Tucano denuncia compra de votos contra o impeachment

Segundo o tucano, o governo está oferencendo cargos para barganhar o voto dos parlamentares contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff

por Giselly Santos qua, 30/03/2016 - 16:36
Agência Câmara No plenário da Câmara, o tucano deixou claro que a oposição não ia admtir tal postura Agência Câmara

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) denunciou, nesta quarta-feira (30), que o Governo Federal está tentando comprar os parlamentares para votarem contra o impeachment em troca de vantagens, como cargos e ministérios. Condenando a atitude, o tucano apontou que o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) "foi colocado na mesa" para barganha e questionou "como um cidadão decente ainda defende um governo que tem esse tipo de prática?"

“Onde está a vergonha desse governo que está negociando abertamente a compra de votos contra o impeachment? Até a Funasa, a Fundação Nacional de Saúde, foi colocada na mesa. A saúde do povo pobre brasileiro colocada numa mesa de negociação para comprar voto de deputado contra o impeachment. É uma vergonha o que está acontecendo hoje em Brasília”, detalhou. "Eles perderam completamente a noção. E essa negociação não é uma negociação feita com critério não. É simplesmente assim: 'o que tiver de pior, o que tiver de mais retrógrado e mais atrasado e mais conservador, venha pro nosso governo'. O que estão dizendo é que quem juntar três votos, três deputados, ganha um ministério. Cheio de cargos e de verba”, acrescentou.

No plenário da Câmara, o tucano deixou claro que a oposição não ia aceitar tal postura. "Nós não vamos admitir isso. Nós vamos ficar em alerta no dia da votação do impeachment. Tenham coragem, sejam homens e mulheres decentes. Venham para esse plenário e votem. Sim ou não. Porque a negociação é mais covarde do que se pensa. O que estão dizendo? 'Você pega aqui os cargos e as vantagens e é só faltar no dia, atestado médico'. Quem faltar no dia é comprado! Está aqui dito na tribuna e registrado”, enfatizou o deputado. “A gente tem que aceitar os fatos e a democracia. Deixem os deputados se manifestarem pelo voto e pelas suas consciências. Esse governo não vai vencer com esse golpe com o dinheiro público”, completou.

COMENTÁRIOS dos leitores