Lula e Alckmin atacam Bolsonaro no Congresso do PSB

O petista e o ex-tucano também comentaram sobre as críticas contra a chapa de oposição

sex, 29/04/2022 - 08:17
Ricardo Stuckert Geraldo Alckmin, Carlos Siqueira e Lula Ricardo Stuckert

Com lugar de protagonista na mesa das lideranças do PSB, na noite dessa quinta-feira (28), o ex-presidente Lula (PT) participou do Congresso do partido e comentou sobre as críticas que vem recebendo desde que firmou aliança com Geraldo Alckmin (PSB). Em março, o ex-governador de São Paulo deixou o PSDB e se filiou ao PSB para ser vice candidato à Presidência na chapa do petista.

A aproximação surpreendeu o eleitorado e atraiu opiniões negativas já que os dois defenderam agendas opostas ao longo da carreira. Em seu discurso, Lula definiu a conciliação como "maturidade política" e pacificou o assunto ao destacar que a chapa reflete o compromisso da dupla com o povo brasileiro.

Compromisso da chapa 

“De vez em quando, Alckmin, alguém fala: ‘Ah, mas o Lula e o Alckmin já divergiram. Por que eles agora estão juntos?' Porque isso chama-se política. Isso chama-se maturidade. Isso chama-se compromisso com este país e compromisso com o povo brasileiro”, disse.

O ex-tucano pontuou que, embora antagonistas, a disputa com Lula sempre foi "dentro da regra democrática" e que assumiu o dever de recuperar o país.

"Hoje estamos unidos por um dever. A política é aliada ao interesse público, ao interesse das pessoas, que é mudar o Brasil, recuperar este país", apontou.

A chapa se formou com a proposta de adotar ações contra a fome, acabar com o polêmico 'orçamento secreto' do Congresso e facilitar a liberação de crédito para pequenos empresários.

Ataques a Bolsonaro

Já em postura de campanha, a dupla condenou o governo de Jair Bolsonaro (PL), principal adversário na disputa.

“Nós temos um presidente que não tem sentimento, nós temos um presidente que não respeita as instituições. Ele não respeita a Câmara, não respeita o Senado, não respeita a Suprema Corte, não respeita sindicato, não respeita quilombolas, não respeita mulher, não respeita LGBT, não respeita ninguém. Não conversa com governador, não conversa com prefeito, ele só sabe conversar com seus comparsas milicianos, e contar sete mentiras todo dia", criticou o petista, que assumiu a dificuldade de fazer em seus quatro anos de mandato o que "seria necessário fazer em 40".

Alckmin focou na postura controversa do atual presidente em se afastar do Planalto para promover passeios de moto enquanto os índices negativos na economia sobem.

"É inaceitável que tenhamos um governo que despreza a vida humana, que enquanto o povo sofre está fazendo motociata, andando de moto, gastando e torrando dinheiro público, andando de jet-ski, com o povo desempregado, sofrendo, com saudade da tortura e da violência. Não, não se constrói um país assim", acrescentou.  

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