Assessora negra do Juntas é vítima de racismo na Alepe
A mulher trabalha há três meses no local. As codeputadas estaduais acionaram a Superintendência de Segurança da Casa
Na manhã desta terça-feira (16), uma assessora negra do Juntas (PSOL) foi vítima de racismo ao ser barrada na entrada da Assembléia Legislativa de Pernambuco pelo segurança do local. A mulher - que teve a identidade mantida em sigilo - iria cobrir a reunião ordinária da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres.
De acordo com um texto compartilhado pelas codeputadas estaduais, a fotógrafa, que trabalha há três meses no local, foi abordada de maneira agressiva pelo policial, que questionou sua presença naquele local. Duas codeputadas da Juntas foram chamadas pela assessora. Segundo relatam, elas também acabaram sendo alvos de comentários machistas e racistas.
As cinco codeputadadas classificaram esse episódio como racismo institucional e acionaram a Superintendência de Segurança da Casa. "Não aceitaremos a naturalização da violência que pressupõe perfis adequados para estar numa casa parlamentar, que é a casa povo", escreve a assessoria da Juntas, que tem 50% de pessoas negras em sua formação, além de 70% do grupo ser integrado por mulheres.
As codeputadas estaduais lembraram os recentes casos de racismo institucional na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, quando as deputadas estaduais negras Mônica Francisco e Dani Monteiro, ambas do PSOL do Rio, foram barradas por seguranças quando tentavam acessar os espaços do local.