Comissão de Carnaval alerta sobre riscos de realizar festa

Os vereadores do Recife receberam especialistas para debater o assunto

por Jameson Ramos seg, 13/12/2021 - 18:00
Romulo Henrique / Divulgação Parlamentares reunidos na Câmara do Recife Romulo Henrique / Divulgação

Na tarde desta segunda-feira (13), os vereadores se reuniram na Comissão Especial sobre a retomada do Carnaval e Grandes Eventos em 2022 para debater sobre a possibilidade da realização do Carnaval no próximo ano. Durante o seu discurso o vereador Ivan Moraes Filho (PSOL) disse que "o Brasil vai se tornar um pais de negacionistas".

"A gente vai continua achando normal que as pessoas entrem no nosso país sem precisar nem mostrar que não estão contaminados por vatriante nenhuma? Eu estou preocupado", afirmou o vereador Ivan.

O parlamentar comentou que é preciso que se analise a necessidade de manter a cadeia produtiva da cultura viva. "Nós fomos o primeiro a parar e seremos os últimos a voltar. Mas sem a gente ninguém estava vivo hoje porque as pessoas estão com o mínimo de saúde mental porque tinha música para ouvir e tinha livro para ler. Essa cadeia precisa ser cuidada", ponderou o pesolista.

Variantes e vacinação 

Na reunião pública da Comissão Especial sobre a retomada do Carnaval e grandes eventos, o doutor Carlos Brito revelou que o futuro e a pesrpectiva dos próximos anos mostram que deve surgir outras variantes da Covid-19 no próximo ano.

"O que a gente ver hoje no mundo todo é uma desigualdade muito grande na vacinação. Essa possibilidade da gente ter uma imunidade de rebanho e da pandemia acabar é praticamente impossível à luz da ciência no momento atual", conta.

O médico salienta que, a pesar da população mundial estar com 45% das duas doses da vacina, deve se observar que os países mais pobres têm uma cobertura vacinal muito baixa.

"Esse diagnóstico por si só fala que é impossível que a imunidade de rebanho, que só pode ser oferecida através da vacina, não por outro motivo, ela só vai acontecer quando 80% ou mais da população estiver completamente vacinada", disse Brito.

O médico salienta que para a realização do Carnaval no próximo ano deve se levar em conta as possibilidades das variantes da Covid-19. "Mas a Ômicron causa uma preocupação muito maior porque a Ômicron se mostrou desde o início uma quantidade de mutação muito grande", detalha.

 

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