PC-RJ resgata mulher que seria queimada viva pela milícia

Vítima estava amarrada em propriedade de criminoso associado ao miliciano 'Tandera'. Galões de combustível foram apreendidos no local

por Vitória Silva qua, 17/11/2021 - 12:45
Reprodução/Arquivo Pessoal Polícia apreendeu galões de combustível que seriam utilizados na execução Reprodução/Arquivo Pessoal

Durante uma força-tarefa de repressão à milícia, equipes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), impediram a execução de uma vítima na comunidade Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste fluminense. O flagrante ocorreu nessa terça-feira (16). Segundo a PC-RJ, a mulher estava amarrada e prestes a ser queimada viva por milicianos ligados a Danilo Dias Lima, o "Tandera", um dos mais perigosos do estado. Foram apreendidos galões de combustível que seriam utilizados no crime, mas o estado de saúde da vítima não foi revelado.

Naquela região, os agentes também localizaram a residência do líder da quadrilha. Na força-tarefa, 16 pessoas foram presas, incluindo o criminoso “Artilheiro”, responsável por realizar cobranças de dívidas e assassinatos. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão pelo crime de homicídio. As investigações apontam "Artilheiro" como um dos matadores da milícia, responsável pelas execuções e ocultação dos cadáveres. Os policiais também interditaram estabelecimentos de venda irregular de gás e provedores clandestinos de internet.

A operação tem como objetivo coibir crimes como exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet), armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água, empresas de GNV ilegais, parcelamento irregular de solo urbano, exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais, comercialização de produtos falsificados, contrabando, descaminho, transporte alternativo irregular e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.

A ação é resultado de investigações e trabalho de inteligência da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Delegacia do Consumidor (Decon), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter), Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Delegacia Fazendária (Delfaz) e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com apoio de informações do Disque Denúncia.

COMENTÁRIOS dos leitores