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Bicampeão mundial de ciclismo e medalhista olímpico, Rohan Dennis é acusado de provocar a morte de sua mulher, Melissa Hoskins, também campeã mundial na modalidade esportiva, na noite do último dia 30 de dezembro em Adelaide, na Austrália.

De acordo com informações da polícia australiana, o ex-ciclista teria, a bordo de um carro utilitário, atropelado e arrastado Melissa pela rua. Agentes locais acreditam que a mulher de Rohan pulou sobre o capô do veículo para segurar a maçaneta de uma das portas da frente. Nesse momento, a mulher teria sido arrastada até ser lançada ao chão, onde foi encontrada gravemente ferida.

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Melissa foi socorrida e levada a um hospital pelo próprio marido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade no dia seguinte. Rohan, por sua vez, foi preso após levar sua mulher até a unidade. No entanto, ele pagou fiança e responderá em liberdade pelas acusações de dirigir sem os devidos cuidados, direção perigosa e colocar a vida em risco.

O medalhista olímpico deverá comparecer ao Tribunal de Adelaide em março. Em janeiro, estava prevista a participação do casal na Tour Down Under, tradicional competição de ciclismo disputada na cidade do sul australiano. A organização do evento lamentou a morte de Melissa e, diante das circunstâncias, cancelou a participação de Rohan.

Rohan foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e conquistou o bronze nos Jogos de Tóquio, em 2021. Em 2018 e 2019, foi campeão mundial de contrarrelógio. Já Melissa foi quarta colocada olímpica em 2012 na categoria de perseguição por equipes. Três anos mais tarde, foi campeã mundial na mesma modalidade.

Melissa se aposentou do esporte competitivo em 2017, enquanto o marido abandonou as competições oficiais em 2023. Os dois haviam oficializado em 2018 a união, na qual tiveram dois filhos.

O ciclismo brasileiro está em luto. No último domingo, 27, Henzo Cristiano Lacerda Nascimento, de 13 anos, morreu durante prova de mountain bike no Campeonato Paranaense realizada na cidade de Manoel Ribas, na região central do estado. De acordo com a Federação estadual da modalidade, a morte foi por causa de um mal súbito sentido pelo atleta durante a competição.

"Henzo sempre foi um menino de destaque, excelente no que fazia e apaixonado pelo mundo do Mountain Bike. Ele representou Manoel Ribas em várias competições, trazendo medalhas e troféus para a sua cidade. [...] Fica aqui nossa homenagem a este jovem atleta que tinha um futuro brilhante pela frente", disse em nota a Secretaria de Esportes de Arapongas.

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De acordo com informações locais, um dos organizadores da prova que acabou com a morte de Henzo Cristiano Lacerda Nascimento era o pai do jovem ciclista, Cristiano Nascimento. Henzo era o segundo colocado no ranking estadual e disputava as competições pelo projeto Nascimento Mountain Bike, voltado para crianças a partir de sete anos.

Segunda a polícia civil presente no local da prova, a morte não terá investigação por não se ter nenhum indício de crime na competição em Manoel Ribas. A real causa da morte será divulgada após a parte científica da polícia da cidade analisar o corpo do jovem ciclista.

O ciclista Magnus White, atleta de Mountain Bike Cross Country, morreu atropelado, durante um treinamento para o Campeonato Mundial Júnior da modalidade. O acidente fatal aconteceu em Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos, neste domingo (30).

O atleta tinha 17 anos de idade e estava realizando um treino em preparação para o mundial quando foi atingido. Em nota, a Federação Estadunidense de Ciclismo lamentou a morte precoce do ciclista, que era tido como uma promessa na modalidade. O mundial tem data prevista para começar no dia 10 de agosto na Escócia.

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Confira a nota completa:

“É com o coração extremamente pesado que compartilhamos a notícia de que Magnus White, de 17 anos, faleceu em um acidente durante um treinamento. No domingo, 30 de julho, recebemos a notícia de que o atleta da seleção, Magnus White, foi atropelado por um carro durante um treino de bicicleta em sua casa em Boulder, Colorado. White estava focado em seus preparativos finais antes de partir para Glasgow, na Escócia, para competir no Campeonato Mundial Cross-Country de Mountain Bike Masculino Júnior em 10 de agosto de 2023”.

O ciclista suíço Gino Mäder morreu nesta sexta-feira, um dia depois de sofrer uma forte queda durante a disputa do Tour de Suisse. O atleta de 26 anos havia caído numa ravina depois de percorrer uma das descidas mais velozes da quinta etapa, a ser finalizada em La Punt, na Suíça.

"Gino perdeu sua batalha ao não conseguir se recuperar das graves lesões que sofreu", anunciou a equipe Bahrain-Victorious. "Apesar dos melhores esforços da fenomenal equipe do hospital, Gino não conseguiu superar seu maior e final desafio. E, às 11h30 (horário local), nós nos despedimos de uma das luzes mais brilhantes do nosso time."

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Os paramédicos haviam encontrado o ciclista imóvel dentro da água, após a forte queda, na quinta-feira. Eles fizeram uma reanimação cardiopulmonar (CPR) no atleta antes de ele ser transferido para o hospital através de um helicóptero.

"Nossa equipe toda está devastada por este trágico acidente. Nossos pensamentos e orações estão com a família de Gino e seus entes mais queridos neste momento de incrível dificuldade", afirmou a equipe do ciclista, em comunicado.

A morte de Gino foi anunciada cerca de 30 minutos antes do início da sexta etapa da competição, nesta sexta-feira. O início do trajeto foi adiado e os ciclistas fizeram um minuto de silêncio.

Após o acidente de quinta, o trajeto daquela etapa foi alvo de críticas por parte do belga Remco Evenepoel, um dos principais ciclistas da competição atual. "Embora uma chegada ao cume fosse perfeitamente possível, não foi uma boa decisão nos deixar terminar esta descida perigosa", lamentou Evenepoel. "Como ciclistas, também devemos pensar nos riscos que corremos ao descer uma montanha."

Um outro ciclista também caiu no mesmo local. O americano Magnus Sheffield sofreu uma concussão e hematomas e recebeu atendimento médico no hospital local.

Com duração de oito dias, o The Tour de Suisse é uma prova de preparação para a Volta da França, competição mais tradicional do ciclismo de estrada do mundo. A prova francesa, que atravessa outros países, será disputada em julho.

Antonio Tiberi, ciclista italiano de 21 anos, foi condenado por matar o gato de seu vizinho e ministro de Turismo de San Marino, Federico Pedini Amati, com um tiro de rifle. Ele terá de pagar US$ 4,25 mil (cerca de R$ 22 mil) e pode perder sua cidadania do pequeno enclave europeu localizado no norte da Itália. O atleta também foi suspenso por sua equipe, Trek-Segafredo, pelo período de 20 dias.

O caso aconteceu em junho do ano passado, mas ganhou repercussão nesta semana na imprensa italiana. Tiberi, que havia se mudado recentemente para San Marino, admitiu que testou seu rifle ao mirar na cabeça do gato do ministro. O animal morreu no local após ser baleado. O tiro acertou em cheio.

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"O gato não incomodava ninguém", disse o ministro ao jornal italiano Corriere della Sera."Está conosco há muito tempo. Minha filha Lúcia, de 3 anos, o adorava. Você não pode matar um animal de estimação e sair impune com uma multa apenas. Dito isto, não precisamos dar residência a essas pessoas." O caso foi julgado por um júri de San Marino.

"Lamento profundamente minhas ações vergonhosas. Atirar no gato foi algo tremendamente estúpido e irresponsável, cuja gravidade e perigo só percebi depois. Não quero dar nenhum tipo de desculpa. Aceito com responsabilidade e arrependimento as consequências e a culpa do meu ato. Se não falei publicamente sobre isso antes era apenas por causa de um forte sentimento de vergonha e arrependimento", escreveu o ciclista em seu Instagram nesta segunda-feira.

Nesta terça-feira, a equipe do ciclista também emitiu um comunicado oficial a respeito do caso, no qual anunciou a suspensão do atleta. "Se necessário, a equipe tomará outras medidas no futuro". Parte do salário de Tiberi será destinada a organizações de cuidado, proteção e resgate de animais. O ciclista também garantiu que doará a parcela de seus prêmios a instituições de San Marino que cuidam de gatos de rua.

"Infelizmente só posso seguir meu arrependimento com um gesto concreto e útil. Cometi um grande erro e acredito que a única coisa que posso fazer é agir para me redimir", afirmou o atleta. Tiberi é um dos fenômenos e promessas do ciclismo italiano. Em 2018, foi medalha de bronze no Campeonato Mundial Contrarrelógio Júnior; no ano seguinte, conquistou o ouro.

O ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard foi oficializado como o grande campeão da Volta da França na tarde deste domingo. Ele completou a última etapa, a 21ª, que teve como vencedor o belga Jasper Philipsen, em ritmo de festa nas ruas de Paris.

O atleta da Dinamarca quebrou um hiato de 26 anos sem que um ciclista do seu país vencesse a mais tradicional competição de ciclismo do mundo. Foi em 1996 que um dinamarquês venceu o tour pela última vez, com Bjarne Riis.

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Vingegaard, de 25 anos, teve como companhia no pódio o esloveno Tadej Pogacar, que havia conquistado as duas últimas edições do torneio, e o britânico Geraint Thomas, campeão em 2018.

A 109ª edição da Volta da França foi o evento mais rápido da história, pois teve uma velocidade média de mais de 42 km/hora.

A última etapa, entre La Défense e Campos Elísios, acabou com Jasper Philipsen como vencedor, com o tempo de 2h58min32s. O holandês Dylan Groenewegen terminou em segundo, enquanto o norueguês Alexander Kristoff fechou em terceiro.

Aposentado dos gramados desde 2011, Ronaldo Fenômeno voltará a fazer um esforço físico de alto nível a partir de domingo (5), quando irá se aventurar no ciclismo para pagar uma promessa. Ele prometeu que pedalaria até a cidade espanhola de Santiago da Compostela caso o Real Valladolid, clube do qual é dono, conseguisse subir para a primeira divisão do Campeonato Espanhol.

O acesso foi conquistado no final de semana passada. Na noite desta quinta-feira, o ex-atacante e atual proprietário do Cruzeiro anunciou, em uma live em seu canal da Twitch, que a promessa será cumprida. Ronaldo planeja completar uma rota de cerca de 522 km entre Valladolid e Santiago da Compostela em quatro dias, ao lado de sua mulher, Celina Locks.

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"Eu vou fazer domingo, para cumprir com uma promessa que fiz quando descemos para a segunda divisão. A promessa era que, se subisse para a primeira, eu faria o caminho de Santiago de Compostela de bicicleta, que é o que vou fazer a partir de domingo. Domingo sairemos de Valladolid. Minha mulher e eu sairemos do estádio. Vai ser uma média de 100 km por dia. Vou fazer em quatro dias. Estou amarradão de fazer", afirmou o Fenômeno.

Em interação com as pessoas que acompanhavam a transmissão ao vivo, o ex-jogador de 45 anos brincou ao ser questionado se a bicicleta utilizada seria elétrica. "Pode ser ou pode não ser. Vocês vão ver nos próximos dias", disse, rindo. Ele também explicou que levará uma equipe de apoio. "Obviamente, eu me permiti um pouco de comodidade. Estou levando uma equipe para caso aconteça alguma coisa. Uma logística é bastante importante, não é só levar uma mochila. Também vamos gravar um pouco de tudo".

No caminho, Ronaldo passará por Sahagún, León, Ponferrada e Monforte Lemos antes de chegar a Santiago da Compostela, destino tradicional de peregrinações cristãs. O plano é pedalar pouco mais de 100 km por dia para cumprir a rota.

A ciclista holandesa Amy Pieters acordou de um coma quatro meses após ter sofrido um grave acidente em um acampamento de treinos na região de Calpe, na cidade de Alicante, na Espanha. O hospital onde a atleta de 30 anos está internada divulgou nesta quinta-feira que ela se comunicou "rapidamente" e de maneira "não-verbal".

"Amy reconhece as pessoas, entende o que está sendo dito e é capaz de realizar cada vez mais tarefas", disse SD Worx, equipe de comunicação da atleta.

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Após o acidente, ocorrido no dia 23 de dezembro, Pieters foi submetida a uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro, sendo colocada em coma induzido. Ela foi transferida para a Holanda no dia 6 de janeiro. Durante a internação, a ciclista se manteve respirando sem a ajuda de aparelhos.

Ainda de acordo com a equipe da ciclista, os médicos ainda não conseguem afirmar "quais sintomas residuais e habilidades remanescentes que Amy Pieters terá como resultado da lesão cerebral". Desde fevereiro ela tem passado por um programa intensivo de reabilitação neurológica.

Especialista nas provas de pista, Amy Pieters detém três medalhas de ouro do Mundial de Ciclismo de Pista (2019, 2020 e 2021) e outras três de bronze do Campeonato Europeu. Em 2021, ela também venceu a segunda etapa do Women's Tour e a corrida de estrada nacional holandesa e a prova de Nakere Koerse, na Bélgica.

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Pedalar está em alta no Brasil. Segundo monitoramento realizado pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), só no primeiro semestre de 2021 o mercado de bicicletas registrou a média de 34% no aumento das vendas em comparação ao mesmo período no ano passado, em que o setor foi bastante afetado negativamente com o início da pandemia da covid-19 no país.

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"A 'brincadeira de criança' também é proveitosa e traz benefícios para nós durante a fase adulta. O ciclismo é uma atividade completa que, além dos aspectos ambientais, colabora para o desenvolvimento da saúde humana", explica o professor e doutor em Ciências Ambientais Paulo Pinho. “Quando comparada a outras formas de locomoção, ela se mostra como a mais eficiente no critério energético e a que menos impacta”, diz.

O educador reforça a importância da criação de infraestrutura para a segurança dos ciclistas como incentivo do uso das bikes e afirma que a sociedade também é fundamental nesse processo. “Todos nós somos corresponsáveis para a ampliação da utilização da bicicleta como meio de transporte não só para entretenimento, para lazer, mas também para o deslocamento cotidiano”, complementa. 

Há cerca de 10 anos, o professor de Artes Marciais Francisco Luiz Junior começou a pedalar pela necessidade de praticar uma atividade física. Porém, o pedal também lhe trouxe outra vantagem: a economia no consumo de gasolina. 

“Comecei a usar a bicicleta para fazer algumas coisas mais próximas de casa, algumas coisas mais rápidas, como ir ao açougue e à padaria, mercadinho, fazer uma compra pequena ou, às vezes, até dar uma volta pela orla da praia ou para a praça”, conta.

Ao optarmos pelo uso da bicicleta como meio de transporte, deixamos de emitir qualquer gás do efeito estufa, considerando que a gasolina e o diesel são os principais responsáveis pela emissão de gás carbônico – CO2. 

O atleta também incentiva as pessoas que ainda não adotaram o ciclismo. “Comece fazendo algo que te dê prazer com a bicicleta. Pedalar ao amanhecer, ou no fim do dia, a fim de você relaxar não só o corpo, a tensão do dia, como a mente também, fazer uma higiene mental, é muito bom”, conclui.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

O ciclismo brasileiro tem pouca história no cenário europeu da modalidade. Eventos como a Volta da França, Giro d'Itália e Volta da Espanha são poucos frequentados por atletas do Brasil, que teve apenas dois competidores nas pistas de rua desde 1903, ano em que foi criada a famosa competição disputada em solo francês.

Nem o "boom" de adeptos do ciclismo não competitivo no País nos últimos anos motivou a participação nessas tradicionais provas. O último representante brasileiro numa competição de primeira escala na Europa foi Murilo Fischer, que completou a 70ª edição da Volta da Espanha na temporada de 2015. Ele é o único ciclista brasileiro a concluir as três provas das Grandes Voltas. Completou o evento na França em três oportunidades e a versão italiana quatro vezes.

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Antes dele, apenas o ciclista Mauro Ribeiro fez história. Em 1991, além de fazer parte da equipe francesa RMO, venceu uma das etapas da Volta da França. O paranaense de 57 anos é o primeiro e único brasileiro a obter tal feito. O que falta então para que o esporte dê o próximo passo e comece a integrar o circuito europeu da modalidade com frequência?

Em entrevista ao site especializado RFI, Mauro Ribeiro comemorou o feito que conseguiu há 30 anos, mas também lamentou que ninguém veio depois dele para continuar a história do ciclismo nacional nas grandes provas. "A história é contada por aquilo que foi feito, mas também por aquilo que é continuado a ser feito", lamentou o ex-ciclista.

Naquela época, o esporte começava a se globalizar, com australianos, colombianos e atletas de outras nacionalidades ganhando espaço em um ambiente previamente dominado por europeus. Além do crescente interesse do público brasileiro pelos eventos principais do ciclismo, Mauro Ribeiro crê que o País tem condições de desenvolver a modalidade.

Um país sul-americano que leva a sério o ciclismo europeu é a Colômbia. Mesmo passando por um período de violência nos anos 90, com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) dominando cerca de 40% do país, a Colômbia levou um atleta ao topo da Volta da França.

Em 2019, Egan Bernal, de 22 anos apenas, se tornou o primeiro latino-americano a vencer a prova fadada a ficar com os europeus. Outros dois colombianos integravam o top 10 na ocasião. Bernal, ao chegar na frente, afirmou que seu triunfo não era só dele, "mas de todo um país".

Assim como os europeus, a nação sul-americana decidiu colocar grandes marcas por trás de times nacionais. E o fato de a Colômbia ter várias montanhas em sua formação geográfica contribuiu para o treinamento dos seus atletas de ciclismo, que subiram de nível. Aqui no Brasil, ainda há um longo caminho e muitas pedaladas antes de se pensar em vitórias. O primeiro passo é ter mais investimento.

Ribeiro aponta um cenário pessimista e não acredita na evolução da modalidade no País a curto prazo. "Atualmente, no Brasil, o ciclismo de alto rendimento ou de direcionamento para chegar ao alto rendimento ainda está muito longe de chegar aonde é necessário para entregar alguns atletas com capacitação e experiência. Infelizmente, ainda estamos distantes dos europeus, por exemplo. Então, vai levar algum tempo para credenciar algum brasileiro para entrar no Tour de France", disse.

TREINAMENTO - Mas o que precisa fazer para ser um ciclista dessas corridas? É possível treinar individualmente, mas para competir, o ciclismo de estrada é feito em equipe. Cada membro do time tem uma função que precisa ser bem executada para alcançar a vitória. Há estratégias. Não é só pedalar. Conhecer a performance de cada integrante do time, os detalhes do percurso e o planejamento da prova é essencial para um bom desempenho.

Ao menos três membros precisam desempenhar um papel. O gregário é o apoio da equipe, o passista é o responsável por marcar o ritmo e o velocista é quem aparece no fim e se esforça ao máximo para vencer a competição. O líder ou o capitão é sempre o velocista. O resto do time deve garantir que ele se canse o menos possível para que, no fim, assuma a frente e vença os adversários no sprint final.

Todos os ciclistas presentes em um evento como a Volta da Espanha são 'preparados' para sentir um elevado nível de dor durante as provas. Os percursos exigem demais em termos de distância, duração, subidas e descidas. As pernas pesam. As costas podem doer. O perigo de se acidentar e as condições climáticas extremas também são fatores que influenciam no trabalho de um profissional.

Para estar apto a disputar uma prova de 3.500 km (de São Paulo a Manaus, a distância é de 3.971 km, por exemplo), um ciclista precisa em primeiro lugar ser capaz de treinar essa distância. Técnicos da equipe africana Dimension Data deram uma entrevista ao site da ESPN americana em 2017 detalhando as distâncias que um atleta deve percorrer, de acordo com sua idade. "A partir dos 18 anos, nossos ciclistas sub-23 começam treinando cerca de 1.800 km/mês e vamos aumentando com objetivo de que eles treinem 2.500 km/mês. Para correr no nível World Tour, é preciso que eles treinem em média de 2.500 km por mês", informou à época.

Quando se considera as horas gastas, um jovem de 18 anos treina algo em torno de 60 horas por mês. O objetivo é que esse número aumente gradativamente para chegar entre 80 a 100 horas/mês para atletas da equipe World Tour. Ou seja, são cerca de 1.000 horas ou entre 28.000 e 32.000 km por ano.

INVESTIMENTO - Para ser profissional e chegar ao nível mais alto do ciclismo, um atleta não precisa apenas de um grande preparo físico, no entanto. Ele necessita de um grande investimento financeiro também. Geralmente, vai encontrar o dinheiro em uma empresa conhecida que deseja expor sua marca no uniforme usado pelo competidor, com a esperança de que o atleta apareça no pelotão de frente e mostre a marca na tevê.

Rafael Andriato, 8º lugar no Pan de Estrada deste ano, afirmou à ESPN em 2015 que, se o Brasil quisesse alcançar o topo, precisaria se espelhar nos colombianos. Ele apontou a criação da equipe Colômbia como um diferencial, pois é um time praticamente europeu, que segue o calendário do continente do outro lado do Atlântico. "Era disso que o Brasil precisava, mas não tem como nesse momento. Não temos dinheiro. Precisávamos de 15 ciclistas, carros, uniformes, staff, o que demanda uns R$ 7 milhões de investimento por temporada. Seria o único jeito de aparecermos no ciclismo mundial", disse.

O finlandês Niek Kimmann conquistou a medalha de ouro no ciclismo BMX, nesta sexta-feira (30), nos Jogos de Tóquio.

A medalha de prata ficou com o britânico Kye Whyte e o bronze foi para o colombiano Carlos Alberto Ramirez Yepes.

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Renato Rezende, representante brasileiro na modalidade, acabou não passando da semifinal, após ter caído na segunda volta da prova.

Em sua terceira participação nos Jogos Olímpicos, essa é a primeira vez que o carioca chegou a uma semifinal, ficando entre os 16 melhores do mundo.

A holandesa Annemiek van Vleuten comemorou o segundo lugar na prova de ciclismo de estrada neste domingo como se fosse campeã olímpica, depois de cruzar a linha um minuto atrás da vencedora, um erro que ela atribuiu à falta de rádio para se comunicar com sua equipe.

Ao se aproximar da linha de chegada do circuito do Monte Fuji, a holandesa de 38 anos ergueu os braços em um gesto habitual de triunfo. Demorou alguns segundos para que ela entendesse que a austríaca Anna Kiesenhofer, líder desde a largada, já havia comemorado o ouro um minuto e 15 segundos antes dela.

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"Houve muita confusão e falta de comunicação hoje", lamentou Van Vleuten, visivelmente frustrada. "Não sabíamos quais eram as diferenças, ouvimos dizer que tinha 45 segundos a 10 quilômetros da chegada", acrescentou, no momento em que a líder estava então mais de dois minutos à frente.

Grande potência do ciclismo feminino, a Holanda havia conquistado as duas últimas medalhas de ouro, em Londres-2012 e Rio-2016, e os últimos quatro títulos mundiais da prova.

A surpreendente vencedora do ouro, Kiesenhofer, deixou o pelotão para trás nos primeiros quilômetros da prova, em um grupo de oito ciclistas que parecia destinado apenas a dar mais emoção à jornada.

Mas as favoritas deixaram muita margem para o grupo, que chegou a ter 10 minutos de vantagem na altura do porto de Kagosaka.

Uma a uma, as companheiras do pelotão da austríaca foram perdendo ritmo e Kiesenhofer ficou sozinha a 30 quilômetros da linha de chegada e assim conquistou o ouro.

- 2ª decepção de Van Vleuten -

"Eu planejava atacar desde o quilômetro zero e estou feliz por ter chegado. Estou feliz porque não tive medo, só fui atrás do objetivo", disse a vencedora.

"É uma das corridas mais importantes e não temos o direito de utilizar os meios habituais de comunicação", lamentou Van Vleuten sobre a proibição da comunicação por rádio nos eventos olímpicos: "O objetivo é tornar as corridas mais interessantes, mas isso as torna mais confusas".

Esta é a primeira medalha olímpica de Van Vleuten, que viveu um drama na Rio-2016.

Na prova olímpica realizada há cinco anos ela estava em primeiro lugar e perto da medalha de ouro, mas sofreu uma queda muito forte na última descida, a 10 quilômetros da linha de chegada. A holandesa ficou inconsciente por alguns segundos, após sofrer uma concussão e uma fratura de três vértebras. Os serviços de resgate chegaram a temer por sua vida.

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Com a pandemia da covid-19, o isolamento social e as academias fechadas fizeram com que muitas pessoas tivessem que buscar novas alternativas para praticar atividades físicas e se manter em forma. Começar a pedalar pelas ruas mostrou-se uma opção muito viável. Porém, os riscos e a sensação de impotência acabaram se tornando companheiros dos ciclistas em seus giros pela cidade, após os acidentes fatais registrados nos últimos meses.

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Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem mais bicicletas no país do que automóveis - 50 milhões contra 41 milhões -, mas apenas 3% das viagens diárias são realizadas por ciclistas enquanto 25% são feitas por automóveis, informa a Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Muito dessa situação se deve ao medo de atropelamento e risco de morte.

Para o advogado, ciclista e administrador do grupo Bike Culture Belém, Yuri Motta, há muitas medidas que podem ser tomadas pelo governo para melhorar a condição dos ciclistas na cidade. "Uma das nossas principais reclamações é a falta de ciclovias. Em Belém, se não me engano, possuímos um pouco mais de 100km de ciclofaixas e a maioria não é interligada. Essa implementação de ciclovias é fundamental, juntamente com campanhas de conscientização sobre o uso e importância da bicicleta", disse.

Segundo a Assessoria de Comunicação do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Asdecom, Detran- PA), estão sendo realizadas medidas de ação visando conscientizar condutores de veículos para os cuidados necessários em ruas e estradas com ciclistas. "O Departamento de Trânsito do Estado informa que tem realizado ações de educação enfatizando a segurança viária, como a campanha 'Ruas para a Vida', que propõe o estabelecimento do limite de velocidade de 30km para vias em que as pessoas e o tráfego de veículos mais se misturam. Além disso, também realizou a implantação de placas de sinalização na estrada da ilha de Mosqueiro sobre a presença de ciclistas ao longo da via e de radares nos pontos de maior incidência de acidentes", informou.

Yuri Motta comenta, no entanto, sobre o desrespeito sofrido por ciclistas tendo que dividir a rua junto com outros veículos, principalmente carros. "Eles não respeitam, eles chegam a te olhar e te ver, mas mesmo assim te ignoram, cortam cruzamentos e estacionam nas ciclofaixas", falou. 

O Departamento de Trânsito do Estado também informa sobre campanhas para diminuir os acidentes e esse desrespeito. "O Detran também reforça que, para a redução de acidentes envolvendo ciclistas, vem trabalhando intensamente em campanhas de educação voltadas para os mais diversos públicos, focando na segurança viária e direção responsável. Já em casos de acidente, o ciclista pode recorrer ao seguro DPVAT", expôs a assessoria.

O advogado Yuri desabafou sobre as recentes mortes de ciclistas que ocorreram pela cidade e sobre o sentimento que fica após esses ocorridos. "A sensação de impunidade faz com que nos sintamos impotentes e sem voz. O caso da Janice foi arquivado, o assassino da Claudinha está solto. Quantos mais vão ter que morrer para que algo seja feito? A bike cura, todos têm uma história por trás, um motivo para começar a pedalar. Então só queremos paz no trânsito e que os culpados paguem pelos seus erros", disse.

Yuri concluiu dando dicas sobre equipamentos essenciais para um pedal seguro pelas ruas da cidade. "O uso do capacete é indispensável, ele salva vidas. Os equipamentos de led na parte traseira e dianteira da bicicleta, SEJA VISTO, isso é muito importante. E o uso obrigatório de máscara também, não podemos nos esquecer disso", finalizou.

Por Haroldo Pimentel.

 

Em 24 anos de carreira, Henrique Avancini já pedalou pelos mais diferentes cantos do planeta. Mas nunca teve a oportunidade de calçar suas sapatilhas de competição na Amazônia. Enquanto essa chance não vem, o ciclista olímpico vai usar o calçado especializado de outra forma para ajudar a famosa floresta sul-americana.

Entre uma competição e outra, em sua reta final de preparação para a Olimpíada de Tóquio, Avancini vai sortear e leiloar dois pares de sapatilhas na iniciativa chamada "Pedaling for a Reason" ("pedalando por um motivo", em tradução livre). Os recursos arrecadados serão direcionados para o projeto social "Salvação para a Amazônia". Para participar do sorteio e do leilão, é preciso acessar o site www.semexe.com/pedalingforareason.

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"Esse projeto nasceu com o intuito de auxiliar organizações e projetos que fazem um trabalho relevante para a sociedade. Vai além do cuidado com o meio ambiente. É muito voltado também ao cuidado com as pessoas", disse o ciclista de 32 anos ao Estadão, acostumado a conviver com a natureza nas competições. "Quando você pratica um esporte como o mountain bike, é muito fácil despertar o interesse por ecologia e por qualquer tema de preservação ou sustentabilidade porque passa a fazer parte da sua realidade."

Os pares de sapatilhas da iniciativa são as mesmas que Avancini vai usar na disputa das duas primeiras etapas da Copa do Mundo de MTB (mountain bike), nas provas de short track e cross country olímpico (XCO), na Alemanha e na República Checa, em maio. Os calçados são personalizados, com a figura de uma arara vermelha e outras referências à flora e fauna da Amazônia.

"Nunca disputei nenhuma competição na Amazônia. Já tive duas oportunidades, mas infelizmente não consegui realizar nenhuma destas provas. Mas acredito que seja algo a ser explorado no futuro. Com certeza lá tem muito potencial para a realização de competições muito marcantes", projetou.

Ainda longe da Amazônia, Avancini segue cada vez mais ativo na defesa do meio ambiente. Não por acaso. Se antes tinha contato mais próximo com a natureza somente durante as competições, agora ele praticamente mora onde costumar disputar as provas esportivas, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. "Hoje eu moro mais afastado do centro urbano. Então, praticamente todos os treinos que eu faço já começa na porta de casa, em cima da bicicleta. Acabo conseguindo realizar isso com uma certa facilidade."

Ferramenta de trabalho, a bicicleta também é meio de transporte para o especialista nas duas rodas. Ele acredita que a "bike" deve ganhar ainda mais relevância como meio do transporte após a pandemia, que passou a valorizá-la por conta do distanciamento social natural, em detrimento do confinamento de pessoas tão comum em ônibus e metrô.

"Usar a bicicleta para se locomover é algo que está se tornando cada vez mais prático com a inclusão de bicicletários. Em alguns trechos o trânsito acaba sendo demasiadamente lento, sobrecarregado. Com a bicicleta, quando se tem o mínimo de condições de circulação, acaba sendo uma opção muito mais simples, rápida e livre, e bem menos estressante", pregou.

A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou, nesta quarta-feira (23), o cancelamento da Copa do Mundo Paralímpica de Pista, que seria disputada de 25 a 28 de março de 2021, no Rio. O motivo apresentado pelos organizadores foram os problemas enfrentados pela pandemia do coronavírus.

A UCI informou que, após este cancelamento, "procura uma solução para que este campeonato mundial possa ser disputado em 2021", pois se trata de uma qualificação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão disputadas a partir de 24 de agosto.

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A UCI afirmou estar ao lado da comunidade paraciclística neste momento de decepção e agradece aos organizadores do evento por sua cooperação nessas circunstâncias difíceis.

A última disputa de um mundial da modalidade ocorreu em fevereiro na cidade canadense de Milton. Lauro Chaman foi o destaque brasileiro, com três medalhas (duas de prata e uma de bronze).

Dono de dois títulos nacionais no ciclismo, o atleta Ricardo Alcici foi atropelado no início da manhã desta terça-feira quando treinava na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. O ciclista de 40 anos sofreu escoriações na mão direita e tem suspeita de fratura na perna direita.

Consciente, ele foi encaminhado a um hospital particular pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a Polícia Militar, o ciclista também se queixou de dores no peito devido ao impacto do acidente.

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Alcici foi atingido em cheio por um carro de cor prata, cujo condutor tentava fazer uma ultrapassagem - o trecho da via permitia a manobra. E o veículo acabou atingindo, na contramão, o ciclista. Houve danos consideráveis tanto no carro quanto na bicicleta de Alcici. O acidente aconteceu por volta das 5h40, na Avenida Otacílio Negrão de Lima.

A PM não revelou a identidade do condutor, que permaneceu no local e deu assistência ao ciclista. Ainda segundo a Polícia Militar, Alcici deve fazer o Boletim de Ocorrência ainda nesta terça para dar sequência à apuração do caso.

Com grande experiência no ciclismo, o atleta ele foi campeão da prova de quilômetro do Campeonato Brasileiro de 2010. Dois anos depois, faturou a prova por equipes.

O esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) venceu, neste domingo, a nona etapa da Volta da França, após percorrer 153 quilômetros entre as cidades de Pau e Laruns, com o tempo de 3h55min17.

Pogacar, de 21 anos, superou o compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo colocado e novo líder da classificação geral. O suíço Marc Hirschi (Sunweb) terminou na terceira colocação.

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Na classificação geral, Roglic assumiu a camiseta amarela, que pertencia ao britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott), com vantagem de 21 segundos sobre o colombiano Egan Bernal (INEOS), vencedor em 2019 e agora segundo colocado. O francês Guillaume Martin (Cofidis) é o terceiro, com 28 segundos de desvantagem.

Com a primeira semana terminada, os competidores terão um dia de descanso nesta segunda-feira, retomando a disputa na terça-feira, com a 10.ª etapa. A Volta da França está prevista para terminar em 20 de setembro.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, quer promover o ciclismo entre os ingleses na forma de ajudas financeiras para o conserto de bicicletas, anunciou Downing Street nesta segunda-feira (27).

O lançamento destes benefícios para consertos no valor de 50 libras, nesta terça-feira, soma-se à construção de milhares de quilômetros de ciclovias e de estacionamentos para bicicletas, além da fomentação da cursos para ensinar a prática, explicou o governo britânico.

Em alguns bairros, os médicos serão incentivados a prescrever o ciclismo como prática esportiva e seus pacientes poderão usar bicicletas graças à intervenção de centros de saúde locais.

As medidas fazem parte de um plano de 2 bilhões de libras para promover a prática da caminhada e do ciclismo na Inglaterra, atividades que ganharam popularidade desde o início da pandemia da Covid-19 devido ao temor do uso do transporte público.

"Trata-se de ajudar as pessoas a terem boa saúde, de reduzir o risco de ficarem doentes e de melhorar a qualidade do ar. A bicicleta e a caminhada têm um papel enorme a jogar para superar alguns dos maiores desafios sanitários e ambientais que enfrentamos", declarou Boris Johnson, grande amante da bicicleta.

O governo também deseja facilitar o acesso à bicicletas elétricas com um um programa destinado a promover seu uso entre a população mais idosa.

O ciclista belga Niels de Vriendt, de 20 anos, morreu neste sábado após passar mal durante a disputa de uma prova na cidade de Wortegem-Petegem, na Bélgica, a primeira depois da paralisação do esporte em razão da pandemia do novo coronavírus.

De Vriendt, da equipe VDM-Trawobo, ficou inconsciente depois de ter percorrido cerca de 13km do percurso da prova. Segundo informou sua equipe, ele sofreu uma parada cardíaca e desmaiou. O atleta foi socorrido pelo serviço de emergência e encaminhado a um hospital da cidade de Oudenaarde, mas não resistiu.

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A prova foi suspensa pela organização assim que a morte foi confirmada e a Federação Belga de Ciclismo se manifestou por meio de suas redes sociais para lamentar o ocorrido.

"Outra perda trágica hoje de um jovem corredor. Queremos expressar nossas sinceras condolências à família, aos amigos e aos colegas de Niels de Vriendt", afirmou a entidade.

A Federação de Ciclismo de Flandres (região da Bélgica em que se fala holandês) também se manifestou sobre a morte de Vriendt. "No fundo de nós tudo é preto e branco. Nós sentimos falta de você!", disse.

Foto: Reprodução/Facebook/Niels de Vriendt

O prefeito Geraldo Julio (PSB) anunciou, nesta sexta-feira (19), a liberação de caminhadas, corridas e ciclismo nas áreas públicas da cidade, como praias, calçadões e parques. A medida passa a valer neste sábado (20). O anúncio foi feito após o Governo de Pernambuco informar que seria responsabilidade dos municípios do Grande Recife o disciplinamento das áreas públicas.

De acordo com o prefeito, todas as liberações estão sendo feitas com protocolos específicos. "Estão proibidos o consumo de alimentos e bebidas, proibido também aglomerações e esportes coletivos e proibidos cadeirinha, isopor, guarda-sol ou qualquer infraestrutura para permanência", ressaltou Geraldo.

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No domingo (21), haverá o retorno da Ciclofaixa Turismo e Lazer. "Volta de maneira ampliada, com novas conexões com a ciclofaixa fixa que existe na cidade, chegando ao total de 160 km para serem usados pelos recifenses", disse.

Segundo o prefeito, os indicadores da Covid-19 na capital estão em queda há mais de 30 dias e a ocupação das enfermarias e UTIs atingem o menor índice desde o início da pandemia. Nas enfermarias, a ocupação é de 42%, enquanto as UTIs estão em 83% da capacidade.

A secretária-executiva de Esportes, Yane Marques, também comentou a liberação das atividades físicas individuais. "Uma vida ativa é um grande aliado na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão; no fortalecimento do nosso sistema imunológico e respiratório; e até ajuda a diminuir um pouquinho esse sentimento de ansiedade e estresse causado pelo confinamento."

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, reforça que o retorno das atividades físicas individuais funciona como um teste. "A abertura é sempre um momento de avaliação. Se der certo e a gente conseguir uma boa adesão aos novos hábitos, a gente pode pensar mais para frente em manter ou avançar as medidas de reabertura. Se não der certo, há sempre o risco de que seja necessária a retomada de medidas mais rígidas", comentou.

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