Cresce o número de feminicídio em Pernambuco

Por outro lado, segundo dados da PM, houve uma redução no número de queixas de violência doméstica e familiar contra a mulher

por Jameson Ramos seg, 16/11/2020 - 20:09
Pixabay Dados são dos meses de janeiro até outubro Pixabay

Segundo divulgado pela Polícia Militar de Pernambuco, o feminicídio cresceu em Pernambuco. Foram 51 crimes em 2019 e 59 em 2020, o que representa um aumento de 15,7%. Além disso, os homicídios contra mulheres não tiveram variação percentual no mês de outubro, que registrou 22 casos tanto em 2019 como em 2020 - até este mês de outubro. O acumulado do ano mostra um aumento de 18 vítimas, quando comparado janeiro a outubro de 2019 com 2020, saindo de 170 casos para 188, uma variação de 10,6%.

Por outro lado, segundo dados da PM, houve uma redução no número de queixas de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma retração de 4,1% quando comparado com o mesmo período de 2019, saindo de 3.903 para 3.743 denúncias. 

Com 163 casos registrados em outubro, os número de mulheres estupradas também apresentou uma queda, segundo divulgado pela PM. Se comparado com os 227 registros do mês de outubro de 2019, houve uma queda de 28,19% dos casos de estupro registrados pela polícia.

A Região Metropolitana apresentou uma redução de 48,65% de registros de estupro nesse período, saindo de 74 para 38 casos. No acumulado do ano, a retração foi de 13,79% no Estado, saindo de 2.182 casos de estupro em 2019 para 1.881 em 2020. Nesse período, a maior redução, de 19,95%, ocorreu no Recife, saindo de 391 para 313 registros desse tipo de crime.

“Mesmo os números mostrando redução, sempre temos de levar em consideração a subnotificação, uma vez que esses crimes ocorrem dentro dos lares. E colaboram para isso o medo e constrangimento das vítimas e, muitas vezes, a cumplicidade de familiares e pessoas próximas", destaca a delegada Julieta Japiassu, gestora do Departamento de Polícia da Mulher (DPmul). 

A delegada aponta que, com a expansão dos tipos de violência contra a mulher, que podem ser denunciados pela internet, verificou-se, nos meses de maior isolamento, um aumento dos boletins de ocorrência eletrônicos. 

"Agora, aumentou a procura na forma presencial. É importante ressaltar que, durante todo esse período pandêmico, as unidades da Delegacia da Mulher mantiveram o pleno funcionamento, investigando e ajudando a responsabilizar os agressores", acentua Julieta.

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