Yane Marques: o perfil da maior pentatleta do Brasil

Chegando a sua terceira olimpíada, pernambucana está entre os favoritos ao ouro no Rio-2016

por Renato Torres qui, 18/08/2016 - 09:29

É impossível pensar em outra atleta com o tamanho que Yane Marques atingiu no Pentatlo Moderno. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Yane chega ao Rio de Janeiro com a experiência de quem foi mais longe na história do Brasil no esporte. Em Londres-2012, a pentatleta conquistou o bronze, primeira medalha do país na modalidade olímpica, e criou no público a esperança de uma atuação ainda mais grandiosa em 2016, no Rio.

Aos 32 anos, Yane Marques é sinônimo de vitórias. Difícil imaginar algo diferente assistindo a pernambucana sobrar em competições de alto nível. Curioso que a pentatleta poderia ter se tornado nadadora se não fosse o convite da Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno. Assim que foi fundada, em 2003, a entidade viu em Yane potencial para compor a equipe estadual. 

Logo tal expectativa se concretizou. No ano seguinte ao início dos treinos de hipismo, esgrima, tiro esportivo e corrida, a jovem venceu o Campeonato Nacional em Porto Alegre. O Pentatlo caiu no gosto de Yane. Em 2007, o ouro no Pan do Rio confirmou o que os treinadores já sabiam: Yane era uma excelente pentatleta. A partir daquele momento, as vitórias se tornaram rotina e as conquistas nos Jogos Militares em 2011 aumentaram a confiança dela.

Caminho até o Rio

A Prata no Pan de Guadalajara (2011) foi o último feito antes de Yane Marques cravar de vez seu nome na história do esporte. A conquista do bronze nas olimpíadas de Londres-2012 tornou Yane a única pentatleta brasileira medalhista em Jogos Olímpicos. O momento, inesquecível para a pernambucana, foi também o maior do Brasil no pentatlo moderno. 

Yane Marques chega ao Rio de Janeiro, ainda mais consagrada pelas conquistas do Sul-americano de 2014 e o Pan de Toronto, em 2015. Se preparando na cidade onde conquistou o ouro nos jogos pan-americanos há 13 anos, Yane tem status de favorita ao ouro. Nada mais justo para quem faz história desde o momento em que trocou uma vida junto da família, na modesta cidade do interior pernambucano, pelo sonho olímpico.

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