'Não afeta a educação', diz Mendonça sobre a PEC 241
No programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro garantiu que a educação não sofrerá cortes com o teto de gastos públicos. Ele ainda prometeu o 'maior orçamento da história' para 2017
O ministro da Educação, Mendonça Filho, foi o entrevistado da noite desta segunda-feira (10), no programa Roda Viva, da TV Cultura. Entre os principais questionamentos feitos ao pernambucano, estavam a reforma do ensino médio, escolas integrais e o teto máximo de gastos públicos. Esse último, alvo de protestos de movimentos sociais, foi amenizado por Mendonça no que diz respeito à educação.
Questionado pelo jornalista Paulo Saldaña se a emenda constitucional poderá limitar os investimentos na educação, Mendonça Filho garantiu que não haverá cortes. “Não afeta diretamente a educação. Porque o teto é um limite geral de gastos para o setor público e dentro desse setor você tem várias áreas. Isso não significa dizer que, em termos práticos e objetivos, a educação será afetada. Ela pode até crescer. O teto vai garantir o mínimo de governabilidade econômica, que é condição essencial para que o Brasil volte a crescer controlando a inflação e garantindo empregos, aumentando os investimentos em educação”, declarou o ministro.
Mendonça Filho ainda estimou recursos financeiros para o próximo ano e, como de costume no seu mandato, falou do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “O orçamento de educação em 2016, que foi cortado pelo governo anterior em R$ 6,4 bilhões, nós repusemos R$ 4,7 bilhões e projeto para 2017 um orçamento que vai totalizar quase R$ 140 bilhões. Será o maior orçamento da história, o que é uma coisa muito significativa”, garantiu o gestor.
Na tarde hoje, a suspeita de cortes na educação levou dezenas de estudantes a um prédio do governo federal em São Paulo. Segundo transmissão da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ato foi contra a PEC 241. Entretanto, na noite de hoje, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição, que define um limite de gastos por 20 anos.
No total, foram 366 votos favoráveis à PEC e 111 votos contrários oriundos da oposição. Além disso, foram registradas duas abstenções.