"Vamos ao confronto se Lula não puder disputar eleição"

Afirmação é do presidente do PT de Pernambuco, Bruno Ribeiro, que disse que o partido não aceitará essa hipótese

por Taciana Carvalho sab, 12/08/2017 - 11:46
Taciana Carvalho/LeiaJáImagens Bruno Ribeiro disse que Lula tem que ser candidato Taciana Carvalho/LeiaJáImagens

O presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, Bruno Ribeiro, em entrevista ao LeiaJá, na manhã deste sábado (12), comentou a declaração de Lula, que afirmou que não vai morrer antes de voltar a governar o país. Ribeiro garantiu que haverá muitos confrontos organizados pelo PT caso o ex-presidente venha a ser impedido de disputar a eleição presidencial.

"Tentar impedir Lula de disputar é romper de vez com a democracia. Se acontecer isso, haverá mais protestos com certeza. Se tentarem romper com a democracia a esse ponto, este país vai se conflagrar. Nós não vamos aceitar. Nós vamos para o confronto se insistirem nessa tentativa de consolidar a violação da Constituição e das regras democráticas", ameaçou.

O dirigente disse que acreditar que o povo também não vai aceitar. "Violaram a eleição de 2014 e querem que a próxima eleição não tenha a presença de Lula. Nós não aceitamos isso. É o povo brasileiro que tem que escolher entre os diversos projetos e Lula é o representante de um outro projeto para o país, que a gente já viu como foi bom para Pernambuco, para o Nordeste e para as pessoas mais pobres".

"Na época de Lula, o país cresceu e passou a ser respeitado internacionalmente e não vamos aceitar uma eleição sem ele. Seria uma fraude e nós não trabalhamos com essa alternativas até porque não há motivos para interditar Lula. Ele foi objeto de uma condenação política porque o juiz que o condenou é um militante político. Não é um juiz imparcial. Então, não há provas para interditar nem condenar Lula. Isso é uma manobra", voltou a defender.

Ribeiro ainda fez uma comparação entre o presidente Michel Temer (PMDB), Lula e Dilma Rousseff. "É só comparar os crimes de Temer com aquelas coisas que colocaram contra Dilma.  Uns quatro ou cinco decretos que foram para o Prouni e para a agricultura familiar. Manipularam no ano passado e querem fazer com o ex-presidente.  Não queremos a corrupção, a falta de representatividade, e muito menos barrar a escolha do povo livre sobre qual projeto quer entre o de Lula ou o de Temer".

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