Boris Johnson espera retorno à normalidade até o Natal
Com 45.000 mortos, o Reino Unido é o país mais atingido na Europa pela pandemia, e o governo conservador de Boris Johnson tem sido bastante criticado por sua administração da crise
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta sexta-feira (17) os próximos passos importantes para o desconfinamento do país, dizendo que espera "um retorno à normalidade o mais rápido possível a partir de novembro, talvez a tempo do Natal".
Com 45.000 mortos, o Reino Unido é o país mais atingido na Europa pela pandemia, e o governo conservador de Boris Johnson tem sido bastante criticado por sua administração da crise.
No entanto, o líder conservador se mostrou bastante otimista para o futuro. "Espero sinceramente a retirada das medidas extraordinárias" implementadas para conter a epidemia "e permitir um retorno real à normalidade o mais rápido possível a partir de novembro, talvez a tempo do Natal", declarou em uma coletiva de imprensa.
Para alcançar esse objetivo, o governo britânico planeja aumentar ainda mais sua capacidade de triagem, visando "pelo menos 500.000 testes por dia ou 3,5 milhões por semana" até o final de outubro.
Também destinará 3 bilhões de libras adicionais (3,3 bilhões de euros) ao serviço público de saúde britânico (NHS).
Boris Johnson também revelou as próximas etapas do seu plano para retirar gradualmente a Inglaterra do confinamento estabelecido em 23 de março, a fim de combater a propagação do novo coronavírus.
Desta forma, o líder conservador encorajou os ingleses a retomar o transporte público a partir desta sexta-feira e os incentivou a voltar ao local de trabalho a partir de 1º de agosto, contando com os empregadores para determinar se os funcionários podem continuar a trabalhar em regime de home office ou se devem retornar para os escritórios.
Na quinta-feira, no entanto, o consultor científico do governo, Patrick Vallance, considerou que o teletrabalho era uma "solução perfeitamente boa" e que "não havia absolutamente nenhuma razão" para alterar as recomendações a esse respeito.
Cassinos, pistas de boliche, pistas de patinação, salões de beleza e salas de espetáculos também poderão reabrir a partir de 1º de agosto, anunciou Boris Johnson.
Escolas, faculdades e creches retomarão seus serviços de período integral a partir de setembro. O outono (boreal) marcará o retorno dos casamentos reunindo até 30 pessoas, conferências e eventos em estádios.
O primeiro-ministro, no entanto, esclareceu que este calendário permanece "condicional" e sujeito à evolução da epidemia.
As autoridades locais em toda a Inglaterra receberão novos poderes para poder impor rapidamente restrições locais em caso de surtos localizados.
"Se continuarmos trabalhando juntos, como temos feito até agora, sei que poderemos derrotar esse vírus", disse Boris Johnson, acrescentando que "espera o melhor cenário, mas se prepara para o pior".