Governo promete analisar pauta das centrais

Dia Nacional de Lutas foi marcado por união dos sindicatos pernambucanos e por acolhimento político de propostas

qui, 11/07/2013 - 21:47

 

Cerca de 4 mil trabalhadores aderiram, nesta quinta-feira (11), ao Dia Nacional de Lutas no Recife. A mobilização, que iniciou no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, paralisado a mão de obra local, teve o seu ápice nas principais avenidas do centro do Recife, onde os servidores sindicalizados expuseram os seus gritos de socorro. 

O ato, predominantemente pacifico, foi organizado por sete centrais sindicais pernambucanas a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, Nova Central (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). Além deles também aderiram a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Ao finalizar o trajeto – Praça do Derby, Conde da Boa Vista, Rua da Aurora, Rua do Sol e Avenida Guararapes – a pauta central do Dia foi entregue pelos presidentes dos sindicatos a uma comitiva governamental - o secretário de Articulação Social e Regional, Aloísio Lessa (PSB); da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB); e o líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) Waldemar Borges (PSB). Também participaram da reunião os parlamentares da oposição na Casa, Daniel Coelho (PSDB) e Severino Ramos (PMN). 

Os representantes da gestão governamental prometeram analisar os itens e dar respostas aos sindicatos. “O governo vai se debruçar sobre a pauta recebida. Vocês merecem que olhemos para esta pauta com zelo. E por fim vamos estabelecer um cronograma para dar conta das respostas esperadas pelas centrais”, garantiu Alencar. 

Questionado sobre a postura do Executivo pernambucano, o presidente da Força Sindical, Aldo Amaral se mostrou contemplado e destacou que espera respostas positivas. “Estamos satisfeitos com a reunião, apesar de o nosso objetivo central ser de conversar com o governador (Eduardo Campos PSB). Agora vamos aguardar um novo encontro para que eles possam nos dar respostas positivas”, afirmou Aldo, lembrando que apesar da satisfação vai regularizar todos os prazos junto ao governo.

Já o líder da oposição na Alepe, Daniel Coelho, fez questão de relembrar o compromisso de acompanhar o processo de execução das propostas sindicais. “A oposição vai acompanhar e cobrar e se formos convidados opinaremos das decisões que beneficiem a classe trabalhadora. Vai ser fácil manter a coerência entre os nossos desejos como parlamentares, pois o que eles (centrais sindicais) reivindicam já é pautado pela nossa bancada”, reforçou o tucano. 

Ainda segundo os parlamentares e secretários governamentais, o destaque do dia e o que deve servir de exemplo para qualquer movimento é a união com que os sindicatos atuaram, eliminando brigas antigas. “Vou para casa impressionado com a união de vocês, quem dera que todos os movimentos fossem assim. Mostrassem a cara e tivessem uma pauta unificada”, enfatizou o socialista Waldemar Borges.

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