'Melhor não pagar de gostosão', diz Paulo Marinho a Flávio

Empresário trocou ataques com o senador nas redes sociais

sex, 03/07/2020 - 09:11
Pedro França/Agência Senado Flávio Bolsonaro disse que pedido no MPF está baseado em fofoca Pedro França/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e o empresário Paulo Marinho trocaram ofensas nas redes sociais após o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro pedir à Justiça a quebra de sigilos de assessores do parlamentar. No Instagram, Flávio chamou o ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "tiazinha do pulôver", enquanto o empresário sugeriu que o senador não pague de "gostosão" com os investigadores.

Paulo Marinho é suplente de Flávio. Ele denunciou que os assessores receberam informações privilegiadas da Polícia Federal durante o período eleitoral de 2018 sobre a Operação Furna da Onça, que mirava o ex-assessor Fabrício Queiroz.

Em publicação no Instagram, o filho do presidente disse que o pedido do MPF é baseado em uma fofoca do empresário. A foto usada na postagem traz a mensagem "O cara pediu a quebra de sigilo do meu ADVOGADO? Não sei que tesão é esse em mim..."

O suplente rebateu em sua conta no Twitter. "Não me permito debater com quem tem tanto a explicar para a Justiça, mas como você me convidou para ser seu suplente e conselheiro, fica aqui uma dica: melhor não pagar de 'gostosão' com os investigadores do MPF porque eu e você sabemos o que você fez no verão de 2018", escreveu.

Marinho acrescentou que o senador sabe o que a quebra de sigilo revelerá sobre a localização dos assessores durante o segundo turno das eleições. "Vai mostrar com clareza e veracidade do que você me relatou quando veio chorando à minha casa pedir ajuda".

"Quanto aos pullovers: quem aprecia muito o meu bom gosto é o seu pai, a quem eu presenteei com 3 e nunca mais os tirou. Em relação à referência homofóbica, espero que não crie mais problemas familiares para o senador", seguiu o empresário em uma terceira mensagem no Twitter.

Segundo a denúncia de Marinho, o filho de Jair Bolsonaro pediu indicação de advogados para defendê-lo no caso Queiroz. Flávio teria relatado que obteve informações privilegiadas da PF sobre a operação.

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