Paulo diz que não há urgência para falar com Bolsonaro
“Essas coisas não são tão rápidas, até porque não tem nada de urgente para se conversar”, disse o governador sobre o encontro
A esperada reunião entre o governador Paulo Câmara (PSB) e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), deve acontecer somente depois de mais uma cirurgia que o militar vai enfrentar, no final deste mês, desta vez para a retirada da bolsa de colostomia. “Essas coisas não são tão rápidas, até porque não tem nada de urgente para se conversar”, declarou nessa sexta-feira (11).
“Têm coisas que eu quero repassar e a gente entende que o mês de janeiro é um mês adequado para se analisar essas agendas. A gente sabe que o presidente vai se operar, então isso também deve estar complicando o agendamento, mas esperamos que tão passe esse período, ele possa nos chamar para conversar. É como falei: vamos pedir audiência para falar de Pernambuco, do Nordeste e como podemos ajudar o Brasil a voltar a gerar emprego e a gerar renda”, ressaltou.
Paulo defendeu uma relação institucional com o presidente. “Vou buscar, como governador, conversar com o governo federal, mostrar nossos projetos e a importância de terminar obras como a Adutora do Agreste e de começar outras como as adutoras que vão levar água para o Sertão”.
O governador ainda disse que vai mostrar a Bolsonaro a importância de “um olhar especial” para a região Nordeste. “Que foi a mais afetada por essa crise. Vamos fazer isso com muita institucionalidade, muito espírito público, pé no chão e serenidade”.
Apesar de usar o termo “serenidade”, durante discurso de posse, que aconteceu no último dia 1° de janeiro, Paulo Câmara ousou ao falar em um tom mais duro. Na ocasião, ele chegou a avisar, embora sem citar o nome de Bolsonaro, que Pernambuco “jamais” admitiu submissão a qualquer poder. “Mesmo os mais altos da República”, ressaltou. Ainda ressaltou que os brasileiros estavam precisando de paz.