Família de Élcio ganha proteção do Estado após delação
Um dos envolvidos na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes assumiu os crimes e deu detalhes sobre a execução
Preso desde 2019, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro usado para executar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes, em 2018, confessou participação no crime e delatou outros envolvidos. No acordo com as autoridades, ele negociou a proteção da família e a transferência para um presídio estadual, que não foi divulgado.
Outros presos pelos crimes são o também ex-policial Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, capturado nessa segunda (24).
No depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, Élcio apresentou detalhes fundamentais para subsidiar a continuidade das investigações. Ele disse que Lessa revelou que já havia tentado matar Marielle três meses antes do assassinato e que a placa do veículo usado na execução foi clonada e a antiga cortada e jogada na linha do trem.
Ainda no acordo de delação, o réu confesso apontou que a preparação do crime foi feita pelo aplicativo Confide, com três camadas de segurança, e que a ordem de assassinato foi intermediada pelo sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, morto há dois anos.