Raquel Dodge não devia tomar partido, alfineta Gleisi
A postura da presidente nacional do PT é em reação ao pedido de aposentadoria compulsória feita pela PGR contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que mandou soltar Lula no último domingo (8)
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hofmann (PR), disparou, nesta quinta-feira (12), contra a procuradora-geral da República Raquel Dodge, por ter pedido a abertura de um inquérito pelo crime de prevaricação contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Favreto foi o plantonista do TRF4 que acatou, no último domingo (8), o pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A Raquel Dodge não devia tomar partido, quero saber se a PGR vai investigar [Sérgio] Moro por desobediência também ou por interferência administrativa na condução da polícia federal e no TRF4. Se a PGR quiser ter respeito nesse país ela tem que ser isenta", afirmou a senadora, em tom crítico, durante passagem pelo Recife.
A procuradora-geral pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abra investigação contra o desembargador e moveu reclamação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a aposentadoria compulsória de Favreto. Para Raquel, ele agiu de maneira partidária e "desonrou a higidez e a honorabilidade de seu cargo".