Recife terá ato de mulheres contra Jair Bolsonaro

Manifestação será no próximo dia 29, com concentração partir das 14h na Praça do Derby, área central da capital pernambucana

por Giselly Santos qui, 13/09/2018 - 13:54
EVARISTO SÁ/AFP O candidato do PSL é líder nas pesquisas de intenções de votos e tem conquistado reações negativas entre as mulheres EVARISTO SÁ/AFP

A mobilização de um grupo no Facebook com mais de 1 milhão de mulheres que se colocam contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República vai sair do âmbito virtual e ganhar as ruas do país no próximo dia 29 de setembro. De acordo com a organização, o dia foi escolhido para a realização de manifestações do “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. No Recife, o ato será a partir das 14h, com concentração na Praça do Derby, área central da capital pernambucana.  

Segundo a doula Marina Moura, uma das organizadoras do ato no Estado, a intenção é reunir o maior número de mulheres possíveis para confeccionar cartazes contra a eleição de Bolsonaro, fazer discursos argumentativos e, por volta das 15h, sair em marcha pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes, até a Praça da Independência. 

“Assim como todas as mulheres envolvidas, esperamos que esse ato, possa conscientizar de alguma forma as mulheres, cis, trans, e toda a sociedade contra o machismo já instalado, e principalmente a forma que o candidato se comporta em relação a nós mulheres”, ressaltou Marina. “Já lutamos contra o machismo todos os dias, não aceitaremos ser representada por um machista [na Presidência]”, completou. 

Além do protesto contra Bolsonaro, durante o ato também ocorrerá a arrecadação de alimentos e brinquedos para as crianças. Outros atos também já estão marcados para acontecer no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

O candidato do PSL é líder nas pesquisas de intenções de votos, chegando a oscilar entre 22% e 33%. A mobilização dessas mulheres nas redes sociais contra ele ganhou ênfase nos últimos dias. O grupo no Facebook, além de diálogos sobre outras opções de candidaturas presidenciais, desabafos sobre atos de machismo e repressões sofridas por adeptos a Bolsonaro também são relatadas.

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