"Brasil tem que deixar de ser um país de maricas"

Foi o que o presidente da república, Jair Bolsonaro, disse ao ser perguntado sobre o risco de uma segunda onda de Covid-19, doença que já matou 162 mil pessoas no País

por Jameson Ramos ter, 10/11/2020 - 20:06
Isac Nóbrega/PR Jair Bolsonaro, o presidente do Brasil Isac Nóbrega/PR

Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, que aconteceu na tarde desta terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro aproveitou para falar sobre a pandemia da Covid-19 que, para ele, "foi superdimensionada". Além disso, ele alega que estão amedrontando os brasileiros com a segunda onda do vírus. "Tem que enfrentar, p*, é a vida", afirmou o presidente.

"Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio. Lamento pelos mortos, todos nós vamos morrer um dia, não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô - temos que lutar de peito aberto e lutar. A geração de hoje em dia é Toddynho, Nutella, Zap", diz o mandatário.

Bolsonaro reclamou que, como chefe de Estado, tinha que tomar decisões que não deixaram. "Nós temos que decidir e, decidindo, nós podemos acertar - não decidindo já erramos. O que faltou para nós, não foi um líder, faltou deixar um líder trabalhar", alega.

Mesmo tendo passado dois anos de sua eleição, o presidente parece que não superou a corrida eleitoral e falou: "imagina se tivesse sido o Haddad (candidato do PT na época) no meu lugar, ou tivesse o governador de São Paulo (João Dória) no meu lugar, como estaria o Brasil?", indaga.

O chefe do Executivo ainda aproveitou para alfinetar que, se não fosse presidente do Brasil, o país estaria igual a Argentina, "onde fecharam tudo". Alguns estão fugindo para o Rio Grande do Sul, será que vai se transformar em uma Roraima. Da Venezuela para Roraima e da Argentina para o Brasil", relata.

Para amenizar, Bolsonaro disse que a rivalidade com a Argentina deveria ser somente no futebol e "nada além disso". 

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