Depois do atentado, o candidato ficou impossibilitado de fazer campanha eleitoral Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo

O atentado contra o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), foi considerado um ato isolado na campanha eleitoral deste ano e sem grande influência no voto do eleitorado pela maioria dos entrevistados pelo Instituto Vox Populi, de acordo com um levantamento divulgado nesta quinta-feira (13).

Bolsonaro foi esfaqueado no último dia 6, enquanto fazia um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, por Adélio Bispo de Oliveira que confessou o crime e está preso.  

Segundo os dados, 64% dos ouvidos pela pesquisa associa a facada a um ato solitário de um indivíduo desequilibrado, “com problemas mentais”. Já outros 35% acreditam se tratar de um atentado organizado e planejado, com fins políticos.

O Vox Populi ainda verificou a possibilidade de o ataque influenciar na decisão do voto dos brasileiros. Neste caso, 49% não acreditam que o episódio vai ser influenciador na hora da definição sobre em quem vão votar, já 33% disse que sim.  

Depois do atentado, o candidato ficou impossibilitado de fazer campanha eleitoral, foi submetido a duas cirurgias e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A pesquisa, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%.

Intenções de votos

O Vox Populi também aferiu as intenções de votos para a disputa presidencial. Adotando para o questionamento a nomenclatura de “Fernando Haddad (PT) apoiado por Lula”, como opção entre os candidatos, o ex-prefeito de São Paulo aparece liderando com 22% da preferência.

Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 18%,  e é seguido por Ciro Gomes (10%), Marina Silva (5%,) e Geraldo Alckmin (4%). Brancos e nulos somam 21%.