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Chamado de “segundo cérebro”, o intestino produz neurotransmissores diferentes que são associados ao cérebro, isso faz com que a função do sistema digestivo vá além de processar a comida que é ingerida. Ele é responsável pela aprendizagem, memória, humor, influencia no emagrecimento, na habilidade física e tem recuperação na prática de exercícios físicos e, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), cerca de cinco milhões de pessoas vivem com doenças inflamatórias intestinais. 

As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas o diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida. De acordo com a SBCP, uma dieta balanceada e prática de exercícios podem ser um caminho na busca por um bom resultado. A nutricionista da Vitafor Taciane Oliveira, detalha que o “segundo cérebro” tem uma influência grande no corpo humano que pode ser aliado ao emagrecimento saudável. “O nosso peso corporal está intimamente ligado ao nosso intestino, pois a microbiota intestinal é composta por bactérias boas e ruins, que precisam estar em equilíbrio. Uma microbiota equilibrada é capaz de desempenhar funções fisiológicas normais e garantir uma melhor qualidade de vida, quando ela está em harmonia, nos protege, ajuda na absorção de nutrientes e facilita a digestão. Tudo contribui para que a saúde intestinal seja essencial para o emagrecimento”. 

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A microbiota intestinal tem um grande peso na função cerebral, quando ela está desequilibrada o intestino pode ficar desregulado, o que pode desencadear doenças como prisão de ventre ou diarreia, que são sinais vermelhos. Segundo Taciane, a microbiota intestinal desempenha um papel significativo na absorção de nutrientes, contribuindo coletivamente para a saúde humana. “O intestino é a porta de entrada, se ele não estiver funcionando adequadamente não haverá absorção correta e consequentemente não tem produção de energia, disposição e recuperação muscular adequada, o que pode afetar os resultados do atleta”. 

A saúde intestinal exige ainda mais atenção do atleta pois em alguns casos a demasia de exercício pode ser prejudicial, conforme afirma a especialista da Vitafor. “Quando um atleta expõe repetidamente seu corpo a circunstâncias fisiológicas drásticas, pode interromper a homeostase do corpo, sobrecarregar os órgãos e afetar o funcionamento normal. Isso significa que o excesso de exercícios pode causar mais danos do que benefícios ao desempenho físico”, pontua a especialista, reforçando a importância de acompanhamento e orientação profissional, para evitar danos à saúde e otimizar a performance esportiva. 

Tema abordado no Congresso 

Os assuntos mencionados pela nutricionista estão entre os temas que serão abordados por 17 profissionais no 9º Congresso Vitafor Science, em Fortaleza, nos dias 10 e 11 de novembro, das 8h às 19h, no Hotel Praia Centro. O ingresso é válido para os dois dias de congresso e pode ser adquirido pelo link a seguir: www.vitaforscience.com.br/eventos

 

Depois que suas propriedades psicodélicas foram descobertas por acidente em um laboratório por Albert Hofmann (1906-2008), o LSD foi rapidamente banido no Reino Unido  no ano de 1966, dois anos após sua descoberta. Porém, a droga ainda é muito associada à cultura hippie e aos movimentos contraculturais dos anos 60.

Em uma época de luta por direitos civís, assassinato do presidente norte-americano, a Guerra no Vietnam e outros eventos marcantes, muitos associam esta década a uma mudança de paradigmas sociais, muitos deles influenciados por grandes artistas, como Bob Dylan, os Beatles, Jimi Hendrix, Janes Joplin etc.

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Um dos principais momentos chave desta virada aconteceu no Festival de Woodstock, em 1969. Este evento é considerado até hoje como um dos maiores eventos musicais da história e, provavelmente, o mais famoso deles. Em um contexto de muita agitação política e social nos Estados Unidos, este contexto estimulava o cenário de uma efervescência cultural.

A contracultura e o movimento hippie, influenciado pelo uso de substâncias, surgiu para questionar o “american way of life”, expressão usada para referir-se ao estilo de vida norte-americano, muito centrado na capacidade de consumo. Este modo consolidou-se na década de 1950, período marcado por uma geração de prosperidade econômica e a existência de um imaginário de modelo familiar estável.

O LSD foi recebido com muito entusiasmo pela comunidade científica, diversos estudos foram realizados pelo professor de psicologia de Harvard, Timothy Leary. Foi no fim da década de 1960, quando as mudanças nas leis do país tornaram-se mais rígidas no controle sobre os produtos farmacêuticos.

O uso e estudo científico da substância foi banido por diversas décadas, só retornando aos laboratórios de universidades recentemente, após a nova onda de popularidade da substância proporcionada por investidores e desenvolvedores do Vale do Silício.

Atualmente, a substância está sendo aplicada em tratamentos para depressão, ansiedade, stress pós traumático e em casos terminais de câncer. Neste último caso, pesquisadores alemães e norte-americanos realizam uma pesquisa em conjunto tendo o LSD como agente para o auxílio de questões existenciais e a aceitação da mortalidade, visando reduzir o sofrimento de pacientes.

Que o marketing de influência é uma área de negócios que não para de crescer no Brasil e no mundo já é um fato. Traduzindo em números, uma pesquisa recente do Business Insider aponta que a previsão é de que o mercado de Marketing de Influência, até o final de 2022, valha 15 bilhões de dólares.

Porém, uma nova vertente do mercado começa a ser explorada pelos influenciadores e que vai muito além do número de seguidores nas redes sociais: se tornarem sócios do business.

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Cada vez mais, influenciadores entendem que se tornaram mídia, portanto, tem a audiência. O mais justo, na sequência, é ser dono das empresas que vendem a própria imagem para o público, por meio de produtos, cursos, palestras e eventos.

Foi exatamente este olhar que fez Joel Jota, com seus mais de 5 milhões de seguidores somando todas as plataformas digitais, comprar parte da maior agência de influenciadores do Brasil e se tornar sócio da Non Stop Produções, ao lado de nomes como Whindersson Nunes, Kaká Diniz, João Kepler, Alex Monteiro, Douglas Nascimento e outros.

“Estou feliz por estar na Non Stop por vários motivos: o primeiro deles é que eu adoro os sócios, eles me ajudaram muito em vários momentos da minha vida. Segundo, porque eu acredito que posso contribuir e, terceiro, que a visão e missão da Non Stop de ser a maior empresa de influência do mundo, combina com os meus desejos e anseios”, ressalta Joel Jota.

Além de ser do quadro societário, o maior treinador de Alta Performance do Brasil e ex-atleta da Seleção Brasileira de Natação, também é membro do casting de influenciadores da empresa e declara se tornar aluno dentro do próprio negócio:

“Como eu trabalho no mercado da influência e venho crescendo cada vez mais, eu quis aprender com os melhores, me associar com os melhores e também contribuir com o que eu sei fazer”, diz Joel Jota.

A oportunidade de se tornar sócio da Non Stop tem como principal objetivo potencializar o crescimento e o alcance da empresa, já que Joel Jota tem grande experiência com estratégias empresariais, já passou por empresas como Grupo Primo, foi coordenador geral do Instituto Neymar Jr, foi membro convidado em uma edição do Shark Tank Brasil, é investidor de Startups e tem um dos maiores grupos de influência de empresários, se tornando um forte nome na contribuição do board da empresa.

"É muito bom receber o Joel no time de sócios da Non Stop. Além de ser um grande empreendedor, ele tem ótima visão de mercado e de oportunidades e, com certeza, somará esforços e expertises para que possamos desenvolver ainda mais o marketing de influência no Brasil", reforça Janguiê Diniz, sócio e presidente do Conselho de Administração da empresa.

Sobre a Non Stop

Fundada em 2015, a Non Stop é referência na América Latina em marketing de influência. A empresa — que nasceu para conectar marcas à audiência, gerando engajamento e conversas genuínas — é especializada na produção de conteúdo on demand, publicidade, turnês nacionais, internacionais e gerenciamento de carreira. Com escritórios em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a empresa possui um casting diverso e exclusivo, contabilizando milhões de seguidores.

A quarta edição da pesquisa de celebridades mais influentes do ano realizada pela Ipsos foi divulgada na última segunda-feira, dia 6. Para chegar ao ranking, os atributos de 200 celebridades foram avaliados e duas mil entrevistas on-line realizadas no início de maio. Assim, a modelo Gisele Bündchen apareceu como o nome mais forte de 2022, além de contar com mais de 20 milhões de seguidores nas redes sociais, a loira também foi classificada como uma pessoa elegante, bem sucedida, sexy, que dita a moda, inteligente e moderna e desbancou a cantora IZA, que no ano anterior esteve na mesma posição. Mas nada de rivalidade, as duas arrasam, sem dúvidas! A seguir confira os outros nomes mais influentes de 2022!

Caindo uma posição de 2021 para 2022, a cantora IZA recebeu a medalha de prata, mas a mulher segue poderosíssima. Quem aí já não viu dezenas de propagandas publicitárias com ela? A voz da música Brisa foi lembrada por ser uma pessoa alegre, sensual, linda, talentosa, carismática e inteligente.

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E o terceiro lugar ficou com a empresária e influenciadora Nathalia Arcuri. Se você precisa de bons conselhos financeiros, ela com certeza é a pessoa certa! A criadora do canal Me Poupe, com um pouco mais de sete milhões de inscritos, chamou a atenção do público por ser uma pessoa bem sucedida, inteligente e que tem um bom exemplo de vida pessoal e profissional, quem pode, pode, né?

Jout Jout recebeu o quarto lugar, a influenciadora e jornalista foi fortemente lembrada por ser defensora dos direitos das mulheres e das causas sociais. Cheia de credibilidade para com o público, ela ainda foi elogiada por ser carismática, bem humorada, simples e humilde. Gente como a gente e é disso que o público gosta!

Em quinto lugar, mas nada menos importante, ficou a atriz Grazi Massafera. Ela foi considera uma pessoa linda, elegante, talentosa e, assim como Gisele, dita a moda.

E claro que não podia faltar Rodrigo Hilbert. Quem aí já não sentiu aquela invejinha da Fernanda Lima, hein?! O apresentador e ex-modelo recebeu o nono lugar da lista geral de personalidades influentes de 2022, e não era para menos, o cara arrasa em tudo que faz!

E nomes icônicos como Anitta, Neymar e Silvio Santos não podiam ficar de fora. Os três preencheram o pódio de celebridades mais reconhecidas e lembradas pelos entrevistados. Anitta segue em primeiro desde 2021 e ninguém poderia esquecer do craque da Seleção, Neymar e o nosso amado apresentador Silvio Santos, que completa 92 anos de idade em dezembro.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (13), não saber se seu filho Jair Renan "está certo ou errado". "Tem a vida dele, não sei se está certo ou está errado, peço a Deus que o proteja", disse o chefe do Executivo a evangélicos no Palácio da Alvorada.

"O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim", afirmou.

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O filho "Zero Quatro" do presidente é investigado por supostamente usar o acesso ao Planalto para obter benefícios pessoais, o que seria tráfico de influência. Ele nega.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi a parlamentar brasileira mais influente nas redes sociais durante o ano de 2021, segundo pesquisa FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa. Carla é uma das porta-vozes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional e, durante a pandemia de covid-19, esteve ativa na defesa de pautas do governo como a oposição ao comprovante vacinal e a vacinação infantil. A deputada também utilizou suas redes sociais para convocar manifestantes pró-governo às ruas.

A pesquisa mostra que o PSL - cuja fusão com o DEM acaba de ser aprovada pela Justiça Eleitoral, formalizando a nova legenda União Brasil - dominou o topo do ranking, com os cinco parlamentares mais influentes nas redes. A segunda posição é ocupada por outra apoiadora do governo Bolsonaro: a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). À frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia subiu duas posições em comparação a 2020, quando estava em quarto lugar.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ocupa a terceira posição, apresentando uma queda em sua influência nas redes sociais. Em 2020, o filho "zero três" do presidente liderava a mesma pesquisa. A lista dos "top 5" inclui ainda Carlos Jordy (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR).

No Senado Federal, o parlamentar mais influente também é aliado ao governo: Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi quem mais mobilizou conversas digitais no ano passado. Em 2020, o senador Humberto Costa (PT-PE) era o líder do ranking; agora ocupa a segunda posição entre os senadores mais influentes.

Para Patrícia Rossini, professora e pesquisadora do departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, o uso das redes sociais é estratégico para os agentes políticos. "O que torna essas redes tão influentes e, portanto, tão estratégicas do ponto de vista da comunicação política é essa questão de que você pode influenciar a agenda de cobertura da imprensa, fazer notícias e chamar a atenção", explicou. A possibilidade de ter uma publicação retirada do ambiente digital e repercutida nas páginas dos jornais, rádio e TV, para a pesquisadora, é o grande ponto de ser influente hoje.

Segundo a pesquisadora, o fato de alguns parlamentares terem mais destaques nas redes do que outros pode ser justificado pelo conteúdo veiculado, com a publicação de mensagens polêmicas. "Se as vozes que são mais visíveis nas redes sociais são vozes que estão na busca de uma lacração e cortina de fumaça e se essas vozes são frequentes e influenciam a cobertura jornalística, você pode acabar tendo uma visão da realidade muito distorcida por ter sido influenciada por atores com agendas específicas, mostrando versões que não são muito ligadas à realidade", alertou.

Partidos

A pesquisa mostra ainda que, pelo terceiro ano consecutivo, o PSL ocupou a posição de bancada mais influente nas redes sociais. A segunda posição cabe ao PT novamente, assim como em 2020. Em terceiro, aparece o PL, que subiu 9 posições em comparação aos dados do ano passado. Segundo a pesquisa, esse crescimento do PL já é consequência da filiação do presidente Jair Bolsonaro e aliados ao partido. Para chegar nesses dados, o FSBinfluênciaCongresso avaliou conjuntamente o desempenho agregado de cada bancada nas redes sociais.

Interações

Todos os conteúdos publicados por deputados e senadores nas redes sociais registraram 2,8 bilhões de interações, uma média de 7,68 milhões de interações por dia ou 5,3 mil por minuto. Em comparação com o ano anterior, os números de 2021 mostraram um crescimento de 27%.

O Instagram marcou o maior crescimento no total de interações, que subiu de 599,8 milhões em 2020 para 1,22 bilhão no ano passado. O Twitter apresentou um crescimento de 2%, enquanto o Facebook registrou uma queda de 3%.

Metodologia

A pesquisa FSBinfluênciaCongresso monitorou as publicações dos deputados federais e senadores de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021 e comparou com o mesmo período de 2020. O monitoramento também coletou e analisou o grau de engajamento de todas as publicações feitas pelos parlamentares em três redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).

Segundo Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, o indicador da pesquisa não leva em consideração o 'sentimento' das interações, como a diferenciação de comentários pró ou contra dos seguidores dos parlamentares. Entretanto, o pesquisador afirmou que as ferramentas utilizadas conseguem identificar alguns padrões de bots, e o conteúdo é filtrado para evitar resultados artificiais. A FSB diz não prestar serviço a políticos nem partidos.

Entre os 100 nomes na lista de pessoas mais influentes de 2021, publicada nesta quarta-feira (15) pela revista Time, está a empresária Luiza Helena Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza. O texto de apresentação da administradora ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando as teorias de que seu nome está sendo cotado para compor a chapa petista no ano que vem.

“Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisseia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor”, diz o texto de Lula, publicado em inglês no site da revista. Trajano aparece na categoria “Titãs”, ao lado da atleta Simone Biles e de Shonda Rhimes, dramaturga.

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O ex-chefe do Executivo também fez questão de destacar a atuação de Luiza durante a pandemia. “Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação”, continuou.

Em fevereiro deste ano, o vice-presidente do PT, Washington Quaquá, chegou a afirmar, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a presença de Trajano na chapa presidencial de 2022, como vice, seria uma uma forma de se “reconectar” com o setor produtivo e com o eleitor de centro. À época, contudo, a empresária negou o interesse no envolvimento político.

Leia, a seguir, o que Lula escreveu sobre Luiza Trajano:

"Em um mundo de negócios ainda dominado por homens, a brasileira Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma loja única em 1957, em um gigante do varejo com dezenas de bilhões de dólares. É uma grande conquista - uma entre muitas.

Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação. Ela também foi uma defensora vocal da igualdade, criando o Mulheres do Brasil, um grupo apartidário de mais de 95.000 mulheres que trabalham para construir uma sociedade melhor e apoiar as vítimas de violência doméstica. E, no final de 2020, em um esforço para promover a inclusão dentro do Magazine Luiza, ela lançou um programa de trainees que oferece oportunidades para os afro-brasileiros.

Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisséia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor."

 

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A eleição em 2020 para prefeito de Belém foi acirrada. A diferença entre o delegado Everaldo Eguchi, alinhado com a direita política, e o professor Edmilson Rodrigues, representante dos partidos de esquerda, foi de apenas 3,52%. O embate era quase uma retomada da eleição de 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito. Tanto o delegado quanto o capitão reformado do Exército não eram de partidos políticos fortes e também tiveram pouquíssimo tempo de propaganda política gratuita. O que explica o desempenho da campanha eleitoral de Eguchi?

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Essa foi a pergunta que a jornalista, mestre em Ciência Política e professora da UNAMA - Universidade da Amazônia (UNAMA) Rita Soares e o jornalista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Mário Messagi Júnior tentaram responder no artigo “Ativismo social conservador no processo eleitoral”. O artigo faz parte do livro digital "Eleições 2020: Comunicação Eleitoral na Disputa para Prefeituras", organizado pelo Grupo de Pesquisa Comunicação Eleitoral (CEL) da Universidade Federal do Paraná e lançado durante a 9ª edição do Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica), que ocorreu entre os dias 24 e 28 de maio.

De acordo com a pesquisadora, a campanha de Eguchi foi alavancada pelas redes sociais. A equipe de comunicação do delegado o colocou como uma pessoa que cumpria requisitos dos grupos conservadores. A partir disso, pessoas influentes nesse meio o reconheceram como líder e divulgaram a ideia para seus seguidores.

“Um exemplo foi o pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus, que vai se apresentar ao lado dele (Eguchi), bater foto com ele, vai anunciar publicamente o apoio. Uma vez que o pastor anuncia, todas as igrejas evangélicas, com exceção da Universal do Reino de Deus, que tinha seu próprio candidato, vão apoiá-lo. Ele passa a ser o legítimo representante dessas agremiações”, disse a profesora Rita.

Para Rita, o artigo mostra a importância das mídias digitais nos processos eleitorais. "Isso a gente já sabia desde 2018, mas novos estudos têm demonstrado como isso ocorre, ou seja, têm comprovado cientificamente, a partir das análises das campanhas, como isso se dá. Não é mais um achismo”, explicou.

A professora esclarece que a fórmula já foi usada antes nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, que elegeram Donald Trump, e em 2018 no Brasil, quando Jair Bolsonaro foi eleito. Entretanto, essa estratégia deve se popularizar mais nas próximas campanhas, pois está cada vez mais clara a importância do uso das redes sociais para o êxito nas eleições. 

“O horário eleitoral gratuito está perdendo a hegemonia. Agora, o que vai ter um peso cada vez maior é a forma como esses candidatos se apresentam e são apresentados pelos outros nas redes. A gente seguramente pode dizer que ele (Eguchi) foi o que melhor fez uso da ferramenta e esse paradigma deve ser observado por candidatos nas próximas eleições”, afirmou a pesquisadora.

Por Sarah Barbosa. 

O Facebook informou nesta quinta-feira (6) ter retirado nove campanhas enganosas on-line, já que empresas de marketing têm feito negócios com o uso de contas falsas para influenciar opiniões.

As campanhas se dirigiam a pessoas de Azerbaijão, República Centro-africana, México, Palestina, Peru e Ucrânia, segundo a gigante das redes sociais.

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"Todas as organizações se dirigiam principal ou exclusivamente ao público de seus próprios países", disse o chefe de política de segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, durante coletiva de imprensa.

"A Ucrânia é um exemplo interessante; é uma das principais fontes de atividade coordenada de comportamento inautêntico", comentou.

O Facebook desmontou duas campanhas diferentes neste país que usavam contas falsas.

Uma delas foi descoberta a partir de uma investigação do FBI e estava vinculada a ucranianos sancionados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por outra campanha para influir nas eleições presidenciais, segundo Gleicher.

"Enquanto alguém apontava às eleições nos Estados Unidos, esta campanha em separado estava funcionando na Ucrânia, promovendo conteúdo antirrusso", disse o chefe da equipe de Inteligência sobre ameaças globais do Facebook, Ben Nimmo.

Segundo ele, as operações ucranianas promoveram posições de vários políticos e partidos, o que indica que foram obra de empresas de publicidade ou de marketing contratadas.

"Pensam nestas operações como possíveis mercenários da influência, alugando apoio", disse Nimmo.

Enquanto o Facebook toma medidas contra as contas falsas, seus autores têm estado tentando a sorte nos serviços de mensagens instantâneas como WhatsApp e Telegram, disseram os executivos.

Segundo Gleicher, no último ano houve uma tendência constante de "atores de ameaças" que tentam chegar às pessoas diretamente nas plataformas de mensagens do Facebook e outras.

"Apesar desta mudança, continuam sendo pegos", disse.

Um total de 1.656 contas do Facebook e 141 de Instagram foram eliminadas em abril por infringir as normas sobre comportamento inautêntico coordenado, segundo a empresa sediada na Califórnia.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registraram aumentos de preços em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A única queda foi em Comunicação, um recuo de 0,04%, enquanto Educação mostrou estabilidade (0,00%). Os avanços ocorreram em Alimentação e bebidas (0,36%), Artigos de residência (0,55%), Transportes (1,76%), Saúde e cuidados pessoais (0,44%), Despesas pessoais (0,05%), Vestuário (0,17%) e Habitação (0,45%).

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O grupo Saúde e cuidados pessoais contribuiu com 0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,60% do IPCA-15 de abril. O avanço foi impulsionado pela alta do plano de saúde (0,66%) e dos produtos farmacêuticos (0,53%). No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica, lembrou o IBGE.

O resultado do IPCA-15 em abril foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais elevada foi a de Brasília (0,98%), enquanto a mais branda foi registrada na região metropolitana de Belém (0,39%).

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para apurar possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração e Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Jair Renan teria recebido um carro elétrico de representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, avaliado em R$ 90 mil, conforme informações divulgadas pelo jornal O Globo. Um mês após a doação, em outubro do ano passado, a empresa conseguiu agendar um encontro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do qual também participou Renan.

A proximidade de Renan com a Gramazini e outras companhias despertou a atenção do Ministério Público Federal (MPF), que instaurou um procedimento preliminar para apurar "possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro".

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O advogado Frederick Wassef, que representa Renan, negou a acusação de tráfico de influência contra o filho "04" de Bolsonaro. Wassef, que representa também o irmão mais velho de Renan, Flávio Bolsonaro, disse que o jovem não possui nenhum carro, nem foi presenteado.

"Fui constituído como advogado de Jair Renan para defendê-lo e vou requerer cópia na íntegra desse processo. Não tem nenhum carro, ele nem atuou para abrir porta para ninguém. Jair Renan nem sabe da existência desse carro. Ele não tem carro nenhum, inclusive. É mais um ato para atingir o presidente da República", disse Wassef ao Estadão.

Não é a primeira vez que a atuação de Jair Renan junto a empresas chama a atenção. Em dezembro do ano passado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que o "filho 04" do presidente fosse investigado por eventual crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

O pedido do parlamentar teve como base reportagens da revista Veja e do portal UOL a respeito da empresa de Renan. Dentre os episódios narrados, há um em que o jovem levou um empresário do Espírito Santo para uma reunião com o ministério do Desenvolvimento Regional, intermediado por um assessor do Planalto.

O filho do presidente também teria intermediado junto ao governo uma redução no IPI do setor de videogames. Renan é "gamer" e, em agosto do ano passado, participou de reunião com o secretário de Cultura, Mário Frias, para tratar do "futuro dos e-Sports". A isenção do IPI para o deve resultar numa renúncia fiscal de mais de R$ 80 milhões até 2022.

Procuradas pela reportagem, a Gramazini Granitos e a Mármores Thomazini não responderam até a publicação desta reportagem.

A Procuradoria Nacional Financeira (PNF) francesa está investigando o ex-presidente Nicolas Sarkozy por suposto "tráfico de influência" por suas atividades de consultoria na Rússia, informaram à AFP fontes próximas ao caso.

Esta semana, um meio de comunicação francês, Mediapart, publicou que a justiça investiga desde o verão (boreal) do ano passado os motivos pelos quais Sarkozy recebeu remuneração de uma seguradora russa, a Reso-Garantia.

A informação representa um problema jurídico adicional para o ex-presidente, que foi julgado em dezembro por outro suposto delito de corrupção e tráfico de influência, cuja sentença será anunciada em 1º de março.

Sarkozy foi o primeiro ex-presidente da França desde o estabelecimento da Quinta República (1958) a sentar-se fisicamente no banco dos réus.

Antes dele, apenas Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, foi julgamento e condenado por desvio de verbas públicas, cometido quando era prefeito de Paris, mas devido a problemas de saúde, ele nunca compareceu perante a corte.

Os projetos dos principais nomes cotados para disputar a Presidência em 2022 tiveram impacto direto na escolha dos candidatos, montagem das chapas, composição das alianças e definição de estratégias de campanha nas eleições para a Prefeitura de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador João Doria (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) influenciaram decisivamente na definição do quadro eleitoral da maior cidade do Brasil sabendo que o resultado do pleito paulistano terá efeitos em 2022.

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Líder nas pesquisas, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) só topou disputar pela terceira vez a prefeitura após receber uma sinalização de apoio de Bolsonaro. Depois de duas eleições nas quais despontou na frente, mas não chegou nem sequer ao segundo turno, Russomanno negociava ser vice na chapa do prefeito Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, mas mudou de ideia depois de um encontro com Bolsonaro.

No primeiro debate entre os candidatos, realizado pela Band, o candidato se escorou no presidente para tentar viabilizar sua principal promessa, a criação de um auxílio emergencial paulistano nos moldes do programa do governo federal.

Covas, segundo colocado, era vice de Doria, apontado como um dos principais adversários de Bolsonaro em 2022. A escolha do vereador Ricardo Nunes (MDB) para ser seu vice faz parte da estratégia do governador de montar uma aliança com MDB e DEM para a disputa presidencial.

O acordo fechado entre estes partidos pela reeleição de Covas é parte de uma articulação nacional que envolve apoio único à presidência da Câmara dos Deputados e à construção de uma frente ampla contra Bolsonaro em 2022. "Um passo de cada vez. Após as eleições deste ano teremos uma indicação mais clara da força dessa união, que, no plano nacional, integra PSDB, MDB e DEM", disse Doria na convenção tucana.

"A aliança para eleger o Bruno Covas se reproduz na eleição e na sociedade", afirmou Marco Vinholi, presidente do PSDB paulista e aliado de Doria. Em reserva, os tucanos apostam na eleição do prefeito para frear o bolsonarismo na capital e abrir caminho para a construção de aliança em torno de Doria para presidente e Rodrigo Garcia (DEM) para governador.

O vice-governador paulista vai assumir o cargo por pelo menos oito meses caso Doria entre na disputa presidencial. Doria será usado com moderação na campanha de Bruno Covas à reeleição. Os estrategistas do prefeito reconhecem que a imagem do governador está desgastada na capital, mas avaliam, com base em pesquisas qualitativas, que o eleitor paulistano aprecia que Covas tenha uma boa relação com o Palácio dos Bandeirantes.

Para Doria, a vitória de Bruno significaria uma derrota do bolsonarismo "pelo centro" e o isolamento do presidente no maior colégio eleitoral do País.

"Por trás dos dois candidatos mais fortes hoje, de acordo com as pesquisas, estão Bolsonaro e Doria. Bem ou mal Bruno Covas, por mais que tenha se descolado, é identificado com o Doria, foi o vice do Doria que é o principal antagonista do Bolsonaro em São Paulo. Essa lógica está muito forte na eleição municipal",disse o cientista político Carlos Mello, professor do Insper. "Além disso, a questão da pandemia, que é uma questão nacional, também vai aparecer. Sobretudo porque o enfrentamento da covid-19 pressupõe políticas públicas que estão no âmbito do município. Educação, saúde, assistência social, cadastro."

Guilherme Boulos (PSOL), o mais bem colocado entre os nomes da esquerda que disputam a Prefeitura, foi candidato a presidente em 2018. Ele e o PSOL tentam ocupar o espaço deixado pelo PT no campo progressista e um bom desempenho na eleição municipal pode cristalizar esta imagem. Caso chegue ao segundo turno, espera ter o apoio dos demais partidos da esquerda criando condições para uma ampla frente progressista em 2022. Em eventos de campanha ele tem repetido o mantra de que pretende transformar São Paulo na "capital da resistência" e que a "derrota de Bolsonaro começa aqui".

Além disso, Boulos tem sido até aqui o candidato que mais explora temas nacionais na campanha e também usa a disputa municipal para atacar Doria. "Não tem como não abordar questões nacionais em uma eleição que acontece durante um governo como o do Bolsonaro. Nosso foco é total na disputa do município, mas é possível criar um polo de resistência no País no qual a gente possa se colocar contra o Bolsonaro em nível nacional", disse o coordenador da campanha de Boulos, Josué Rocha.

O ex-governador Márcio França (PSB), que disputou o segundo contra Doria em 2018, tem o apoio do PDT de Ciro Gomes. PSB e PDT fecharam alianças em diversas capitais cujo foco é 2022.

Em São Paulo, tanto França como Russomanno têm o potencial de ser um entrave para as ambições presidenciais de Doria, o que ajudaria Bolsonaro. "Penso que o Bolsonaro tenha identificado no Doria o adversário dele para lá na frente. E, sinceramente, acho que ele está certo. Porque ele (Doria) já montou uma engenharia que contém três partidos grandes e que não é para agora, mas para (as eleições de) 2022. DEM, PSDB e MDB. Isso sozinho já dá um tempão de televisão", disse França ao Estadão no evento que selou a aliança entre PSB e Avante, no final de agosto.

"Vamos supor que eles (do PSDB) ganhassem nas 644 cidades (paulistas) do interior, mas perdessem em São Paulo. A leitura brasileira seria que o Doria foi derrotado. Porque São Paulo é tão relevante que, quando você ganha aqui, isso tem repercussão no Brasil", concluiu na ocasião. O vice de França é o pedetista Antonio Neto.

O PT, que governou a cidade três vezes e o País por 15 anos, sofre para fazer decolar a candidatura de Jilmar Tatto a prefeito. Mas a escolha de Tatto também foi influenciada por 2022. Nome mais competitivo do partido, o ex-prefeito Fernando Haddad, segundo colocado na eleição presidencial de 2018, se recusou disputar a Prefeitura de São Paulo. Um dos motivos alegados é que o ex-prefeito deve ser poupado para 2022, quando pode voltar a concorrer à Presidência caso Lula não tenha condições. A decisão contou com o apoio do ex-presidente.

O isolamento do PT em São Paulo e várias outras cidades importantes também é resultado da estratégia de Lula para 2022. Ele orientou o partido a lançar candidatos próprios no maior número possível de municípios com segundo turno, mesmo que isso signifique poucas chances de eleição. Lula quer usar o horário eleitoral na TV para defender o PT e a si mesmo, reduzir o antipetismo resultante da Lava Jato, atacar Bolsonaro e pavimentar o caminho para 2022. Ele e Haddad estão gravando participações nos programas de centenas de candidatos petistas. O ex-prefeito já gravou para mais de 200 deles.

O embate do procurador-geral da República, Augusto Aras, com as forças-tarefa da Lava Jato reforçou a polarização existente no Supremo Tribunal Federal (STF) entre a ala que reprova a postura dos procuradores e a que defende os métodos da operação. Enquanto Aras tenta enquadrar a "República de Curitiba", uma série de mudanças dentro do Supremo deve afetar nos próximos meses a correlação de forças entre esses dois grupos.

A Segunda Turma - formada por cinco dos 11 ministros - evidencia as divisões internas do Supremo: de um lado, o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e Cármen Lúcia costumam votar a favor de medidas da operação e pela condenação de réus; de outro, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes tendem a se manifestar contra os interesses da operação e são mais propensos a ficar ao lado dos investigados.

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Muitas vezes cabe ao decano do STF, Celso de Mello, dar o voto decisivo que define o placar.

Celso se aposenta compulsoriamente em 1.º de novembro, quando completa 75 anos, abrindo a primeira vaga na Corte para indicação do presidente Jair Bolsonaro.

Na sessão da terça-feira passada da Segunda Turma, diante da ausência de Cármen e Celso, Fachin se viu isolado e foi derrotado em dois julgamentos que envolviam pedidos de Lula.

A sessão foi marcada pelos votos de Gilmar e Lewandowski contra a atuação do então juiz Sérgio Moro na 13.ª Vara Federal de Curitiba.

As declarações dos dois magistrados sinalizam que ambos devem apontar a suspeição de Moro em outro julgamento, o que analisa a conduta do ex-juiz ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá. Cármen e Fachin já votaram contra declarar Moro parcial, mas ainda faltam os votos de Gilmar, Lewandowski e Celso de Mello.

A discussão, iniciada em dezembro de 2018, não tem data para ser retomada.

Transferência

A abertura de uma vaga na Segunda Turma, com a aposentadoria de Celso, reacendeu as especulações no tribunal de que eventualmente um ministro da Primeira Turma seja transferido para a Segunda. Isso serviria para preencher internamente a vaga do decano no colegiado - e poderia evitar que o nome que vier a ser escolhido por Bolsonaro integre o grupo que discute casos ligados à Lava Jato.

Em um movimento parecido, em 2017, Fachin migrou da Primeira para a Segunda Turma, depois do acidente aéreo que levou à morte de Teori Zavascki.

Só depois que Fachin foi transferido de Turma e confirmado como o novo relator da Lava Jato é que o então presidente Michel Temer oficializou o nome de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori. Moraes acabou indo para a Primeira Turma.

O Supremo costuma obedecer ao critério de antiguidade nesses casos. "Não me permito ser usado para formar certo colegiado. Por isso, tendo preferência, não migrei em passado recente. Que os demais integrantes da Primeira Turma digam por si", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro Marco Aurélio Mello.

Quando Celso se aposentar, o segundo integrante da Primeira Turma mais antigo será Dias Toffoli. O atual presidente do Supremo vai compor o colegiado assim que deixar o comando do tribunal e passar o bastão para Fux.

Depois de ser bombardeado por críticas durante a sua presidência, Toffoli sinalizou a interlocutores que não pretende migrar para a Segunda Turma, onde poderia se somar a Lewandowski e Gilmar Mendes, fortalecendo o grupo contrário à Lava Jato.

Perfil

A primeira mudança no STF que deve afetar a Lava Jato ocorrerá em setembro, quando o ministro Luiz Fux - considerado um aliado de Curitiba - assume a presidência do tribunal. No comando da Corte, Fux terá o poder de definir os processos que serão analisados pelos 11 colegas nas sessões plenárias, além de analisar casos urgentes durante os movimentados plantões do Judiciário.

"Em razão do histórico das suas decisões, Fux é muito alinhado à Lava Jato, e como ele é o responsável pela pauta, provavelmente vai sentir o momento correto para colocar em julgamento cada uma das ações que entender pertinentes", disse o advogado Roberto Dias, professor de Direito Constitucional da FGV São Paulo. "Para a força-tarefa da Lava Jato, é uma boa notícia a chegada dele à presidência."

Segundo mensagens privadas divulgadas pelo site The Intercept Brasil, o então juiz Moro escreveu ao procurador Deltan Dallagnol: "In Fux we trust (em Fux nós confiamos, em inglês)". O comentário teria sido feito após Dallagnol relatar a Moro o teor de uma conversa na qual discutiu com o ministro do Supremo a importância de proteger as instituições.

Evangélico

O futuro da Lava Jato no STF também será influenciado pelo nome que vier a assumir a cadeira de Celso de Mello. Bolsonaro já disse que quer um ministro "terrivelmente evangélico" para a vaga - o ministro da Justiça, André Mendonça, é um dos favoritos para a indicação.

Nos últimos meses, ele tem sido questionado. Recorreu à Lei de Segurança Nacional para processar críticos de Bolsonaro e sua pasta organizou um relatório com nomes de opositores do governo.

Para Roberto Dias, Bolsonaro não era um candidato "verdadeiramente pró-Lava Jato".

"Fica difícil dizer que o ministro que será nomeado vai se alinhar a Fachin ou a Gilmar. Pelo que vimos nos últimos meses, é possível que nomeie um ministro que seja contra a Lava Jato", avaliou o professor da FGV. 

O empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou, na primeira entrevista que concedeu após ser solto em dezembro de 2017, que a construtora se instalou em Cuba a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao falar para o jornal Folha de São Paulo, Marcelo, que comandou a Odebrecht até 2015 quando foi preso, também negou que haja algum tipo de 'caixa-preta' da empresa no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Questionado sobre como se deu a expansão internacional da Odebrecht para países alinhados politicamente com o governo brasileiro, como Cuba, Venezuela e Angola, Marcelo disse que existiu uma orientação de Lula apenas para Cuba.

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"Eu diria que, nesses 20 anos, só uma exportação teve uma iniciativa por parte do governo brasileiro e que, apesar da lógica econômica por trás, teve uma motivação ideológica e geopolíticas, que foi Cuba. Em todos os países, nós íamos por iniciativa própria, conquistávamos o projeto e buscávamos uma exportação de bens e serviços. Em Cuba houve um interesse do Brasil de ajudar a desenvolver alguns projetos. E aí, Lula pediu para que a Odebrecht fizesse um projeto em Cuba”, revelou. 

Segundo Marcelo, o pedido foi para que a empreiteira fizesse uma estrada  que estava deteriorada, após um desastre ambiental, e isso ajudaria na geração de emprego no país, mas a construtora decidiu fazer um porto. "A gente avaliou as oportunidades e identificou que o melhor para o Brasil, economicamente e do ponto de vista de exportação de bens e serviços, era fazer um porto em Cuba. A obra de um porto tem muito mais conteúdo que demanda exportação a partir do Brasil. Para fazer uma estrada ou casa, em geral, é mais difícil fazer exportação. No caso de um porto, tem estrutura metálica, maquinário, produtos com conteúdo nacional para exportar do Brasil", detalhou. 

O herdeiro do grupo Odebrecht admitiu ainda que não foi fácil escolher ir para Cuba, mas eles aceitaram. Já quando perguntado sobre interferências internacionais de Lula, ele disse que viviam um "dilema" com as viagens internacionais de Lula. "Ele vendia bem o Brasil. E na maioria dos países, a gente já estava havia mais de dez anos, 20 anos. Muito antes do Lula. E éramos a única empresa brasileira”, disse.

“A gente queria se beneficiar da ida do Lula para reforçar os links com países e, portanto, melhorar a nossa capacidade de atuar lá. Mas, ao mesmo tempo, quando Lula chegava ele não defendia só a Odebrecht. A gente se esforçava, passava notas para o Lula. Porque a gente fazia questão de deixar claro o que a Odebrecht já fez em outros países para Lula, Dilma e Fernando Henrique”, emendou.

BNDES

Marcelo também tratou durante a entrevista sobre o BNDES. O empreiteiro garantiu que a Odebrecht não tem nenhum tipo de 'caixa-preta' com o banco estatal. 

"O pessoal diz que o BNDES praticou políticas, principalmente de juros baixos e condições favoráveis de financiamento, que eram compatíveis com o mercado. Questionam o jatinho e constroem a história  de uma maneira espetaculosa... De fato, as condições gerais do BNDES, tanto de juros quanto de prazo, são muito melhores. Em relação ao mercado brasileiro, são distorcidas. Mas eram extremamente compatíveis com o que se praticava no resto do mundo", esclareceu. 

Segundo Marcelo Odebrecht, o BNDES financiava a exportação de conteúdo nacional para projetos do exterior, mas "nunca deu dinheiro para que se produzisse no exterior".  "A parcela de gastos no exterior tinha que ser bancada pelo cliente e outras fontes", explicou.

O receio de uma desaceleração global e a guerra comercial entre China e Estado Unidos, que se arrasta desde 2018, já seriam razões suficientes para diminuir o apetite por risco do investidor internacional. Além disso, o cenário vivido na América Latina, com suspeitas de fraude eleitoral na Bolívia, protestos no Chile e a eleição de Alberto Fernando e Cristina Kirchner na Argentina, contribuem ainda mais para a falta de confiança no mercado brasileiro.

"A situação da economia mundial andou de lado. A percepção de risco não mudou. De longe, o gringo vê a América Latina e os emergentes de uma forma só, parecida", diz o economista da corretora BTG Digital, Álvaro Frasson.

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Para o professor do Insper, Michel Viriato, o medo de recessão global é menor hoje do que há um ano, mas não pode sair do radar do investidor. "Se surgir uma tempestade internacional, o Brasil, que não se recuperou completamente, sofreria muito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cobertura exclusiva da primeira entrevista dada pelo ex-presidente Lula desde a sua prisão levou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a assumir o posto de mais influente senador do país em mídias sociais.

Os vídeos da conversa de Lula com os jornalistas Florestan Fernandes Júnior e Monica Bérgamo, exibidos nas redes de Humberto, alcançaram mais de cinco milhões de pessoas pelo Facebook somente na sexta-feira (26), data em que foram exibidos, e acabaram reproduzidos até nas redes da ex-presidente Dilma Rousseff.

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O alto alcance das postagens fez Humberto subir seis posições e colocou o senador petista no topo do ranking FSB Influência Congresso, que afere a performance dos parlamentares nas redes sociais.

O líder do PT, que cresceu quase 20 pontos percentuais, derrubou outros senadores com alto número de seguidores, como Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL); o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP); e o líder do PSB, Jorge Kajuru (GO).

"Nossas mídias sociais são um importante instrumento político de comunicação e interação com a população. Elas servem à difusão de conteúdo de qualidade e como mecanismo de informação aos nossos seguidores, para que acompanhem o nosso trabalho, a nossa atuação e fiscalizem as ações do governo", afirmou Humberto Costa.

Não é novidade que os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentam influenciar diretamente as decisões do pai sobre a condução do país e suas articulações políticas. Dos três, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSL), é quem mais aparenta se sobressair. Ele já foi protagonista de crise e mal estar entre o presidente e seus aliados. Agora, o foco de Carlos é o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB).

Desde a última segunda (22), as críticas e alfinetadas de Carlos contra Mourão se intensificaram no Twitter - rede social que o vereador usa constantemente para emitir opiniões políticas. E, apesar de Bolsonaro ter declarado que daria um ponto final nos disparos do filho, nesta quarta (24), questionou uma declaração de Mourão sobre a saída do ex-deputado pelo PSOL, Jean Wyllys, do país.  

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“Caiu no colo de Mourão algo que jamais plantou. Estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o Presidente. Qualquer um sabe que Jean Willians [sic] não saiu do Brasil por perseguição, mas por uma esperta jogada política cultural”, observou Carlos Bolsonaro, acrescentando uma manchete onde Mourão aparece dizendo que Wyllys não deveria ser deixado o país e pontuando que o Estado o “protegeria”.

Trinta minutos depois de voltar a incitar o vice, Carlos tentou amenizar a crítica em uma publicação seguinte: “Lembro que não estou reclamando do vice só agora e tals... São apenas informações! Não ataco ninguém, são apenas fatos que já aconteceram e gostaria de continuar compartilhando com os amigos”.

Mesmo amenizando, a mensagem que o filho do presidente deixa não é de apenas compartilhar informações. Nos bastidores, comenta-se que os ataques teriam a anuência do próprio presidente. Uma vez que Mourão, muitas vezes, tem adotado um tom conciliador e amenizado declarações e posturas polêmicas adotadas por Bolsonaro.

Vai e vem, Carlos critica a postura de algum ministro ou parlamentar aliado do pai. O vereador, inclusive, foi protagonista da crise que culminou na demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno (PSL). Ele chamou Bebianno de mentiroso, no caso das acusações sobre eventuais candidaturas laranjas do PSL. A postura chama a atenção dos políticos que já ressaltaram a negatividade da influência. Estudiosos da ciência política também já apontaram que a postura pode prejudicar o país.

Eleito em outubro passado com um forte discurso antipetista e na esteira do bolsonarismo, o governador João Doria (PSDB) passou a modular suas ações e declarações na tentativa de influir no debate nacional. O tucano parou de criticar sistematicamente o PT, se aproximou de governadores de esquerda e adotou uma distância regulamentar em relação a Jair Bolsonaro - e das crises provocadas pelo presidente.

Doria também enxergou uma janela de oportunidade na recente crise entre Executivo e Legislativo - que teve como ápice o tiroteio verbal entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - e adaptou sua agenda à temperatura do momento. Neste caso, a estratégia escolhida foi a de se apresentar como uma voz moderada.

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Um dia depois do bate-boca entre Maia e Bolsonaro, por exemplo, Doria recebeu no Palácio dos Bandeirantes o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). No dia 23 de março, um sábado, o próprio Maia foi a São Paulo visitar o governador em sua residência.

Nas últimas semanas, o tucano também recebeu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), jantou na ala residencial com três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - Dias Toffoli, Alexandre Moraes e Ricardo Lewandowski - e, diariamente, se reúne com comitivas de deputados de vários partidos.

O novo figurino destoa do Doria prefeito que chegou a aparecer em eventos públicos com roupa de gari ou bota de carpinteiro - o que gerou críticas mesmo de aliados. A iniciativa de deixar o cargo para disputar o Palácio dos Bandeirantes, a despeito das promessas de que terminaria seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo, foi outra ameaça à imagem de "gestor" confiável que ele sempre ressalta em suas intervenções.

Planalto

Aliados não escondem que no horizonte de Doria está a sucessão presidencial em 2022, tema sobre o qual ele diz não ser o momento de discutir. Nesse trajeto, além da mudança de estilo, Doria quer garantir o controle político do PSDB. O governador deve fazer o novo presidente nacional do partido - o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), no lugar do ex-governador Geraldo Alckmin.

Tenta ainda influir na condução nacional da sigla de forma a dar uma guinada à direita, mirando parte dos eleitores que garantiram a eleição de Bolsonaro à Presidência. A iniciativa tem a oposição de Alckmin e de outros caciques do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Na relação com Bolsonaro, ao mesmo tempo em que se apresenta como aliado leal do presidente e defensor de projetos como a reforma da Previdência - Doria diz que vai se empenhar para que a bancada federal do PSDB paulista vote a favor do projeto apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes -, tem mantido uma distância regulamentar do presidente. Em relação à própria reforma, a tese que Doria tem defendido nas conversas com políticos e empresários é que a mudança da Previdência tem de ser articulada com ou sem o Palácio do Planalto.

"Se o presidente deixar espaços em aberto, serão ocupados. Se o presidente não se aproxima do Maia, o Doria se aproxima. O vácuo na política jamais permanece vácuo. Sempre alguém ocupa", disse o sociólogo Luiz Bueno, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Doria fala em "tolerância" de ambas as partes. "Tanto o Rodrigo Maia como o Davi Alcolumbre já sabem que eles têm um papel preponderante nesse processo, que é levar adiante a reforma da Previdência, independentemente de lideranças do governo. Sem menosprezar a relação com o governo", afirmou Doria.

"Depois das rusgas, o presidente Bolsonaro compreendeu que é preciso ter um pouco mais de tolerância nessa relação com o Congresso, sem que isso signifique vilipendiar o seu sentimento. Ele sempre tem dito que não quer o ‘toma lá, dá cá’. Bolsonaro já percebeu que a generalização não é um bom caminho. Às vezes, depois de um choque térmico vem a recomposição em melhores condições."

Na avaliação do cientista político Humberto Dantas, professor da Uninove e pesquisador da FGV-SP, é natural que Doria se posicione como líder por ser governador de São Paulo. Mas, segundo ele, será preciso aprender com a história de outros líderes locais. "Qualquer governador paulista é candidato a presidente em potencial. Mas nenhum foi eleito desde a redemocratização", afirmou.

WhatsApp

A tentativa de aproximação com outros governadores começou ainda antes da posse. Depois da primeira reunião dos governadores eleitos com Bolsonaro, em novembro passado, o tucano sugeriu a criação de um grupo de WhatsApp para que eles se comunicassem sem a mediação de assessores.

Quatro meses e meio depois, o colegiado virtual segue ativo e com a participação dos 27 governadores. As interações são diárias e versam sobre temas que vão de pautas regionais até a reforma da Previdência. Nessas interações, Doria se tornou o principal mediador mesmo entre colegas de partidos antes atacados por ele. O tucano mantém uma relação amistosa com governadores como Camilo Santana (PT), Wellington Dias (PT) e Paulo Câmara (PSB).

"Doria, que é ligado à área empresarial, ocupou bem esse espaço nacionalmente de mobilizar parlamentares e governadores em torno da reforma da Previdência", disse o senador e ex-desafeto Major Olímpio, presidente do PSL de São Paulo e líder do partido no Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em primeiro mandato, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) desbanca figuras tradicionais da política no ranking dos 20 congressistas mais influentes nas redes sociais. Ele aparece como o terceiro com mais poder de mobilização no Twitter, no Facebook e no Instagram, atrás apenas de Joice Hasselmann e Eduardo Bolsonaro - ambos do PSL-SP.

Se não estão entre as lideranças que ditam a pauta do Congresso, os parlamentares "digitais" usam o poder que têm para pressionar colegas mais experientes por meio de milhares de seguidores. "Nas sessões, eu pego o celular e peço que pressionem os deputados", afirmou.

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Levantamento inédito do Instituto FSB Pesquisa obtido pelo Estado mediu a performance dos deputados e senadores na internet. Todos os 513 deputados e 81 senadores estão presentes em pelo menos uma das três redes de relacionamentos. No total, 100% estão no Facebook, 99,3% no Instagram (aplicativo que mais cresce no País) e 87,5% no Twitter.

Nos primeiros 20 dias de fevereiro, congressistas que postaram pelo menos um comentário nas redes sociais somaram mais de 108,5 milhões de seguidores. No período, foram 44,4 mil conteúdos.

As mensagens nas redes sociais já influenciaram na escolha do presidente do Congresso. A hashtag "ForaRenan" e a pressão para que senadores revelassem seus votos mesmo na sessão secreta levaram à derrota o senador Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pelo comando da Casa. Seu opositor, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está em 16.º na lista de mais influentes nas redes.

Líder do ranking, Joice Hasselmann tem a peculiaridade de usar dez aparelhos de celular. A pesquisa revela que ela sucede ao presidente Jair Bolsonaro como parlamentar mais influente nas redes. Já Eduardo Bolsonaro tem contas nas redes que interagem diretamente com as do pai e dos irmãos Flávio e Carlos. Joice tem 2,4 milhões seguidores no Facebook e Eduardo, 2,5 milhões. Estão atrás de Sargento Fahur, que movimenta uma página com 4 milhões de seguidores, o mesmo número da do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A página de Bolsonaro é acompanhada por 10 milhões de perfis. No Twitter, Eduardo tem 1,2 milhão de seguidores. Sargento Fahur é acompanhado por 377 mil e Joice, 295 mil.

O partido do presidente Jair Bolsonaro é a legenda com mais parlamentares influentes na pesquisa. O PSL tem seis congressistas no levantamento, seguido do PT (3) - a deputada e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), o deputado Paulo Pimenta (RS) e o senador Humberto Costa (PE). Na sexta posição geral no ranking, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é o senador mais influente da lista.

Na tarde da sexta-feira, 22, numa Câmara esvaziada, Sargento Fahur estava em seu gabinete movimentando suas redes sociais com mensagens sobre a questão da segurança pública. Ex-policial militar rodoviário, Fahur se elegeu como o deputado mais votado do Paraná - 314 mil votos -, com um discurso de defesa de linha dura no combate à criminalidade. O trabalho solitário poderia ser feito em Maringá, onde mora. Mas ele ouviu de um parlamentar antigo que sexta-feira é um bom dia para ser recebido por ministros e técnicos do governo para defender projetos de interesse de seus seguidores. "Viajar todo fim de semana é um gasto desnecessário. Aqui estou com meus eleitores", disse.

'Satisfação'

Os parlamentares que aparecem no ranking dos mais influentes fazem, muitas vezes, malabarismo para não desagradar às redes. "A minha responsabilidade é grande. Preciso dar satisfação para meu público. Às vezes, um projeto parece bom para o povo, mas não é", afirmou Fahur. "Minha vida está emparelhada às redes."

Entre 1.º e 20 de fevereiro, as postagens dos parlamentares petistas representaram 21,1% do total. O PSL ficou em segundo, com 12,6%. O partido de Bolsonaro, no entanto, foi o que mais conseguiu engajar seguidores. Do total de interações, o PSL aparece com 46,5%, à frente do PT (7,6%), PSOL (6,5%), PSD (5,5%), Podemos (5%), DEM (4,7%), PDT (3,7%), PP (2,9%) e PR (2,4%).

Para calcular a influência de cada parlamentar, a pesquisa levou em consideração o número de seguidores, a quantidade de publicações, o alcance das mensagens e o engajamento - curtidas, comentários e compartilhamentos - em cada uma das três redes sociais.

Com apenas 59 mil seguidores no Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é influente no Congresso e no governo, mas nem tanto nas redes sociais. No início do mês, Maia disse ao Estado que a influência da internet no Congresso é relativa, e depende do quanto o assunto é capaz de mobilizar a sociedade. "Os movimentos têm força quando têm apelo na sociedade."

Os deputados "digitais", segundo ele, também terão de aprender a trabalhar "offline". "Quando o youtuber vira deputado, ele começa a ser cobrado sobre soluções. O seguidor dele vai querer saber como é que ele ajudou o Brasil a sair da crise", observou Maia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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