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Um homem acusado de chefiar uma milícia foi assassinado a tiros na noite de domingo (21) em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. Sérgio Rodrigues da Costa Silva, de 44 anos, conhecido como Sérgio Bomba, foi atingido por disparos por volta das 21h. A namorada, que estava junto no momento do ataque, não ficou ferida.

A zona oeste carioca tem registrado frequentes episódios de violência envolvendo concorrência entre grupos milicianos, e a prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, em dezembro, desencadeou uma nova disputa pelo poder.

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De acordo com informações de testemunhas, um homem chegou ao quiosque, localizado na Avenida Lúcio Costa, e atirou diretamente contra o miliciano. A Polícia Militar foi acionada, mas já encontrou Sérgio sem vida quando chegou ao local. A cena do crime foi isolada para a perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que ficou encarregada da investigação o caso.

Sergio Bomba chegou a ser preso em 2017 durante a Operação Hórus, deflagrada pela Polícia Civil contra grupos de milicianos. Na ocasião, a polícia prendeu 14 suspeitos e apreendeu diversas armas, além de uma granada. Conforme as investigações, o grupo do qual o miliciano era considerado líder era acusado de extorsão a moradores e comerciantes em Sepetiba, também na zona oeste, além de grilagem de terras, roubo e clonagem de veículos.

Atentado no dia anterior

No sábado (20), Sérgio chegou a escapar de um atentado em Sepetiba. Na ocasião, ele trocou tiros com um grupo rival na Rua da Fonte.

A Polícia Militar foi acionada, mas, quando os agentes chegaram ao local, encontraram somente um carro com muitas perfurações de tiro abandonado na via.

Até a publicação deste texto, a reportagem não havia localizado o responsável pela defesa da vítima para que comentasse sobre as acusações de atuação criminosa que pesam contra ela.

Vácuo no poder

O assassinato de Sérgio Bomba teria se dado em um contexto de disputa de poder entre grupos de milicianos na zona oeste. O conflito teria se iniciado após a prisão de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, considerado até então o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro.

Foragido desde 2018, Zinho se entregou à Polícia Federal (PF) na última véspera de Natal e foi encaminhado à Penitenciária de Bangu 1, de segurança máxima.

Contra o criminoso havia ao menos 12 mandados de prisão, segundo a PF. Ele se apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio após "tratativas entre os patronos do miliciano foragido com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro".

Conforme as investigações, Zinho ascendeu à liderança da milícia da região após a morte do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021. Mesmo sem ter sido militar, foi admitido no grupo criminoso por sua habilidade com as contas e era o responsável, segundo o governo fluminense, por contabilizar e lavar o dinheiro oriundo das atividades ilícitas.

Zinho e seu sobrinho Matheus da Silva Rezende - conhecido como Faustão ou Teteu - haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Rio, em setembro do ano passado, pelo homicídio do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de um amigo do político, em agosto de 2022. Jerominho cumpriu mandatos na Câmara do Rio entre 2000 e 2008 e teria fundado a milícia Liga da Justiça.

Ataques a ônibus

Em outubro de 2023, Faustão, considerado braço direito de Zinho, foi morto durante confronto com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz.

Em retaliação à sua morte, os milicianos fizeram ataques em série contra veículos nas ruas da zona oeste do Rio. Na ocasião, ao menos 35 coletivos foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, foi o maior ataque a ônibus da história do município.

Três médicos foram executados em crime relacionado à milícia

Em 5 de outubro do ano passado, três ortopedistas foram assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, que estavam na cidade para participar de um congresso de ortopedia, morreram no local após três homens encapuzados descerem de um veículo e irem em direção a eles, atirando. Um quarto médico, que estava na mesa com os colegas, foi baleado, mas sobreviveu.

Como mostrou o Estadão, a principal hipótese da polícia para a motivação do assassinato dos médicos é que um dos profissionais pode ter sido confundido com um miliciano. Na época, a tese foi compartilhada por investigadores do Rio com agentes de São Paulo que prestam apoio ao inquérito. A polícia dos dois Estados e a Polícia Federal ficaram a cargo da investigação do crime. Segundo os policiais, o médico Perseu Ribeiro Almeida pode ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, líder de uma milícia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conhecido após ser suspeito da morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), o Escritório do Crime teria assassinado três políticos do Rio de Janeiro. É o que aponta o livro "Decaído", do jornalista Sérgio Ramalho, que conta a história do ex-chefe do grupo Adriano da Nóbrega.

A obra que será lançada nesta sexta (5) atribui as mortes do deputado estadual Ary Ribeiro Brum (2007), e dos vereadores Nadinho de Rio das Pedras (2008) e Alberto Salles (2009) ao grupo de extermínio.

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A morte de Ary Barros teria sido encomendada pelo ex-sócio, o empresário Lindemberg Sardinha Meira, na compra de um hospital em Papucaia. A motivação seria um rombo de R$ 800 mil nas contas da sociedade. Nadinho de Rio das Pedras, como era conhecido Josinaldo Francisco da Cruz, tinha envolvimento com milícias, enquanto Alberto Salles teria denunciado a atuação de milicianos semanas antes de ser executado.

O envolvimento com a família Bolsonaro também foi citado no livro. Antes de se envolver com o crime, Adriano da Nóbrega era capitão do Bope e possuía uma relação próxima com a família do ex-presidente, sendo condecorado pelo atual senador Flávio Bolsonaro (PL) e tendo familiares em seu gabinete. Adriano fugiu do Rio de Janeiro e foi morto em fevereiro de 2020 pela Polícia Militar da Bahia.

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Luiz Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, que era considerado o líder miliciano "mais procurado do Estado do Rio", se entregou à Polícia Federal (PF) no domingo, 24, véspera de Natal. O criminoso estava foragido desde 2018.

Zinho tinha ao menos 12 mandados de prisão, segundo a PF, e só foi capturado após "tratativas entre os patronos do miliciano foragido com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro". Ele se apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio.

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"Após as formalidades decorrentes da prisão, o preso foi conduzido ao Instituto Médico-Legal (IML) e posteriormente encaminhado ao sistema prisional do Estado, onde permanecerá à disposição da Justiça", disse a PF, em nota.

Zinho é conhecido por dominar a zona oeste da capital fluminense, conforme autoridades, lucrando em cima de prestação de serviços clandestinos e ilegais, como a venda irregular de sinais de TV a cabo, licenças para serviços de transporte, venda de gás e cobrança de taxas de segurança dos pequenos comerciantes.

Ascensão

O criminoso ascendeu à liderança do grupo miliciano da região há dois anos, depois da morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Mesmo sem ter sido militar, foi admitido na milícia por sua habilidade com as contas, apontam as investigações. Era o responsável, segundo o governo fluminense, por contabilizar e lavar o dinheiro oriundo das atividades ilícitas.

Em outubro, o sobrinho e braço direito de Zinho, Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão ou Teteu, foi morto durante confronto com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz. Nessa mesma operação, uma criança de dez anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida.

Logo depois da morte do criminoso, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), parabenizou os policiais que participaram da operação. "Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", disse Castro, na ocasião. "Hoje demos um duro golpe na maior milícia da zona oeste. Além do parentesco com o criminoso (Zinho), ele atuava como 'homem de guerra' do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio."

Ataques em série

Faustão era o segundo na hierarquia do grupo e, em retaliação à sua morte, os milicianos realizaram ataques em série contra veículos nas ruas da zona oeste do Rio no dia 23 de outubro. Na ocasião, ao menos 35 coletivos foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, foi o maior ataque a ônibus da história do município.

Em seguida aos ataques, Cláudio Castro anunciou que 12 homens foram presos ateando fogo aos coletivos. "Eles estão presos por ações terroristas e, por isso, estarão sendo enviados para presídios federais", disse o governador na época. Na mesma ocasião, Castro declarou também que a polícia não iria "sossegar" enquanto não prendesse os três maiores milicianos do Rio. Além de Zinho, ele citou Danilo Dias Lima, o Tandera; e Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha. "A grande prova de que estamos no cerco é essa reação descomum que eles estão fazendo", afirmou sobre os ataques a ônibus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou após a ação da milícia. "O Brasil tem um problema crônico no combate ao crime organizado. As condições de vida do nosso povo precisam melhorar. Precisamos juntar os governadores, prefeitos e o governo federal para pensar soluções conjuntas", disse o presidente, que também chegou a comparar a situação vivida no Rio com as cenas do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, "de tanto fogo e fumaça".

Alguns dias após os ataques, o presidente anunciou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí; e aeroportos do Galeão, no Rio, e de Guarulhos, em São Paulo, até maio de 2024. Pelo menos 3.700 homens das Forças Armadas foram designados para a operação, que teve início no dia 6 de novembro.

R$ 125 mil em espécie

Um pouco antes da morte de Faustão e dos ataques a ônibus, uma operação em uma casa de Zinho avaliada em R$ 1,5 milhão, no bairro do Recreio, apreendeu grande quantidade de joias e relógios, além de R$ 125 mil em espécie, segundo a polícia.

Zinho e Matheus haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Rio, em setembro, pelo homicídio do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de um amigo do político, em agosto de 2022. Jerominho cumpriu mandatos na Câmara do Rio entre 2000 e 2008 e teria fundado a milícia Liga da Justiça.

O Estadão não localizou a defesa de Zinho até a publicação deste texto. O espaço segue aberto a manifestações.

Mesmo com prisão preventiva, comparsa foi solto

Apontado como um dos milicianos mais próximos de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, Peterson Luiz de Almeida, conhecido como Pet ou Flamengo, saiu pela porta da frente do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, em 29 de outubro. A soltura aconteceu mesmo após ele ter mandado de prisão decretado pela Justiça. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio afirmou à época não ter sido notificada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

Preso em 30 de agosto acusado pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo, Pet estava detido temporariamente em Benfica, que é a porta de entrada do sistema prisional carioca. Em 26 de outubro, a Justiça acatou pedido o Ministério Público do Estado (MPRJ) e transformou a prisão temporária em preventiva. A Seap, contudo, alega que não foi informada sobre a decisão.

A secretaria não foi notificada por meios oficiais a respeito da conversão da prisão do citado de temporária para preventiva, estando de posse de documentos que comprovam essa afirmação, incluindo um nada consta emitido pela Polícia Civil no último dia 29 de outubro", disse em nota a Seap. Pet continua foragido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) prendeu cinco pessoas nesta terça-feira, 19, na segunda fase da Operação Dinastia, que mira a maior milícia do Rio de Janeiro. Outros sete suspeitos estão foragidos.

Foi a partir dessa investigação que a PF deflagrou na segunda, 18, a Operação Batismo e chegou à deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), afastada do cargo por suspeita de patrocinar interesses dos milicianos na Assembleia Legislativa do Rio.

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Os alvos nesta nova etapa da investigação compõem a base bélica e financeira da milícia. Um deles é Luis Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', liderança do grupo.

Os milicianos cobravam "taxas de segurança" mensais de grandes empresas de construção civil. O dinheiro seria lavado por meio de uma rede de contas bancárias. Planilhas obtidas na primeira fase da operação mostram que o dinheiro arrecadado em fevereiro com as taxas chegou a R$ 308 mil.

Na ação desta terça os policiais apreenderam um fuzil, três pistolas, um simulacro de arma, R$ 3 mil em dinheiro, celulares, computadores e documentos.

As buscas foram feitas em 17 endereços nos bairros de Campo Grande, Paciência, Cosmos, Sepetiba, Santa Cruz e Recreio dos Bandeirantes, todos na zona oeste do Rio, onde a milícia atua.

O inquérito, aberto em agosto de 2022, corre na 1.ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado da Capital.

A investigação mobiliza diferentes setores de combate ao crime organizado, repressão a drogas e investigações sensíveis da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de milícia privada, extorsão, homicídios, lavagem de dinheiro e porte, posse e comercialização ilegal de armas de fogo.

COM A PALAVRA, LUCINHA

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com a defesa da deputada Lucinha, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) fazem, nesta terça-feira (19), nova operação contra uma milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro.

Na segunda-feira (18), policiais já tinham cumprido mandados de busca e apreensão para investigar o braço político do grupo. Entre os alvos da operação de segunda-feira, estava a deputada estadual Lucinha (PSD), que teve afastamento de suas funções parlamentares decretada pela Justiça. A Agência Brasil tentou entrar em contato com a assessoria da deputada, mas não obteve resposta.

Já o objetivo da ação desta terça-feira é desarticular o núcleo financeiro da organização criminosa, identificando o esquema de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e comerciantes locais. Também estão sendo investigadas contas correntes beneficiárias das cobranças.

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Ocultação de valores

A PF informou que, durante as investigações, foram identificadas pessoas que participam do esquema da ocultação dos valores arrecadados de forma ilegal pelo grupo criminoso.

Essa é a segunda fase da operação Dinastia, cuja início deu-se em agosto de 2022. A operação Batismo, que mirou o núcleo político da organização na segunda-feira, também é um desdobramento da Dinastia.

Carioca criada na zona oeste do Rio de Janeiro, a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), de 63 anos, foi afastada do cargo nesta segunda-feira (18), sob a suspeita de envolvimento com a milícia na operação Batismo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). A parlamentar construiu a carreira política com base no voto dos bairros com a maior influência dos grupos paramilitares da capital fluminense - chegou ao posto de vereadora mais votada da cidade em 2008 com o apoio da base eleitoral sob influência territorial da milícia.

A influência política de Lucinha nos bairros da zona oeste do Rio remontam à década de 1980. A parlamentar começou a carreira pública como ativista do Movimento Popular Organizado. A atuação com ações comunitárias logo despertou o interesse em Lucinha pela participação na política tradicional. Foi uma das fundadoras do braço do Partido Democrático Brasileiro (PDT) no Rio.

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Antes de se candidatar a um cargo eletivo, Lucinha foi diretora de Habitação da Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro (Famerj) no início dos anos 1990. A liderança comunitária alçou Lucinha em sua primeira eleição para a Câmara de Vereadores do Rio, em 1996. Foi eleita vereadora pela primeira vez pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Reeleita em 2000, presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a Máfia do IPTU, que resultou na demissão de fiscais de renda e foi presidente da Comissão de Saúde. Para o terceiro mandato, em 2004, foi reeleita como a segunda vereadora mais votada da cidade, com quase 70 mil votos, 60 mil dos quais na Zona Oeste.

Em 2008, ela foi a vereadora mais votada do Rio, com 68.799 votos, a maior votação de um político da zona oeste. Com o cacife político adquirido na Câmara de Vereadores, se elegeu em 2010 como deputada estadual, cargo que exercia atualmente.

O gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A Operação Batismo investiga suposta articulação política de Lucinha em benefício de uma milícia da Zona Oeste, base eleitoral da parlamentar.

O nome da ofensiva da PF, inclusive, faz referência ao suposto apelido pelo qual a deputada seria conhecida por lideranças da milícia: "Madrinha". Ela foi afastada no cargo por ordem do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Lucinha passou boa parte da vida pública no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2022, migrou para o Partido Social Democrático (PSD), legenda em que está atualmente.

Sequestro

Em outubro deste ano, a deputada foi sequestrada em um sítio na zona oeste do Rio. A parlamentar foi abordada por homens armados que estavam em fuga e a levaram no carro da Alerj para a comunidade Vila Kennedy.

Segundo reportagem do G1, três homens armados fugiam da comunidade Piegas e entraram no sítio em que a deputada e sua equipe estavam desmontando a organização de festa, que tinha o objetivo de comemorar os 63 anos de Lucinha, mas que foi cancelada por causa da chuva.

Durante a abordagem, os criminosos identificaram um dos seguranças da parlamentar como policial militar, chegando a ameaçá-lo de morte, segundo as investigações. A deputada teria conversado com os bandidos, que exigiram um carro para deixarem o local. Lucinha foi colocada dentro do veículo e acompanhou os bandidos até a Vila Kennedy, onde foi deixada.

Pouco depois do sequestro, a assessoria da deputada informou, pelas redes sociais, que ela foi encontrada. "Informamos a todos que a deputada Lucinha se encontra bem e em segurança. Agradecemos toda a preocupação e carinho de todos!", afirmou a assessoria.

Operação Batismo

A operação Batismo cumpre oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na zona oeste do Rio. A ofensiva é um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, que tem como alvo milícias da capital fluminense.

A investigação da Operação Batismo mira também uma assessora de Lucinha. A PF aponta a participação ativa de ambas na milícia, "especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção".

De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido 'Madrinha', usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada. A ofensiva aberta a manhã desta segunda-feira é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio abriram, na manhã desta segunda-feira (18), a Operação Batismo para investigar suposta atuação e articulação política da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD) em benefício de uma milícia que atua na zona Oeste da capital fluminense. A parlamentar foi afastada no cargo por ordem do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Agentes foram às ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na zona oeste do Rio. O gabinete da parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também é vasculhado. Além do afastamento da parlamentar, o Tribunal de Justiça Estadual proibiu Lucinha de manter contato com investigados e de frequentar a Casa Legislativa.

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A investigação da Operação Batismo mira também uma assessora de Lucinha. A PF aponta a participação ativa de ambas na milícia, "especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção".

De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido "Madrinha", usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada. A ofensiva aberta nesta manhã é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.

O deputado estadual Kleber Cristian, conhecido como Binho Galinha (Patriota-BA), é apontado pela Polícia Federal (PF) como o chefe de uma milícia armada que atua em diversos municípios da Bahia. O parlamentar e a organização criminosa são alvo de uma operação policial realizada nesta quinta-feira (7) em Feira de Santana, no interior, e em cidades vizinhas. Entre os crimes cometidos pelo grupo, estão a prática de extorsão, agiotagem, receptação de cargas roubadas, jogo do bicho e mais. 

A ação, batizada como "El Patrón", é feita em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada. Além do parlamentar e civis, há também três policiais militares envolvidos no esquema. Eles seriam responsáveis pela atuação armada do grupo e também são investigados. Ao todo, são 10 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Inicialmente, havia pedido de mandado de prisão contra o deputado, mas a Justiça negou a solicitação da PF e autorizou apenas as buscas. 

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"[Houve] a participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos", informam as autoridades.

Deputado estadual Binho Galinha, do Patriota. Foto: Reprodução/Internet

A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. 

"Consta na denúncia que, desde o ano de 2013, os denunciados integrariam organização criminosa armada liderada por Kléber Cristian Escolano de Almeida, alcunha 'Binho Galinha', e agiriam em comunhão de ações e desígnios, de forma consciente e voluntária, de forma permanente e estável, mediante divisão de tarefas, para o fim de ocultar e/ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e/ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de variadas infrações penais, em especial receptação de cargas roubadas/furtadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem, entre outras" diz a Polícia Federal. 

A Receita também encontrou inconsistências fiscais nas contas dos investigados, movimentação financeira incompatível com os recebimentos líquidos por função, além de imóveis e bens de alto valor não declarados. 

 

Um subtenente e quatro policiais militares foram presos, na manhã desta terça-feira (31), durante a Operação Salobro, realizada nas cidades de Antônio Cardoso, Feira de Santana e Santo Estevão, no interior do estado da Bahia. A ação foi deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública, Corregedoria da PM, Polícia Federal e Ministério Público.

De acordo com o Ministério Público do estado (MP-BA), a operação cumpre mandados contra o grupo de milicianos suspeito de homicídio e outros crimes cometidos na região.

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Os agentes eram investigados pelo assassinato de um rifeiro, identificado como André Barbosa da Silva, ocorrido em setembro do ano passado. Os criminosos também são acusados de roubarem dinheiro, equipamentos de videomonitoramento e outros itens de valor da casa da vítima. Eles também invadiram a casa de uma vizinha da vítima e adulteraram câmeras e ferramentas de vigilância para ocultar as provas do crime.

Segundo as investigações, em setembro deste ano, um ex-policial militar foi preso e R$ 54 mil foram apreendidos durante a primeira fase da operação. Além disso, foram confiscadas 10 armas, 12 celulares e 261 munições de diferentes calibres.

As investigações do caso continuam e são procuradas provas que mostrem que os agentes utilizavam a estrutura da Polícia Militar para realização dos crimes.

A operação foi realizada por meio dos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Secretaria da Segurança Pública (SSP), Força Correcional Especial Integrada (Force), Corregedoria da Polícia Militar (Correg) e Polícia Federal.

O líder da milícia Wagner, peça-chave na ofensiva militar russa na Ucrânia, acusou nesta sexta-feira (23) o Exército regular de Moscou de bombardear suas bases e convocou a população a se revoltar contra o comando militar.

O Exército negou as acusações, que chamou de "provocação", enquanto os serviços de segurança russos abriram uma investigação contra o líder do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin, por tentativa de motim.

Prigozhin, que já foi considerado um aliado do presidente russo, Vladimir Putin, ganhou influência política e se lançou em um confronto com autoridades políticas e militares que parece ter ido além da retórica.

Tropas russas "realizaram bombardeios, lançamentos de mísseis, contra nossas bases de retaguarda" na frente ucraniana, declarou Prigozhin em mensagem de áudio. "Um grande número de combatentes nossos foi morto", acrescentou, prometendo responder aos ataques.

"O comitê de comando do Grupo Wagner decidiu que é preciso conter aqueles que têm responsabilidade militar no país", prosseguiu o chefe dos mercenários, 62 anos.

- Vinte e cinco mil combatentes -

"Nós somos 25.000 e iremos determinar as causas do caos que reina no país (...). Nossas reservas estratégicas são todo o Exército e todo o país", proclamou, convocando "todos os que quiserem" a se unirem a seus homens para "acabar com a desordem".

O Exército russo negou categoricamente as acusações de ataques. "As mensagens e os vídeos divulgados nas redes sociais por Y. Prigozhin sobre supostos 'bombardeios do Ministério da Defesa russo contra as bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner' não correspondem à realidade e são uma provocação", afirmou o ministério em comunicado.

O Kremlin informou que Putin está a par de todos os eventos relacionados a Prigozhin e que "as medidas necessárias estão sendo tomadas". Pouco depois, os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram a abertura de uma investigação contra o líder do Grupo Wagner, por "incitação à rebelião armada". Prigozhin explicou, posteriormente, que não pretendia protagonizar um golpe de Estado, e sim organizar uma "marcha pela justiça".

- Militares 'se banham em seu sangue' -

A tensão ocorre em meio à contraofensiva das tropas ucranianas para reconquistar territórios tomados pela Rússia desde o início da intervenção militar, em fevereiro de 2022.

Horas antes do surgimento da crise, Prigozhin afirmou que o Exército russo estava "se retirando" no leste e sul da Ucrânia, contradizendo as afirmações do Kremlin, para o qual a contraofensiva de Kiev fracassa. "As Forças Armadas ucranianas estão fazendo as tropas russas recuarem", declarou, em entrevista publicada no aplicativo Telegram por seu serviço de imprensa.

"Não há controle algum, não há vitórias militares" de Moscou, insistiu Prigozhin, acrescentando que os militares russos "se banham em seu sangue", referindo-se às grandes perdas sofridas pelas tropas regulares. Putin e seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, afirmam, por sua vez, que o Exército está "repelindo" todos os ataques ucranianos.

Na manhã desta terça-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Fortis”, com o objetivo de cumprir três mandados de busca e apreensão contra um policial militar lotado no 27º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (BPMERJ).

Segundo as investigações, desdobramentos da Operação Dinastia deflagrada pela PF em 25 de agosto de 2022, o policial militar prestaria apoio logístico – como guarda de material, armas, entre outros ilícitos - para o grupo paramilitar que domina territórios na região de Guaratiba e Santa Cruz, bairros localizados na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

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Os policiais federais cumpriram os mandados judiciais, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ, no bairro de Santa Cruz (27º BPMERJ) e, em outros dois endereços, em Campo Grande e Sepetiba.

O trabalho, desenvolvido pela Polícia Federal, contou com a colaboração da Corregedoria da PMERJ.

Os bens apreendidos e demais documentos de interesse para a investigação serão encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro para os procedimentos de praxe.

No decorrer da ação conjunta, foram localizados materiais - em um armário sem identificação no interior do alojamento - que não fazem parte do acervo patrimonial do Batalhão, dentre os quais se destacam: munições calibre 762, capas de colete, carregador de Ak47, carregador de pistola e rádios de comunicação.

Os materiais foram apreendidos pela Polícia Judiciária Militar e serão objeto de investigação para identificar o(s) responsável(is) pelo material.

Um entregador de comida por aplicativo foi ameaçado por um cliente durante uma entrega em frente a um condomínio em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Assustado, o motoboy gravou o momento em que o morador se aproxima e diz: “Se eu descesse armado, te dava uma coronhada!”.

Robson José da Silva estava fazendo sua última entrega do dia, por volta das 23h, no último domingo (19), e avisou pelo celular que não iria subir até o apartamento para entregar o produto.

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A titular da conta ainda foi relutante e argumentou que todos os entregadores sempre sobem. Robson, no entanto, respondeu que não podia subir, e que devolveria o alimento para o estabelecimento. Em poucos minutos, um morador do apartamento chegou na portaria e começou a questionar a atitude do entregador.

“Aqui tu só morre por causa de milícia, meu parceiro”, disse o morador, identificado por Daniel, em tom de ameaça e com um ar alterado. Veja o vídeo:

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Depois de ter sido filmado, o trabalhador disse que ele continuou sendo ameaçado. “E já começou com ameaça dizendo que era miliciano. Ele falou que anotou a minha placa, falou que anotou meu nome, que ia me matar porque era da milícia”, afirmou Robson ao portal G1.

Após se retirar do local, o entregador foi à 32ª Delegacia de Polícia, em Taquara, e prestou uma queixa por injúria e ameaça.

Protesto

Na segunda-feira (20), um protesto foi feito em frente ao condomínio, onde outros entregadores se solidarizaram pelo que aconteceu com Robson.

“Já era a última entrega, finalizando para ir para casa. Tenho filho me esperando, tenho esposa. Eu me senti muito ameaçado, fiquei com medo. Tanto que sai de lá, não esperei a viatura no local porque ele falou que ia chamar os parceiros dele, os amigos dele. Eu espero justiça e que a justiça seja feita. Vou tomar as providências, já tenho o boletim de ocorrência, vou dar entrada no processo contra ele”, destacou.

Regras do aplicativo

Segundo a iFood, plataforma responsável pela entrega, nenhum entregador é obrigado a entrar em condomínio ou subir no prédio para realizar a entrega. Além de ser uma forma de prestar respeito ao trabalhador, e não atrasar as demais entregas na fila, a atitude do cliente de descer para buscar seu produto também ajuda a preservar a segurança do entregador.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai protocolar um requerimento pedindo a convocação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, na Câmara. Ele usou uma informação falsa para defender que o ministro da Justiça, Flávio Dino, também preste esclarecimento ao Congresso.

A ministra do Turismo, conhecida como Daniela do Waguinho, é alvo de desgaste após informações apontando ligações dela com milicianos no Rio. Durante as eleições, Daniela recebeu o apoio da a ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Juracy Alves Prudêncio, o Jura - condenado e preso por chefiar uma milícia na Baixada Fluminense há pelo menos quatro anos.

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O filho de Bolsonaro afirmou no Twitter que vai protocolar na Comissão de Segurança Pública da Câmara pedido de convocação da ministra do Turismo "devido ao que circula sobre seu envolvimento com milícias". O deputado é membro da comissão, mas o Congresso está em recesso legislativo até o dia 1º de fevereiro. Após esse período, as comissões terão que ser instaladas novamente para avaliar qualquer pedido de convocação.

No Twitter, Eduardo Bolsonaro publicou uma foto da ministra com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, órgão ligado à pasta do Turismo. Freixo ganhou notoriedade ao comandar uma investigação de milícias no Rio de Janeiro na Assembleia Legislativa do Estado quando era deputado estadual e por isso é criticado por ter aceitado o cargo subordinado à ministra.

A família Bolsonaro também já foi investigada por supostas ligações com milicianos do Rio. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, empregou a mãe e a mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega em seu gabinete na Assembleia do Rio. O ex-policial foi morto em fevereiro de 2020 e foi acusado de comandar uma das principais milícias do Estado, em Rio das Pedras, comunidade pobre na zona oeste.

Flávio Dino

Além de Daniela, Eduardo Bolsonaro afirmou que vai protocolar um pedido na Câmara para convocar o ministro da Justiça, Flávio Dino. A justificativa usada pelo deputado, no entanto, é falsa. "Também entrarei com requerimento para convocar o MJ devido à grave fala de acionar forças estrangeiras contra as policiais brasileiros", disse Eduardo.

O ministro, no entanto, fez outra afirmação. Em resposta a uma pergunta sobre o mandado de prisão do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que saiu do Brasil e está foragido, Flávio Dino afirmou que os mecanismos de cooperação internacional serão acionados para cumprir a ordem de prisão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, independente da "contaminação" do bolsonarismo na Polícia Federal. O governo quer acelerar o processo de extradição de Allan dos Santos e procurou a Interpol e os Estados Unidos para cumprir o mandado de prisão, expedido em 2021.

Policiais federais fazem nesta quinta-feira (25) operação contra acusados de integrar a cúpula de uma milícia que atua na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. A Operação Dinastia visa cumprir 23 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Especializada no Combate ao Crime Organizado da Capital.

Cerca de 120 policiais federais participam da ação de hoje, que tem o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

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De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações constataram “intensa articulação e planejamento minucioso” para a prática de homicídios de integrantes de facções criminosas rivais e de outras pessoas.

Segundo o MPRJ, o grupo criminoso também mantém esquema de extorsão, em que cobra o pagamento de taxas de comerciantes e prestadores de serviço que atuam nas áreas controladas pela milícia.

“Os elementos de prova obtidos até o momento evidenciam matança generalizada fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas. A investigação revelou ainda que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser ‘abatidos’”, informa o MPRJ em nota.

De acordo com o Ministério Público, até as 7h20 de hoje já haviam sido presas oito pessoas, entre elas um acusado de liderar o grupo criminoso, que foi encontrado em um hotel na cidade de Gramado (RS).

Os alvos da ação são investigados por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, extorsão e corrupção.

Nove guardas municipais já foram presos, acusados de participar de um esquema de torturas e achaques contra suspeitos de furtos e tráfico de drogas, em Sorocaba, interior de São Paulo. As detenções vêm acontecendo desde o dia 5 último, quando houve a prisão dos quatro primeiros GMs no decorrer de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Conforme o MP, os guardas agiram como se fossem uma milícia, cometendo mais crimes do que os que pretendiam combater.

Nesta segunda-feira, 22, policiais civis de São Paulo cumpriram mandados de prisão contra mais dois suspeitos na base da Guarda Municipal de Sorocaba, região central da cidade. Outros três integrantes da corporação tinham sido presos no último dia 16. As prisões fazem parte da Operação Pantera Negra, que há dois meses investiga a conduta de agentes da Guarda Civil de Sorocaba, utilizando inclusive escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Como as investigações prosseguem, não estão descartadas novas prisões.

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Conforme o Gaeco, os guardas são integrantes do grupo de elite da GCM, mas agiam como se fossem uma milícia, com o mesmo "modus operandi" em comunidades urbanas de baixa renda. Eles são acusados da prática recorrente de torturas contra os suspeitos a fim de que dessem informações sobre os chefes do tráfico em cada região da cidade. De posse das informações, os agentes invadiam as casas dos suspeitos sem mandado judicial, agrediam as pessoas e recolhiam dinheiro e objetos de valor. Há suspeita da prática de extorsão e desvio de drogas. Os agentes ainda "esculachavam" as vítimas - há denúncia de que ao menos uma delas foi obrigada a praticar sexo oral em um GCM.

A investigação começou depois que uma vítima procurou o Ministério Público em Sorocaba alegando que havia sido detida pelos agentes e levada para um galpão vazio, onde foi submetida a uma longa sessão de tortura. Os guardas a agrediram com socos, chutes e pauladas. A vítima passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e o laudo confirmou as agressões.

Os presos foram ouvidos e encaminhados para uma unidade prisional do Estado. Eles não tiveram as identidades reveladas, mas alguns estão há mais de 20 anos na corporação, criada em dezembro de 1987. A prefeitura informou que a Guarda Civil Municipal e o município seguem colaborando com "tudo o que for possível nas investigações, assim como tomando todas as medidas administrativas cabíveis".

Os dois guardas presos nesta segunda ainda não tinham defesa constituída. Os defensores dos outros sete GCMs informaram que vão se pronunciar em momento oportuno.

Quatro homens suspeitos de envolvimento com milícias morreram em operação da Polícia Civil do Rio, na madrugada deste sábado, em caso que pode estar relacionado com o desaparecimento de quatro jovens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A Polícia Civil informou que as mortes ocorreram após um tiroteio em um sítio em Nova Iguaçu. "No momento em que as equipes chegaram ao local, quatro homens efetuaram disparos de fuzil contra os policiais, que se abrigaram e responderam ao ataque", diz uma nota divulgada pela corporação.

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Os suspeitos mortos foram identificados como Delson Lima Neto, conhecido como "Delsinho", irmão do miliciano "Tandera"; Renato Alves de Santana, conhecido como "Fofo"; e dois suspeitos que seriam os seguranças de "Tandera", identificados como "Tizil" e "Neguinho".

"Delsinho e Fofo são dois milicianos que ocupam funções de liderança dentro da organização criminosa liderada por Danilo Tandera. O primeiro é tido como o 02 do grupo paramilitar e abaixo dele está Fofo, ocupando a terceira posição dentro da hierarquia criminosa", diz a nota da Polícia Civil.

Segundo a corporação, a operação deste sábado foi deflagrada "após um intenso trabalho de inteligência e depuração de um vasto material investigativo, por um período de 8 meses, os agentes chegaram a um sítio que seria utilizado pelos líderes da milícia que atua na região". Após o tiroteio, foram apreendidos no local "quatro fuzis, uma pistola, diversas munições e fardamentos foram apreendidos".

"Há suspeita de que o sítio, situado às margens do Rio Guandu, tenha sido o local utilizado para a execução de quatro jovens sequestrados no bairro Cabuçu. Os corpos teriam sido jogados no referido rio", diz a nota da Polícia Civil.

Participaram da operação policiais da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e da 56ª DP (Comendador Soares).

O ex-vereador do Rio de Janeiro Jerônimo Guimarães Filho, de 73 anos, conhecido como Jerominho, acusado de ser um dos criadores da principal milícia do Rio, a Liga da Justiça, morreu após ser baleado na tarde desta quinta-feira, 4, em frente ao centro social que coordenava, em Campo Grande (zona oeste do Rio de Janeiro). Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital Oeste DOr, no mesmo bairro, onde morreu horas depois.

Jerominho estava em frente à instituição que mantinha, na Estrada Guandú do Sapé, por volta das 15h, quando, segundo testemunhas, dois homens munidos de fuzis passaram de carro e atiraram em direção à vítima. O ex-vereador foi atingido no abdômen e na perna. Um cunhado estava ao seu lado e também foi ferido. Jerominho foi levado a uma unidade de saúde particular, o Oeste DOr, enquanto o cunhado foi para o hospital municipal Rocha Faria, no mesmo bairro, e estava em estado estável até a publicação desta reportagem. Os atiradores fugiram e não haviam sido identificados.

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Ex-policial civil, Jerominho tentou iniciar a carreira política em 1998, quando concorreu a deputado estadual pelo PSC. Na ocasião, recebeu 18.152 votos e não se elegeu. Dois anos depois conseguiu se tornar vereador pelo então PMDB (hoje MDB), com 20.560 votos. Em 2004 foi reeleito, pelo mesmo partido, com 33.373 votos.

Em 26 de dezembro de 2007, um ano antes do fim de seu mandato, foi preso pela Polícia Civil do Rio sob acusação de liderar uma milícia na zona oeste junto com o irmão, Natalino Guimarães, deputado estadual eleito em 2006. Em 2008, Jerominho foi uma das 225 pessoas acusadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, criada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e presidida pelo então deputado estadual Marcelo Freixo. Acusado de criar a Liga da Justiça, mais famosa milícia do Rio, o ex-vereador ficou preso até 2018.

Em 27 de janeiro deste ano, Jerominho foi preso mais uma vez, porque havia ordem de prisão por um crime cometido em 2005: extorsão praticada com uso de arma de fogo contra motoristas de van. Foi libertado em 1º de fevereiro, depois que a Justiça concluiu que ele já havia cumprido essa pena. Dois dias antes de ser preso, Jerominho tinha anunciado que pretendia ser candidato a deputado federal pelo Patriota.

A vereadora Marielle Franco (PSOL), que foi assassinada no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, completaria 43 anos nesta quarta-feira (27), 1.596 dias após ter sido executada junto ao seu motorista, Anderson Gomes. Desde então, a frase “Quem matou, quem mandou matar Marielle, e por quê?”, perpassam, sem respostas, a vida de quem a amava e admirava. 

Em homenagem à vereadora, uma estátua foi inaugurada nesta quarta-feira (27), no Buraco Lume, Centro do Rio de Janeiro, por iniciativa do Instituto Marielle Franco, criado pela família dela com o objetivo de defender a sua memória, compartilhar o legado e lutar por justiça. O ponto escolhido para receber o monumento teve uma motivação: todas as sextas-feiras, Marielle prestava contas do mandato lá. 

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Era ano de eleição muito polarizada quando Marielle e sua equipe saía, por volta das 12h, do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, na Lapa, no dia 14 de março de 2018. O carro da parlamentar, dirigido por Anderson Gomes, foi emparelhado por um outro carro, que disparou vários tiros contra a equipe; quatro atingiram a cabeça de Marielle e outros três, as costas do motorista, que morreram.  

O caso Marielle é investigado desde 2018 e uma das principais suspeitas é de que tenha ligação com a família Bolsonaro, sobretudo pela aproximação da família com sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da ex-vereadora e ex-vizinho de Bolsonaro, e outros suspeitos. O filho mais novo do presidente, Renan Bolsonaro, chegou a namorar com a filha de Ronnie. 

A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que um veículo dirigido pelo ex-policial militar, Élcio Queiroz, emparelhou com o carro da parlamentar e, de dentro do veículo, Lessa teria disparado pelo menos 13 tiros contra o grupo. Ambos [Élcio e Lessa] estão presos preventivamente em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A dupla teve o pedido da defesa para cassar a decisão que o mandou a júri popular negado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Sendo assim, o júri “prossegue para marcação do plenário e julgamento da causa pelo Tribunal Júri”. 

No carro, junto a Marielle e Anderson, também estava a chefe de gabinete do mandato, Fernanda Gonçalves, que foi atingida apenas por estilhaços. 

Em nota exposta pela CNN nesta quarta, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações sobre o assassinato seguem na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em conjunto com a Força-Tarefa do Ministério Público, e estão sob sigilo. O documento diz que várias diligências já foram realizadas neste ano, e que a equipe também se reuniu com os familiares de Marielle. Segundo a nota do MPRJ, o órgão não divulga detalhes sobre investigações sigilosas e ainda em curso. 

Durante o seu primeiro ano, o caso foi investigado pelo delegado Giniton Lages, que deixou a investigação, em março de 2019. O caso foi deixado por Giniton logo após as prisões de Lessa e Queiroz, acusados de serem os assassinos. Lages agora é diretor do Departamento-Geral de Polícia da Baixada Fluminense. Até junho deste ano, quatro delegados já trabalharam na elucidação do crime. 

Ao Estadão, o delegado chegou a expor que o caso está próximo de ser encerrado. “Conheço apenas um fragmento dessa história, o primeiro ano. Mas muita coisa foi feita depois”, disse. Ele contou que o crime foi muito bem pensado no pré e no pós e, por isso, houve dificuldade em encontrar rastros e provas. “A investigação trabalha com vestígios encontrados na cena do crime: imagens, testemunhas, papiloscopia. Mas não tínhamos nada disso. Não havia imagens da execução porque a câmera daquele trecho estava inoperante. Mesmo que houvesse, a imagem não revelaria nada”, expôs. 

“Nós não temos dúvida da participação do Ronnie Lessa e do Élcio Queiroz”, cravou o delegado, que acredita que os criminosos tinham um informante. 

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriram nesta sexta-feira (20) a Operação Heron contra agentes públicos que teriam sido corrompidos pela milícia. Entre os alvos estão uma delegada, três policiais militares e seis agentes penitenciários, além de milicianos. Os policiais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.

Segundo a investigação, os agentes públicos repassavam informações privilegiadas aos membros da organização criminosa, como posicionamento de viaturas e dados de investigações em andamento. "Com evidente prática de corrupção e pagamentos entre milicianos e serventuários do sistema prisional", informou o MP. A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE).

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Os agentes sob suspeita também estariam atuando na milícia da região de Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a investigação, eles tinham trânsito com Luiz Antônio da Silva Braga, o "Zinho", irmão e sucessor de Wellington da Silva Braga, o "Ecko", morto em confronto com a Polícia Civil em junho do ano passado.

Veja os alvos da operação:

- Francisco Anderson da Silva Costa, conhecido como 'Garça' ou 'PQD', apontado como um dos chefes do grupo crimino;

- Luiz Bastos de Olive Ira Junior, o 'pqdzinho';

- Leonardo Corrêa de Oliveira, o 'Sgt. Oliveira', policial militar;

- Matheus Henrique Dias de França, o 'Franc', policial militar;

- Pedro Augusto Nunes Barbosa, o 'Nun', policial militar;

- Alcimar Badaró Jacques, o 'Badá', policial penal;

- André Guedes Benício Batalha, o 'Gue', policial penal;

- Carlos Eduardo Feitosa de Souza, o 'Feitosa' ou 'Feio', policial penal;

- Edson da Silva Souza, o 'Amigo S', policial penal;

- Ismael de Farias Santos, policial penal;

- Wesley José dos Santos, o 'SEAP', policial penal.

Uma escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, há dois anos, mostra uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, acusando o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão. 

No conteúdo, Daniela Magalhães da Nóbrega afirma a uma tia, dois dias após a morte do irmão numa operação policial na Bahia, que ele soube de uma reunião envolvendo seu nome no Palácio, e do desejo que se tornasse um “arquivo morto”. 

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“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome de Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, contou, em gravação autorizada pela Justiça. 

Morto em 9 de fevereiro de 2020, Adriano passou mais de um ano foragido sob a acusação de comandar a maior milícia do Rio de Janeiro. Ele também era suspeito de envolvimento no esquema da “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa Fluminense. 

A gravação faz parte das escutas realizadas pela polícia no âmbito da Operação Gárgula, que miraram o esquema de lavagem de dinheiro e a estrutura de fuga de Adriano. 

A polícia ouviu conversas de familiares, amigos e comparsas de Adriano por mais de um ano. Daniela, por sua vez, não é acusada de envolvimento nos crimes do irmão.  

A conversa sobre o Planalto foi feita com a tia dois dias depois da morte do irmão, num suposto confronto com policiais militares no interior da Bahia. Desde aquele dia, a família suspeita de uma execução para “queima de arquivo”, o que não foi comprovado até o momento. 

“Ele falou para mim que não ia se entregar porque iam matar ele lá dentro. Iam matar ele lá dentro. Ele já estava pensando em se entregar. Quando pegaram ele, tia, ele desistiu da vida”, afirmou Daniela. Pouco depois, a tia comenta com Tatiana, outra irmã de Adriano: “Daniela sabe de muita coisa, hein?”.

As suspeitas pela morte do ex-PM foram levantadas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), dias após a ocorrência na Bahia. Ele e Flávio defenderam uma perícia independente para analisar o caso. 

A atuação de Bolsonaro foi alvo de elogio de Tatiana em uma outra conversa. “Ele foi nos jornais e colocou a cara. Ele falou: “

‘Eu estou tomando as devidas providências para que seja feita uma nova perícia no corpo do Adriano’. Porque ele só se dirige a ele como Adriano, capitão Adriano”. 

Ela também sugere que a ordem para matar o irmão foi do ex-governador Wilson Witzel. “Foi esse safado do Witzel, que disse que se pegasse era para matar. Foi ele”, pontuou. 

Foi possível analisar pelas escutas que, na avaliação da família de Adriano, ele era acusado de integrar uma milícia apenas para vincular o presidente aos grupos paramilitares. Tatiana, por sua vez, enfatiza ao negar a acusação feita ao irmão, a quem classifica como bicheiro. “Pessoal cisma que ele era miliciano. Ele não era miliciano, não. Era bicheiro. Querem pintar o cara numa coisa que ele não era por causa de coisa política porque querem ligar ele ao Bolsonaro. Querem ligar ele a todo custo ao Bolsonaro”. 

“Aí querem botar ele como uma pessoa muito ruim para poderem ligar ao Bolsonaro. Já disseram que foi o Bolsonaro quem assassinou. Quando a gente queria cremar, diziam que a família queria cremar rápido porque não era o Adriano. Uma confusão”. 

O vínculo de Bolsonaro com Adriano é desde 2005, quando, num discurso na Câmara dos Deputados, Bolsonaro criticou a condenação do então tenente da PM pela morte de um flanelinha numa operação policial. 

Em 2007, a então mulher do ex-PM, Daniella Mendonça, foi empregada no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio. Já em 2016, foi a vez do próprio Adriano assumir um cargo no mesmo lugar. As duas são acusadas de envolvimento no caso da “rachadinha”.

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