A articulação envolvia a disputa pela liderança da Câmara dos Deputados Marcos Corrêa/PR

Antes de pôr a tornozeleira eletrônica, o prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) seria indicado pelo partido para comandar o Ministério da Cidadania ou a Secretaria de Trabalho em 2021. A informação é da CNN. De acordo com a reportagem, o líder religioso da Igreja Universal teve o nome ventilado em dezembro, após perder a Prefeitura para Eduardo Paes (DEM).

Em uma movimentação conjunta, o Republicanos retirou a candidatura do deputado e presidente da sigla, Marcos Pereira, à presidência da Câmara dos Deputados para concentrar esforços na candidatura do deputado Arthur Lira (PP), o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A negociação teve a vaga ministerial concedida a Crivella como moeda de troca, diz a matéria.

A princípio, o cargo ficaria com o presidente do Republicanos, que teve a candidatura enfraquecida. No entanto, a bancada evangélica teria apelado em nome do prefeito carioca, aponta a CNN. Na primeira quinzena deste mês, Crivella teria se encontrado com Bolsonaro para alinhar seu futuro no Governo Federal, mas nada foi decidido na ocasião.

Na terça (22), o bispo da Universal foi preso sob acusação de chefiar um suposto esquema envolvendo desvios de recursos voltados ao turismo. A investigação indica a existência do 'QG da Propina', dentro da Prefeitura do Rio de Janeiro. Um dia após ficar recluso na Cadeia Pública José Frederico Marques, Crivella foi posto em prisão domiciliar.