizada de forma adequada, utilizando material específico (saco de transporte), respeitando todos os critérios de manejo de corpos para que o procedimento seja feito com segurança pelos profissionais de saúde".

Um dos períodos mais importantes da história do Brasil é a Era Vargas, nome dado aos 15 anos em que Getúlio Vargas esteve à frente do comando do país, de 1930 a 1945. Ocorreram diversas mudanças políticas, sociais e econômicas, fazendo este ser um dos assuntos mais cobrados na prova de história no caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo um estudo realizado pelo Sistema de Ensino Poliedro, de 2009 a 2017, a Era Vargas representou 11% da prova de história, atrás somente de quesitos sobre o Segundo Reinado de Dom Pedro. Por isso, é importante que os candidatos estudem o assunto e saibam diferenciar os acontecimentos da época conforme as divisões do governo como a Revolução de 1930, o Governo Provisório, o Constitucional e o Estado Novo.  

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O Vai Cair no Enem contou com o apoio da professora de História do Brasil, Rafaelle Custódia, para montar um quiz sobre a Era Vargas. Participe:

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Um dos momentos mais marcantes da história brasileira merece a atenção dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): a Era Vargas. Nesta semana, o programa Vai Cair No Enem, em parceria com o LeiaJá, destaca o tema em uma aula exclusiva.

Recebemos os professores de história Marco Aurélio e Marcos Otoch. Lembrando que os feras também podem acompanhar nossos conteúdos no Instagram @vaicairnoenem. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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Para intensificar o atendimento de saúde e renovar a frota de seis grandes emergências de Pernambuco, 21 novas ambulâncias foram entregues na manhã desta sexta-feira (28), na sede da Secretaria Estadual de Saúde, localizada no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife.

Os veículos serão distribuídos de acordo com a demanda de cada unidade de saúde. Dessa forma, sete serão entregues ao Hospital da Restauração (HR); quatro serão destinadas ao Hospital Getúlio Vargas (HGV); o Otávio de Freitas e o Agamenon Magalhães receberão três ambulâncias cada; Já o Barão de Lucena e o Hospital Regional do Agreste vão receber dois veículos em cada unidade. 

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“É uma satisfação poder fechar o ano com a possibilidade de renovar a frota das grandes emergências do Estado, que vão passar a oferecer um serviço ainda mais eficiente e seguro aos usuários do SUS em Pernambuco”, declarou o secretário estadual de Saúde Iran Costa.

As ambulâncias possuem uma série de equipamentos para garantir o atendimento e o transporte seguro de pacientes. Com o aluguel e a manutenção dessas novas unidades de saúde móveis, o Estado investirá mensalmente cerca de R$ 447 mil. “Todos (veículos) contam com sistema de monitoramento eletrônico por rastreador, que possibilita uma melhor integração da frota, além de propiciar maior controle de seus deslocamentos, otimizando os gastos com manutenção e combustível”, finalizou o secretário.

Com informações da assessoria

Entre os argumentos usados nas redes sociais para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores (PT) comparou o momento vivido por Lula ao ocorrido com outros dois personagens históricos: os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.

"Vargas, Jango e outros inúmeros líderes sofreram derrotas, mas seus legados seguem vivos", publicou o PT em sua página oficial no Twitter. "A Luta continua!", diz a postagem.

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João Goulart, que ficou popularmente conhecido como Jango, foi deposto pelo Golpe Militar de 1964. Já Getúlio Vargas suicidou-se em 1954 em meio a uma crise política.

Na pequena Vera Cruz, de 10,7 mil habitantes na região de Marília (SP), seu Totó é uma lenda viva. As pessoas que o veem caminhando a passos lentos na direção da padaria ou ao salão de barbeiro o tratam com reverência. Com 103 anos, Antonio Andrade Guimarães é um sobrevivente da Revolução Constitucionalista de 1932.

Dos 35 mil paulistas que pegaram em armas contra a ditadura de Getúlio Vargas há 84 anos, apenas nove ainda vivem, conforme os cadastros da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC e apuração da reportagem. Suas memórias são os últimos registros vivos - o número de sobreviventes diminui ano a ano. Em 2012, restavam 26.

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Hoje, poucos desses centenários têm a vitalidade de seu Totó, embora ele reclame que a saúde está mais ou menos. "De vez em quando, dá alguma tontura. Por isso parei de dirigir e já não ando como antes, mas não sou de ficar parado."

Quando relembra a revolta dos paulistas, porém, as cenas voltam nítidas à sua mente. "Eu era um moço, 18 ou 19 anos, entrei como voluntário e passei 78 dias no campo de batalha, mudando de uma trincheira para outra. Os soldados do Getúlio invadiram nossa trincheira, machucaram alguns dos nossos e fizeram prisões, quando não mataram. Eu escapei por pouco. Meus companheiros foram presos e levados para a Ilha das Flores, no Rio."

As batalhas mais cruentas aconteceram em Eleutério, na divisa com Minas. Ele ainda lembra o estrondo dos canhões e dos rasantes dos aviões inimigos. "Eu era de Sertãozinho e nós fomos em 20. Alguns companheiros eu nunca mais vi."

Nas trincheiras, o ex-combatente passou fome e sede. "Valeu a pena, porque o povo ficou mais unido. Muitas vidas tombaram para que São Paulo fosse essa grandeza que é hoje."

As mulheres

E a história ainda pode ser contada não somente pelas batalhas. Maria de Lourdes Pinto Picarelli, de 103 anos, logo indaga: "Quer que fale de mim ou do meu marido?" Ela só se apresentou como voluntária em 32 depois que o então namorado, Laércio Picarelli, foi convocado para lutar com as tropas paulistas. Incorporado como cabo ao Batalhão 23 de Maio, Laércio seguiu para a frente de batalha na divisa com Minas. "Eu tinha 19 anos e, em vez de ficar rezando por ele, pensei em ser mais útil e me apresentei como voluntária na Casa do Soldado. Ali a gente era um ponto de apoio para os combatentes."

Zuleika Sucupira Kenworthy, de 103 anos, teve trajetória semelhante e fala da revolução como se tivesse sido ontem, destacando o papel do jornal O Estado de S. Paulo. "Os Mesquitas, pode-se dizer que eles fizeram a revolução. O Getúlio estava armando para tomar conta de tudo e, no dia 9 de julho, o jornal publicou 'Estamos em Guerra'."

Lembranças

O ex-combatente Arlindo Leonardo Ribeiro, de 104 anos, é o único constitucionalista ainda vivo em Barretos, mas luta contra o Alzheimer, que vai aos poucos minando as lembranças do campo de batalha. "Lembro pouco, lembro pouco... quem é mesmo o senhor? Os tiros, muitos tiros, a gente se escondia, todos tinham de caminhar muito embaixo da chuva e dos tiros. Falei dos ataques? Muitos feridos."

Já o alagoano Agenor Silva Lima, de 103 anos, mora sozinho no Ipiranga, em São Paulo. O ex-combatente foi condecorado pelos atos de bravura nas batalhas e seguiu carreira no Exército. Quando completou 100 anos, renovou a carteira de habilitação. Hoje, ainda é visto caminhando nos jardins do Museu do Ipiranga. E pediu desculpas por não poder conversar mais. "Estou ouvindo muito mal, você teria de gritar."

Capitão da reserva da PM, o ex-combatente Benedito Monteiro, de 101 anos, o Capitão Benê, ainda vive em Tremembé, no Vale do Paraíba. O presidente da Câmara, Adriano dos Santos (PDT), conta que ele será homenageado no dia 27 de agosto pelo 102º aniversário. Outro ex-soldado constitucionalista ainda vivo também seguiu a carreira militar: Irany Paraná do Brasil tem 102 anos e mora em São Paulo. Ele chegou a coronel da PM e dedicou-se a escrever livros sobre a revolução.

O MMDC e a prefeitura de Santos não tinham informações sobre o ex-combatente João da Cruz Batista, de 104 anos. Em julho do ano passado, ele foi homenageado e estava bem de saúde. A reportagem também não conseguiu contato com o ex-combatente Luiz Ferreira Junior, de Bragança Paulista. No MMDC, seus dados não estavam atualizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aos 94 anos, o barbeiro Francisco Rossi Filho, o Chiquinho, percorre a pé, quatro vezes ao dia, as quadras que separam sua casa da tradicional barbearia que tem em São Carlos, interior de São Paulo. As mãos que seguram com firmeza a tesoura estiveram a serviço dos paulistas na Revolução de 32. Chiquinho fez parte do Batalhão de Escoteiros de São Carlos - um grupo de garotos e garotas com idade entre 10 e 17 anos que, sem poder ir à frente de batalha, dava apoio às tropas. "Éramos chamados de calças curtas por causa do nosso traje, mas a gente se sentia tão importante quanto os soldados."

A pé ou de bicicleta, os escoteiros atuavam como estafetas e assumiam serviços de apoio. "Eu corria o dia todo, do quartel para o fórum, onde fosse preciso. Fazia com vontade, achando que São Paulo podia ganhar a guerra. Para nós, era uma guerra, com tiros, bombas e aviões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas (HGV) prometem iniciar uma paralisação e realizarem um ato público nesta quinta-feira (27), às 8h. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, o protesto é em virtude do descaso na unidade de saúde. Eles denunciam a falta de segurança, de medicamentos e superlotação. A paralisação atingirá os serviços de ambulatório, enfermaria, cirurgias eletivas e emergência, e se estenderá até o próximo domingo (30), com exceção apenas da emergência.

De acordo com um dos residentes do HGV, Mauriston Martins, a situação, chegou ao limite. Segundo relatos dele, nas últimas semanas o hospital sofreu com ações de vândalos, furtos e violência.

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Para o vice-presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, o movimento é legitimo e visa defender condições de trabalho adequadas e segurança para prezar a integridade física, tanto dos profissionais quanto dos pacientes. O Simepe garante que a situação do hospital já foi exposta a direção do HGV e até o momento não houve respostas concretas. No entanto, os residentes aguardam um posicionamento e soluções efetivas da gestão.

Em visita ao Hospital Getúlio Vargas, no Recife, o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) denunciou, nesta semana, uma série de problemas encontrados na unidade de saúde. Entre elas, o órgão relatou descaso com os profissionais de enfermagem, sucateamento da estrutura física, falta de equipamentos de proteção individual e insumos básicos para o atendimento dos pacientes, entre outras. 

Além das questões físicas do hospital e dos materiais necessários para realização dos procedimentos, o Coren-PE ressaltou baixos salários, e sobrecarga de trabalho aos enfermeiros. De acordo com o conselho, a situação encontrada é de calamidade, principalmente pela quantidade de pacientes que precisam de atendimento e de poucos enfermeiros para atender as demandas. Um exemplo dado pelo órgão foi de que foram encontrados 70 pacientes no corredor e apenas dois enfermeiros para prestar assistência. 

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O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco pontuou ainda elevadores quebrados, falta de soro fisiológico, lençóis, infiltrações nas paredes, teto com risco de cair, falta d’água e apenas duas, das três UTIS do hospital, em funcionamento. 

Diante da verificação dos problemas, a presidente do Coren-PE, Dra. Giovana Mastrangeli avaliou como inadmissível a postura negligente da administração pública e informou que após a conclusão do relatório será avaliado a possibilidade de realizar interdição ética dos setores mais críticos, além de entregar em mãos o relatório ao Ministério Público.

Hospital Agamenon Magalhães – Outro hospital fiscalizado no Grande Recife, nesta semana, foi o Hospital Agamenon Magalhães. Integrantes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) fiscalizaram a emergência coronariana da unidade de saúde e constataram vários problemas, como a redução de leitos no local e a sobrecarga e condições inadequadas de trabalho.

 

Concluí a leitura da monumental trilogia biográfica de Getúlio Vargas de autoria do jornalista/escritor Lira Neto.

Sobre o assunto, escrevi dois artigos: “Uma biografia de respeito” e “As duas paixões de Getúlio” que me custou um esforço enorme de concisão. Afinal, os três volumes totalizam 1374 páginas.

Outra dificuldade, quase insuperável, é definir o personagem. No entanto, o autor propõe um critério de avaliação: “Por certo o melhor caminho para compreendê-lo, em perspectiva histórica, não é o da devoção sincera ou da negação irrestrita”. 

Entre adoração e repúdio, é possível perceber o homem, o mito e tentar decifrar o que é real e o que é imaginário. Convenhamos que, ainda assim, é uma tarefa praticamente inglória, principalmente, se considerarmos que a teoria política identifica no mito um tipo de “conhecimento” extra-racional em que, “O mito é o nada que é tudo” (Fernando Pessoa no poema “Ulisses”).

Com efeito, a cultura política brasileira é um campo fértil para criar e idolatrar seres demiúrgicos.

A leitura do terceiro volume dá o retoque final (1945-1954) ao retrato da política brasileira: instituições frágeis, radicalismo exacerbado, vícios históricos e sociológicos em nada republicanos e, ao mesmo tempo, sofrendo as dores do parto da modernização econômica do pós-guerra.

Neste quadro, o ditador deposto, recluso na modesta fazenda de Santos Reis, ressurge na aurora democrática da eleição presidencial de 1945, administrando o silêncio, guiado pela astúcia e, como a legislação da época permitia, foi eleito senador por três estados (São Paulo, Minas e Distrito Federal), deputado federal por seis estados e, de quebra, teve influência decisiva ao apoiar Dutra, seu algoz, que derrotou o favorito Eduardo Gomes. Bastou um manifesto alguns dias antes da eleição, pleito em que Vargas teve 1,1 milhão de votos.

Este foi o ponto de partida para o retorno ao Catete. Caminho pontilhado de lances e manobras com tintas de realismo fantástico que culminou com a chancela de 3,8 milhões de votos dos filhos do “pai dos pobres” e dos trabalhadores alforriados pela CLT, a lei trabalhista, inspirada da legislação do fascismo italiano.

A engenharia política que resultou na candidatura de Getúlio ratifica a associação entre estratégia e destino. Dado como morto; objeto de uma oposição implacável, capitaneada pela UDN; alvo de uma retórica virulenta de Lacerda e da então “banda de música” dos jovens udenistas, Getúlio protegeu-se dos holofotes, falou o necessário, licenciou-se do Senado e costurou alianças impensáveis a exemplo da união com Ademar de Barros, um precursor dos aloprados e do roubo em larga escala, escancaradamente, definido por slogan cínico que divertia o, então governador de São Paulo: “rouba, mas faz”.

Em favor de Getúlio, contava o desgoverno de Dutra, a personificação da mediocridade, temperada pelo desequilíbrio das contas públicas, inflação alta e economia estagnada.

Para abreviar a longa narrativa: a consagração eleitoral encontrou Getúlio com evidentes traços de decadência física. E mal sabia ele que a nascente do “mar de lama” brotou no círculo íntimo e infectou os ventos da esperança.

No fatídico agosto, quando o filho caçula Maneco confessou que vendeu uma fazenda ao chefe da guarda, Gregório Fortunato, por 1,3 milhões em moeda atual, um Getúlio, profundamente abalado disse a Oswaldo Aranha: “Oswaldo está configurado. Debaixo do Catete há um mar de lama”.

O atentado da Toneleros, tramado por Gregório, vitimou o Major Vaz e atingiu Getúlio. A latente ameaça militar reacendeu as inclinações golpistas. Getúlio não vacilou: “Do Catete, somente saio morto”.

A CPI sobre a Última Hora de Wainer ferveu no Congresso. A conjuntura tornou-se insuportável. A reunião ministerial da madrugada de 24 de Agosto foi uma cena típica de tragédia grega. Tancredo Neves, conciliador por vocação, propôs a resistência; a filha querida e conselheira de todas as horas, Alzira, foi ouvida em silêncio constrangedor pelos ministros, espantados com a conclamação à resistência. Feriu brios. Era a filha. A fera. Ferida.

A solução da licença, aparentemente, aceita por Getúlio, durou o tempo em que chegou o ultimato dos quartéis: deposição. Getúlio cumpriu sua última promessa e saiu da vida para entrar na história.

Esculpir o mito em carne e osso significa reconhecer em Getúlio: o déspota (esclarecido?), doutrinariamente positivista e autoritário com profundo desprezo pela democracia representativa; o outro lado da moeda está na modernização conservadora do país que empreendeu (Petrobras, Bndes, BNB, CSN, Eletrobras, CLT).

Entre o homem e o mito, prossegue o julgamento do tribunal da história.

Praia, festas e descanso são programas que muitos empregados querem no Dia do Trabalhador. Celebrado nesta quinta-feira (1º), este é o momento para dar uma pausa na labuta e aproveitar bem a folga dedicada às pessoas que trabalham em média 44 horas semanais, sendo oito por dia. Mas, nem sempre foi assim. Esse foi um dos direitos conquistados pelos trabalhadores, que lutam por melhores condições trabalhistas e remunerações mais justas há mais de dois séculos. Dados históricos apontam que desde o ano de 1886 a classe trilha caminhos de protestos e reivindicações.

De acordo com o historiador Igor Belchior, em 1886, trabalhadores saíram pelas ruas da cidade de Chicago, nos Estados Unidos, reivindicando a redução da jornada de trabalho, de 13 horas para oito horas. O movimento, que ocorreu no dia 1º de maio, não teve muitos resultados. Só dois anos depois houve resultado, quando aconteceu um confronto com os policiais, ocasionando a morte de alguns agentes, porém, a redução das horas foi alcançada. 

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Belchior ainda explica como essas lutas se espalharam por outras nações e como chegou ao Brasil. Em 1989, a Segunda Reunião Internacional Socialista, realizada em Paris, convocou uma manifestação para exigir as oito horas diárias de trabalho. E a data selecionada foi o dia 1º de maio, homenageando os manifestantes mortos em Chicago.

Brasil

No Brasil, só em 1917 a data de 1º de Maio foi consagrada como Dia do Trabalhador. A princípio, as manifestações e a comemoração eram realizadas por anarquistas e comunistas, que faziam movimentos contra a estrutura socioeconômicas do Brasil. Esse cenário só foi dissolvido com o governo de Getúlio Vargas, através de atividades realizadas pelas pessoas que revindicavam melhores condições de trabalho na época.

“As forças sindicais tiveram muitas influências dos trabalhadores da Itália. A partir daí várias conquistas foram alcançadas e o Brasil hoje é um País muito forte”, exalta Belchior, que também é especialista em ciências políticas. Ele ainda destaca que atualmente cada classe possui a representação de um sindicato. “Jornalistas, médicos, advogados e vários profissionais contam com o apoio dos sindicatos”, diz o historiador.

Segundo Belchior, as primeiras leis trabalhistas foram sancionadas pelo presidente Getúlio Vargas, através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1° de maio de 1943. “Na prática, as leis trabalhistas viabilizaram várias conquistas dos trabalhadores”, diz. Entretanto, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ainda não aborda os planos de cargos e carreiras.  

Planos de cargos e carreiras

Diante do cenário trabalhista, Giovanne Alves, especialista em direito trabalhista, destaca um dos pontos que é ainda é bastante delicado na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que é o plano de cargos e carreiras. “A Consolidação prevê apenas que não pode haver discriminação dos trabalhadores”, explica. Ele ainda informa que os planos são definidos a partir de acordo coletivo entre o sindicato e as empresas.

Alves ainda alerta que “há também situações que o trabalhador exerce uma função, porém na carteira existe outra. Nesse caso, ocorre o desvio de função”. Caso isso aconteça, o trabalhador pode recorrer à justiça do trabalho para requerer os seus direitos. Giovanne ainda lembra que é necessário avaliar todas as funções e atividades existentes na organização. 

A Convenção das Leis Trabalhistas (CLT) que rege o direito do trabalhador no Brasil celebra, nesta quinta-feira (1°), 71 anos. O conjunto de regras foi instituído em 1943, pelo então presidente do Brasil Getúlio Vargas, através do Decreto 5.452. A CLT unificou toda a legislação trabalhista do país. Até hoje algumas atualizações, bem pontuais, foram feitas na Convenção e, apesar de já ter mais de 70 anos, ela abrange quase todas as áreas. 

“A CLT, embora seja uma legislação antiga, ela não é desatualizada e não perdeu a sua essência. Ela é a consolidação das leis e reúne várias legislações espaças em um documento único, para proteger o trabalhador”, afirmou o especialista em direito público e do trabalho, Giovanne Alves. De acordo com ele, a CLT é atualmente um dos pontos mais atacados pelo empresariado brasileiro, por garantir a proteção trabalhista. 

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“Hoje em dia ela é muito atacada e apontada, principalmente pelo empresariado por ter uma série de dispositivos que oneram a contratação da mão de obra, como o fundo de garantia e algumas estabilidade. É uma legislação extremamente protetiva ao trabalhador e, no Brasil, onde o trabalhador vê a mão de obra como algo que vai melhorar a condição de vida das pessoas ela se faz muito importante”, frisou. 

Para Alves, algumas demandas do mercado de trabalho atual ainda não são supridas pelas legislações e para isso contam com a intervenção do poder judiciário brasileiro que atua como interventor. “O trabalho em home Office , que é comum em grandes empresas, tendo como apoio a CLT  não seria possível, mas a Constituição Federal abriu espaço, no seu artigo sétimo, quando ela regula as condições de trabalho, para que algumas normas da CLT fossem interpretadas de maneira diferente”, exemplificou. 

Outro norte, segundo o especialista, para as categorias ainda não foram regulamentadas pelo Congresso Nacional seria o acordo coletivo, firmado entre empregados e patrões. “Os sindicatos, tanto patronal quanto dos empregados, podem criar um acordo coletivo e normatizar aquela forma de trabalho, em comum acordo. E isso vai ter força de lei”, garantiu. 

A reforma legislativa da Convenção das Leis Trabalhistas (CLT)

No contexto político vivenciado hoje no Brasil, a reforma da CLT seria um “boom” no Congresso Nacional. Já cogitada inúmeras vezes pelos parlamentares, a reorganização das legislações geraria uma “disputa política muito forte”, segundo Giovanne Alves. Caso fosse aprovada pelos deputados e senadores, ela deveria ser feita mantendo “o mesmo arcabouço dos direitos que o trabalhador tem hoje”. 

“Pela CLT ter sido criada em uma época onde existia um apelo político muito forte, pelos trabalhadores e pelas condições de trabalho, qualquer movimento que se faz para altera-la geraria uma disputa política muito forte. Então é um assunto que ninguém toca. Qualquer mexida na CLT por parte do poder legislativo ela é extremamente acalorada por debates políticos que às vezes não tem como plano de fundo o interesse do trabalhador, nem no mercado do trabalho”, ponderou Alves. 

Ainda segundo o especialista, uma atualização é necessária, no entanto, é preciso ter cuidado como isto será feito. “Não tenho dúvida nenhuma que é necessário uma atualização da legislação. Agora a grande questão é como isto vai ser feito e atendendo a que interesses isso vai ser feito. Não creio na legitimidade do poder legislativo hoje para fazer uma reforma na CLT, seria algo muito temerário. Os trabalhadores em si não se veem representados”, cravou Alves. 

 

Por volta das 7h, desta sexta-feira (11), uma mulher , de nome não identificado, foi atropelada na Macaxeira, Zona Norte do Recife. O acidente aconteceu próximo ao terminal da Macaxeira, na BR101, km 67. 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a mulher foi socorrida em estado grave e encaminhada para o Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, Zona Oeste.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passa a ocupar, nesta terça-feira (10), a cadeira 36 (antes ocupada pelo jornalista e escritor paulista João de Scantimburgo, morto em março deste ano) da Academia Brasileira de Letras. FHC teve 87% de aprovação, 34 dos 39 votos possíveis na eleição realizada em junho pela instituição.

Fernando Henrique Cardoso esteve no comando do país em dois mandatos, entre 1995 e 1998 e entre 1999 e 2002. Outros dois ex-presidentes eleitos para a ABL anteriormente foram Getúlio Vargas (nomeado em 1941 para a cadeira 37) e José Sarney (nomeado em 1980 para a cadeira 38). A solenidade de posse do acadêmico eleito acontece nesta terça (10), às 21h, no Salão Nobre da Academia.

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