Nova armadilha Microsoft ajuda no combate ao Aedes aegypti
Dispositivo cilíndrico utiliza inteligência artificial avançada para identificar e matar apenas os mosquitos nocivos
A Microsoft é mais conhecida por seus softwares para computadores, mas a empresa também se aventura em campos da saúde. A sua mais nova empreitada é uma armadilha inteligente que é programada para capturar mosquitos e matar apenas aqueles que transmitem doenças nocivas, como o zika vírus, dengue ou chikungunya. O aparelho começará a ser testado no condado de Harris County, no Texas (EUA), em julho.
A armadilha é capaz de informar a que horas cada mosquito foi preso, bem como a temperatura, vento e umidade registrados enquanto o inseto ainda estava voando. Para reunir todas essas informações, o dispositivo cilíndrico utiliza dois pequenos microprocessadores, alimentados por uma bateria.
Estas informações ajudarão a Microsoft a compreender o comportamento dos mosquitos. Além disso, a empresa diz que está utilizando os mais recentes avanços do ramo da inteligência artificial para que o aparelho possa identificar que insetos transmitem doenças, deixando as espécies inofensivas livres.
A armadilha emite dióxido de carbono, substância que atrai os mosquitos. Quando um inseto entra na armadilha, uma luz infravermelha brilha sobre o ele. Dada a forma como ela é refletida, os pesquisadores da Microsoft esperam, eventualmente, serem capazes de identificar diferentes espécies.
No futuro, a Microsoft planeja utilizar drones para registrar fotos aéreas que serão analisadas posteriormente por computadores. Fatores como focos de água e vegetação detectados nas imagens podem ajudar a empresa a escolher os melhores locais para instalar novas armadilhas. A Microsoft explica que projeto não se destina a curar doenças.
Em vez disso, o objetivo é impedir que as pessoas fiquem doentes através da prevenção. "Isso não vai resolver o problema da zika ou a questão da dengue ou da chikungunya", disse o professor de microbiologia molecular e imunologia na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Douglas Norris, que está trabalhando na empreitada. "Mas espero que este projeto aumente nossa capacidade de detectar essas doenças", complementa.