Gleisi pede para manifestantes liberarem saída de Lula
Presidente do PT falou com os presentes na frente do Sindicato dos Metalúrgicos para que a saída do ex-presidente fosse liberada. O petista deve se entregar à PF
Após manifestantes impedirem a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo, para cumprir seu mandado de prisão, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, falou aos manifestantes para intervir na situação instalada. A senadora elogiou o movimento de resistência dos presentes, mas pediu que eles abrissem caminho para que Lula deixasse o local. A Polícia Federal estipulou um prazo até às 18h30 para que Lula se entregasse, caso contrário, será penalizado.
Hoffman abriu sua fala dizendo que já previa o acontecido: "Eu sabia que isso ia acontecer, de gente resistindo, não deixando o portão abrir. O que vocês estão fazendo á um ato de resistênca e a gente queria estar aí do lado de vocês. O que eu mais queria era não deixar ele sair daqui". Ela justificou seu diálogo com os presentes afirmando se tratar de uma decisão do próprio ex-presidente: "Quando Lula tomou a decisão, ele tomou baseada em uma situação. A leitura de resistência que nós fazemos aqui não é a nossa, é a dele".
Em seguida, a senadora convidou os manifestantes a chegar em um cordo comum. "Nós estamos com um problema objetivo, por isso estou conversando com vocês. Às vezes, não depende da nossa vontade e não depende só de onde a gente está. Eu divido com vocês esta responsabilidade, não somos nós que vamos sofrer a consequência, mas é Lula que vai". Enquanto Gleisi falava, viaturas da Polícia Militar de São Paulo e seis motos se encaminhavam ao local para, segundo colocou o Secretário da Segurança do Estado, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista à Rádio BandNews FM, manter a ordem no local.