Tópicos | Mulheres unidas contra Bolsonaro

Mulheres de todo o país contrárias à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República vão às ruas neste sábado (29). Os atos, que recebem o título de “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, surgiram a partir de um grupo no Facebook que já reúne mais de 3,8 milhões adesões do gênero. Em Pernambuco, estão marcadas 13 manifestações em cidades descentralizadas. A maior delas, contudo, deve acontecer no Recife. A concentração está marcada para às 14h, na Praça do Derby, área central da capital pernambucana.  

O evento criado na rede social que convoca a participação no ato conta com 12 mil confirmações de presença e 18 mil menções de interesse. A mobilização, que segundo a organização é “suprapartidária”, deve sair em marcha, por volta das 15h, pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes, até a Praça da Independência. 

##RECOMENDA##

Em conversa recente com o LeiaJá, a doula Marina Moura, uma das organizadoras do ato no Estado, disse que a intenção é reunir o maior número de mulheres possível para repudiar a candidatura de Jair Bolsonaro. 

“Assim como todas as mulheres envolvidas, esperamos que esse ato possa conscientizar de alguma forma as mulheres, cis, trans, e toda a sociedade contra o machismo já instalado, e principalmente a forma que o candidato se comporta em relação a nós mulheres”, ressaltou Marina. “Já lutamos contra o machismo todos os dias, não aceitaremos ser representada por um machista [na Presidência]”, completou. 

Nessa quinta-feira (26), o Ministério Público de Pernambuco emitiu recomendações à Polícia Militar sobre a manifestação. No documento assinado pelo promotor de Justiça Westei Conde y Martin Junior, é recomendado que os policiais, a fim de evitar a consequente responsabilização administrativa, civil e criminal, devem atuar adequadamente na eventual utilização da força e no emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo.

“Deve ser, nos limites da lei, assegurada a todas as pessoas participantes do referido ato público a liberdade de expressão e manifestação do pensamento, sem sofrer nenhum tipo de violência ou embargo perpetrada por particulares e/ou agentes públicos”, considerou o promotor, pontuando que a recomendação tem como base o “acirramento dos ânimos” registrado em todo o país durante o período eleitoral.

Em Pernambuco, o repúdio à candidatura de Bolsonaro por parte do grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro” ganhou mais fôlego depois da “Marcha da família com Bolsonaro”, realizada no último domingo (23), na orla de Boa Viagem. O evento teve como trilha sonora o “Funk do Bolsonaro”, do MC Reaça, que chama as mulheres feministas de cadelas

Além do protesto contra Bolsonaro, durante o ato no Recife também ocorrerá a arrecadação de alimentos e brinquedos para as crianças. Outras manifestações também estão marcadas para acontecer em outras cidades brasileiras - como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre - e em outros 9 países - Alemanha, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França e Argentina. 

O candidato do PSL é líder nas pesquisas de intenções de votos, chegando a oscilar entre 22% e 33%. A mobilização dessas mulheres nas redes sociais contra ele ganhou ênfase no início de setembro. O grupo no Facebook, além de diálogos sobre outras opções de candidaturas presidenciais,  também são relatados desabafos sobre atos de machismo e repressões sofridas por adeptos a Bolsonaro.

A candidata à Presidência Marina Silva (Rede) criticou neste domingo, 16, o ataque por hackers ao grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" nas redes sociais, que já conta com 2 milhões de participantes, e defendeu a punição por "instituições que cuidam pela democracia".

Os hackers trocaram o nome do grupo para "Mulheres com Bolsonaro #17". Perguntada por jornalistas se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria interferir no caso, Marina respondeu que a intervenção deve ser de "todas as instituições que têm o mandato constitucional de defender a democracia".

##RECOMENDA##

"Os processos autoritários venham de onde vier, sejam de quem for, devem ser sempre repudiados e que as instituições tomem providências", completou a candidata. A nossa constituição assegura a liberdade de expressão, afirmou ela.

Marina afirmou que uma "visão política autoritária" está por trás dos hackers e que essas pessoas não respeitam a liberdade de expressão. A ex-ministra disse que durante a campanha de 2014 ela foi vítima de um ataque cibernético e esse tipo de crime está "ganhando proporção inaceitável" no Brasil e no mundo.

O Brasil, disse Marina aos jornalistas, se assemelha neste caso aos Estados Unidos, onde "grupos de intolerantes e antidemocráticos" quiseram influenciar as eleições. "Esse tipo de atitude é fruto de uma visão política autoritária e tem resquícios na ditadura."

Marina participou neste domingo de caminhada pelas ruas do bairro da Liberdade em São Paulo. Ela andou por mais de uma hora entre as barracas da tradicional feira de domingo do bairro japonês, parou em algumas delas e, durante o trajeto tirou fotos e selfies com populares e simpatizantes.

A mobilização de um grupo no Facebook com mais de 1 milhão de mulheres que se colocam contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República vai sair do âmbito virtual e ganhar as ruas do país no próximo dia 29 de setembro. De acordo com a organização, o dia foi escolhido para a realização de manifestações do “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. No Recife, o ato será a partir das 14h, com concentração na Praça do Derby, área central da capital pernambucana.  

Segundo a doula Marina Moura, uma das organizadoras do ato no Estado, a intenção é reunir o maior número de mulheres possíveis para confeccionar cartazes contra a eleição de Bolsonaro, fazer discursos argumentativos e, por volta das 15h, sair em marcha pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes, até a Praça da Independência. 

##RECOMENDA##

“Assim como todas as mulheres envolvidas, esperamos que esse ato, possa conscientizar de alguma forma as mulheres, cis, trans, e toda a sociedade contra o machismo já instalado, e principalmente a forma que o candidato se comporta em relação a nós mulheres”, ressaltou Marina. “Já lutamos contra o machismo todos os dias, não aceitaremos ser representada por um machista [na Presidência]”, completou. 

Além do protesto contra Bolsonaro, durante o ato também ocorrerá a arrecadação de alimentos e brinquedos para as crianças. Outros atos também já estão marcados para acontecer no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

O candidato do PSL é líder nas pesquisas de intenções de votos, chegando a oscilar entre 22% e 33%. A mobilização dessas mulheres nas redes sociais contra ele ganhou ênfase nos últimos dias. O grupo no Facebook, além de diálogos sobre outras opções de candidaturas presidenciais, desabafos sobre atos de machismo e repressões sofridas por adeptos a Bolsonaro também são relatadas.

Se por um lado o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), lidera as pesquisas de intenções de voto, por outro ele também tem enfrentado uma grande rejeição. Um dos grupos da sociedade que mais resiste ao deputado federal carioca é o de mulheres. Elas, inclusive, levaram a repulsão ao postulante para as redes sociais. Um grupo no Facebook já reúne mais de 1 milhão de usuárias sob a bandeira de “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. 

No ar há pouco mais de 10 dias, a comunidade dentro da plataforma é administrada por nove pessoas e tem 50 moderadoras que incentivam o debate e mobilizações contra a ascensão eleitoral de Bolsonaro. Nas regras de convivência entre elas, não é permitida a participação de homens e mulheres que sejam eleitores do deputado e a adoção de discurso de ódio político.

##RECOMENDA##

Apontando que o grupo é contra “o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”, a descrição da iniciativa ressalta a força da unidade feminina. 

“Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força. O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país!”, declara o texto.  

Além de diálogos sobre melhores opções de candidaturas presidenciais, desabafos sobre atos de machismo e repressões sofridas por adeptos a Bolsonaro, o grupo também está sendo utilizado para o incentivo a mobilizações e atos contra o candidato. Por exemplo, já há algumas marcadas para acontecer no dia 29 de setembro no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando