A reforma da Previdência é um desmonte, diz Teresa Leitão

A deputada Teresa Leitão (PT) acredita que é possível barrar a reforma da Previdência. Ela disse que a base do governo Temer está inquieta pela "pressão" que está sendo feita

por Taciana Carvalho sab, 11/03/2017 - 15:01
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A reforma da Previdência, tema principal de discussões no Congresso Nacional e na sociedade, foi um dos principais alvos durante a Marcha da Mulher, que aconteceu na última quarta-feira (8), no Recife. As manifestantes ressaltavam que, caso aprovada, as mulheres terão retrocessos nas conquistas alcançadas. Para tratar sobre o tema, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) esteve, em Brasília, ontem. Em entrevista ao LeiaJá, ela contou que é possível reverter o quadro, que caminha para aprovação. 

"Já houve uma reação muito grande no país inteiro no Dia Internacional da Mulher, que deixou outras pautas importantes de lado e focou, principalmente, na posição contrária a essa reforma. A base do governo está muito inquieta porque está recebendo muita pressão do que a gente está chamando de desmonte. A reforma da Previdência é um verdadeiro desmonte", contou.

A deputada lamentou a proposta destacando que as mulheres serão duplamente penalizadas. "É uma reforma que vai atingir muito a estrutura da seguridade social, da assistência e da previdência. Aumenta-se a idade, aumenta-se a contribuição e nós, professoras, termina com a aposentadoria especial". 

Uma notícia divulgada, neste sábado (11), deverá aumentar a revolta daqueles que são contra a medida. Segundo publicado pelo Uol, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), relator da Reforma da Previdência na Câmara, é sócio de uma empresa que está na lista de devedores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com a matéria o débito, estimado em R$ 151,9 mil, se refere a tributos previdenciários não pagos por uma distribuidora de combustíveis, no interior da Bahia, da qual Maia é sócio.

Uma das principais mudanças da reforma da Previdência é fixar a idade mínima de 65 para requerer aposentadoria. Além disso, o tempo mínimo de contribuição será de 25 anos. Antes, era 15. Hoje, as mulheres podem se aposentar antes dos homens, com cinco anos a menos. Caso aprovada, a idade mínima vale para os dois sexos. 

A PEC também acabará com a aposentadoria especial de professores do ensino fundamental, médio e policiais civis. A pensão por morte, que é integral, deverá ser reduzida para 50% com adicional de 10% por dependente. 

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