Danilo Cabral: não há ações do governo para o Nordeste

O parlamentar cobrou da gestão do presidente Jair Bolsonaro projetos que busquem o desenvolvimento da região

qui, 11/04/2019 - 11:44
Sérgio Francês/Assessoria de Imprensa Sérgio Francês/Assessoria de Imprensa

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) cobrou ações práticas do governo Jair Bolsonaro (PSL) para a região Nordeste. Em discurso na Câmara dos Deputados, o pessebista disse que, em três meses de atuação, a gestão não sinalizou projetos para o desenvolvimento regional.

“A própria população já percebe a falta de atenção com a região. Basta ver que tem a maior rejeição, 39%, de acordo com a última pesquisa”, argumentou nessa quarta-feira (10).

De acordo com Cabral, a maneira como está sendo conduzida a relação federativa com o Nordeste, além de demonstrar desconhecimento da realidade local, desrespeita o pacto federativo e ameaça os avanços conquistados nas últimas décadas.

Segundo o deputado, no período de 2002 a 2015, houve uma expansão da economia do Nordeste superior a observada no Brasil. O PIB regional, contou ele, cresceu a uma média anual de 3,3%, enquanto o país obteve taxas médias de 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Isso não aconteceu por acaso, foi fruto de políticas públicas que levaram em consideração as diferenças regionais e não vitimizaram a região”, observou Danilo. “A agenda político-econômica que está em curso sinaliza para o desmonte da políticas sociais, afetando diretamente o Nordeste. Essa agenda representa a captura do Estado brasileiro pelo setor financeiro e pelos interesses de grandes grupos econômicos internacionais”, acrescentou.

Danilo Cabral disse ainda que o governo, na busca pelo equilíbrio fiscal, tem apostado todas as suas fichas na Reforma da Previdência. “E ela não assegura o equilíbrio das contas públicas no curto e médio prazos, essencial para a retomada da economia brasileira. Não negamos a necessidade de ajuste no sistema previdenciário, mas essa proposta não acaba com privilégios, ela joga as contas dos mais ricos nas costas dos trabalhadores mais vulneráveis”, afirmou, defendendo como alternativa a taxação de grandes fortunas e de lucros e dividendos.

COMENTÁRIOS dos leitores