Aumento do custeio em PE não é ruim, rebate Borges

Segundo o líder do governo na Alepe, a ampliação dos gastos "não é um sinal ruim", pois está diretamente ligada "a investimentos em áreas estratégicas como educação, saúde e segurança”

por Giselly Santos qua, 11/03/2015 - 10:01
Roberto Soares/Alepe Para Waldemar Borges, na realidade o que devia estar preocupando a oposição é a avalanche de ajustes fiscais que o país está sofrendo Roberto Soares/Alepe

O líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Waldemar Borges (PSB), defendeu o aumento de gastos da gestão nos últimos quatro anos e refutou as críticas feitas pela oposição ao comparar as despesas com as de outros estados do Nordeste. O deputado esclareceu que o custeio ter aumentado no estado "não é um sinal ruim", pois está diretamente ligado "a investimentos em áreas estratégicas como educação, saúde e segurança”.

“O custeio não poderia deixar de crescer em um estado que até pouco tempo as crianças só tinham uma merenda por dia e hoje têm três, que não tinha a rede de saúde que hoje Pernambuco tem, que gasta por ano com a manutenção de uma UPA quase o valor de sua construção. Na área da educação, por exemplo, no IDEB do ensino médio, que é de  responsabilidade primeira do Governo do Estado de acordo com a LDB, saímos do 21º lugar para o 4º. Temos uma escola que era a 26ª em evasão escolar e hoje é a primeira do Brasil. O aluno pernambucano é aquele que menos abandona a escola. Esses avanços não se conseguem sem aumentar o investimento e, consequentemente, o bom custeio”, justificou, de acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

Borges frisou que o investimento nos governos anteriores ao de Eduardo Campos eram da ordem de R$ 2 bilhões e pulou para um patamar de R$ 12 bilhões. “Só este ano, que é um ano recessivo, o Governo vai investir ainda um bilhão de reais. As estimativas mais desapaixonadas dão conta de que o nosso estado deve crescer 2% em 2015, quando as previsões mais otimistas apontam uma diminuição no crescimento do país de 0,5% e as mais realistas chegam a uma redução no crescimento de 1% a 1,5%”, ressaltou.

Disparando contra as justificativas da oposição, o parlamentar lembrou que o mau custeio tem sido combatido pelo Governo. “Foi criada uma controladoria que acompanha milimetricamente o chamado mau custeio, aquele que não está vinculado diretamente a um bom gasto. Recentemente votamos nesta Casa mais uma diminuição de cargos comissionados, o que já havia ocorrido lá atrás também", argumentou.

Para Waldemar Borges, na realidade, o que devia estar preocupando a oposição é "a avalanche de ajustes fiscais que o país está sofrendo". “Nossa inflação já tá chegando perto dos dois dígitos e se ultrapassar essa marca pode ficar incontrolável", alfinetou. "Isso significa um retrocesso na qualidade de vida dos brasileiros. A balança comercial, da pasta do ministro Armando Monteiro, alcançou o pior número desde que se mede esse resultado. Se é pra falar de economia, eu quero dizer que Pernambuco se destaca no Brasil, com suas finanças equilibradas e ajustadas,  investindo bem no que deve investir”, acrescentou o socialista. 

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